By Pastors Wendell and Oriana Costa

terça-feira, 27 de novembro de 2012

EM QUAL JESUS VOCÊ TEM ACREDITADO?


Prestemos bem atenção nas palavras dos versículos seguintes:


No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda. (2 Pedro 2:1-3)


As postagens que veremos logo abaixo confirmam as palavras do trecho bíblico acima grafado (... e por causa deles será difamado o caminho da verdade...). Esta, que se encontra em blogs que tratam de mitologia, declara:


Esta outra, é uma imagem que está sendo exibida em diversos outros blogs pagãos (será que é no Jesus da figura abaixo que você tem acreditado?):


Infelizmente, estas são algumas formas pelas quais o mundo tem enxergado Jesus; mas, por que isto acontece?

As palavras contidas na primeira postagem exibida acima nos apontam a causa; elas são afirmações de quem realmente não tem conhecimento da doutrina de Cristo, e está embasando suas convicções a partir de uma visão terrena das coisas, ou de suas próprias experiências religiosas.

Cristo é um rei que governa a partir da eternidade, por isso é chamado "Deus". Ele não tem princípio nem fim de dias (Hebreus 7:1-3), nem foi criado por ninguém, existe por ele mesmo e desde sempre; isso só se entende pela fé advinda do conhecimento da verdade revelado através das escrituras sagradas. Nenhum outro deus tem o poder de existir de si mesmo, pois todos são frutos da imaginação dos homens (Deuteronômio 4:39).

Nas sagradas escrituras consta que antes de tudo ser criado, Jesus já existia e já reinava (João 8:58, Lucas 20:41-44), portanto, Ele não foi e não pode ser inventado. Antes que qualquer destes deuses da mitologia egípcia, greco-romana, e de outros povos existissem, Jesus já era, é só ler a Bíblia para se certificar (quem estiver lendo a Bíblia deve saber que ela não é um conto de fadas, e sim um documento com informações reais e de valor histórico).

Nenhum desses deuses idealizados pelos homens criou todas as coisas, diferentemente de Jesus, que criou todo o universo, inclusive a nós mesmos (Hebreus 1:2). Nós fomos criados por Ele a sua imagem e semelhança (Deus não teve relações sexuais com alguém para gerar seres iguais a Ele – Gênesis 1:26,27) coisa que nenhum outro deus pôde fazer; um deus terreno para gerar outro ser a sua imagem tem de ter relações sexuais com outro deus ou ser humano.

Deus também foi o único que sendo o criador de todas as coisas e todo-poderoso, teve misericórdia da situação deplorável em que a humanidade ficou, e se entregou para salvar a todos da condenação eterna (João 3:16). Se o deus Hórus foi realmente sacrificado, não foi para salvar a humanidade dos seus pecados: ele simplesmente foi morto por uma causa comum a de qualquer ser humano que vive segundo seus próprios desejos, sem um propósito nobre e necessário como o de Jesus.

Os outros deuses criados pelos homens refletem características humanas, e, desta forma, agem segundo seus sentimentos e vaidades, e não estão dispostos a perdoar os homens dos seus delitos, mas a condena-los sem perdão se assim desejarem. Porém, Deus, que não age por sentimentos ou vaidades, mas por sua justa sabedoria, se dispõe antes a perdoar-nos (Atos 13:38), ainda que nós não mereçamos. A obtenção deste favor imerecido da parte do Senhor é chamada "graça". 

Movido por Sua Justiça, o Pai enviou seu único Filho para pagar pela maldade de todos os homens que criou, a fim de dar-lhes uma chance de se arrependerem, e assim se salvarem da condenação na eternidade (1João 1:9). Quem entra na eternidade separado de Deus ou em discordância com Ele, terá seu corpo ressuscitado na vinda de Jesus (Daniel 12:2), mas continuará separado d'Ele e fora de Seu Reino para sempre; esta separação definitiva é a morte eterna ou segunda morte (Apocalipse 2:11; 20:6, 20:8, 20:14). A escolha da restituição da cidadania no Reino de Deus, que é a herança da vida eterna, deve ser feita pela fé em Cristo enquanto ainda estamos na terra. 

Jesus já sabia que tinha nascido para morrer e ressuscitar (Marcos 9:30-32). Sua vinda a este mundo como ser humano, sua morte e sua ressurreição tinham propósitos específicos, relacionados com a salvação da humanidade e não consigo mesmo, o que não é o caso do deus Hórus, por exemplo. Vamos dizer que se esse deus realmente tivesse existido e morrido (seja de cruz, degolado, enforcado, etc.) e ressuscitado em seguida (seja 3, 4, 5, etc., dias depois), certamente foi para si mesmo, e não para beneficiar quem quer que seja. Estas verdades, a pessoa que citou as afirmações constantes no quadro postado no início deste texto, não foram ditas.

Os cidadãos do Reino de Deus, portanto, tem o dever de passar ao mundo a verdadeira imagem do Seu Rei, o Senhor Jesus Cristo, para desfazer estes boatos a respeito d’Ele, se quiser realmente que alguém creia somente n’Ele. Mas, será que a maioria dos cristãos tem feito este trabalho como deve? Para melhor compreendermos o que tem acontecido, vamos mostrar a seguir “que imagem de Jesus” vem sendo apresentada dentro da igreja, e apresentada por esta ao mundo, suprimindo a verdadeira informação sobre o Senhor contida na Bíblia.

Existe um evento importante que acontece todos os anos: o dia 25 de dezembro. Este é o dia que tem sido comemorado o suposto nascimento de Cristo, uma prática instituída e oficializada pela religião Católica. Este dia se sacramentou de tal forma, tamanho é o poder desta religião, que se transformou num feriado mundial. Mas, será que o verdadeiro Jesus nasceu mesmo nesta data? Provavelmente não, como veremos mais a frente.

Curiosamente, nesta mesma data, também são comemorados os aniversários de vários deuses pagãos conhecidos, dentre os quais estão Mitra, Attis, Hórus, Éracles e Dionísio. (Fonte: http://lutaimperio.blogspot.com.br/2012/02/deuses-pagaos-que-fazem-aniversario-em.html  e http://www.montesiao.pro.br/estudos/festaspagas/pesquisa_natal.html )

De fato, o Rei Jesus nunca disse aos embaixadores de Seu Reino na terra, que são os que creem n’Ele e lhe obedecem, para comemorarem seu nascimento, assim como algumas religiões tem feito, contudo, ordenou-lhes que sempre LEMBRASSEM DELE, ANUNCIANDO SUA MORTE E RESSURREIÇÃO; para isso, deviam fazer uma ceia simbólica com pão e vinho, no intuito de guardar com todo o zelo a promessa da vida eterna, até que voltasse segunda vez (1Coríntios 11:23-26).

Quando o mundo quer abrir uma brecha ou burlar algo já estabelecido por alguém, ou que é regra em algum lugar, para fazer o que lhe dá vontade ou que acha ser certo, ele simplesmente diz: “ele (ela) mandou fazer isso, mas também não proibiu fazer aquilo”. Pois isso é o que muitos estão fazendo como desculpas para celebrarem o "nascimento" de Cristo, dizendo ERRADAMENTE: “Jesus mandou que comemorássemos sua morte, mas também não proibiu que comemorássemos de seu nascimento”.

Contudo, a informação que está contida naquele trecho de 1Coríntios no capítulo 11 nos diz que Jesus ordenou que nos lembrássemos d'Ele (...fazei isso em memória de mim...) através de um ritual onde faríamos uma ceia com pão e vinho, que simbolizam sua morte sacrificial pelos nossos pecados (...isto é o meu corpo que é dado em favor de vocês...) e, também, o novo pacto estabelecido eternamente entre Deus e os homens (...este cálice é a nova aliança no meu sangue...), pelo qual escaparemos ou seremos salvos da ira vindoura.

Então, celebrando a Santa Ceia, ANUNCIAMOS AO MUNDO QUE JESUS MORREU E RESSUSCITOU, e assim estamos confessando diante dos homens e diante de Deus que cremos na existência de um Rei e de um Reino eternos, e que cremos em sua promessa de restituição da cidadania em Seu Reino, a qual havíamos perdido desde Adão; esta cidadania no Reino de Deus é também chamada de vida eterna.

De posse destas informações, o que realmente devemos "comemorar" sempre é o fato de termos recebido a graça de sermos salvos da condenação eterna, sem, no entanto, sermos merecedores disso! É claro que se Jesus morreu, obviamente ele teve que nascer; mas, não foi isso que Jesus nos pediu para ANUNCIAR! Logo, percebemos claramente que tem havido desobediência com relação ao cumprimento de uma das ordenanças mais importantes de Cristo.O texto a seguir nos passa uma informação interessante sobre a celebração do nascimento de Jesus:

Parece incrível, mas a escolha da data não tem nada a ver com o nascimento de Jesus. Os romanos aproveitaram uma importante festa pagã realizada por volta do dia 25 de dezembro e "cristianizaram" a data, comemorando o nascimento de Jesus pela primeira vez no ano 354. A tal festa pagã, chamada de Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), era uma homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações aconteciam durante o solstício de inverno, o dia mais curto do ano. No hemisfério norte, o solstício não tem data fixa - ele costuma ser próximo de 22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25. A origem da data é essa, mas será que Jesus realmente nasceu no período de fim de ano? Os especialistas duvidam. "Entre os estudiosos do Novo Testamento e das origens do cristianismo, é consenso que ele não nasceu em 25 de dezembro", afirma o cientista da religião Carlos Caldas, da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Na Bíblia, o evangelista Lucas afirma que Jesus nasceu na época de um grande recenseamento, que obrigava as pessoas a saírem do campo e irem às cidades se alistar. Só que, em dezembro, os invernos na região de Israel são rigorosos, impedindo um grande deslocamento de pessoas. "Também por causa do frio, não dá para imaginar um menino nascendo numa estrebaria. Mesmo lá dentro, o frio seria insuportável em dezembro", diz Caldas. O mais provável é que o nascimento tenha ocorrido entre março e novembro, quando o clima no Oriente Médio é mais ameno. (Fonte: Site “Mundo estranho” - http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-o-natal-e-comemorado-em-25-de-dezembro )

Lendo a informação acima temos uma ideia de como sutilmente a idolatria foi instalada dentro da igreja cristã; isso começou a acontecer na época em que a igreja em Roma se associou ao império romano¹. A religião católica, portanto, saiu do Corpo de Cristo para ser a primeira e mais forte “instituição político-religiosa cristã” a se formar na terra que se tenha notícia até a atualidade. O corpo de Cristo, por sua vez, não é um grupo de religiosos, e sim constituem o povo ou os cidadãos de uma nação chamada Reino de Deus, onde não há religião alguma.

Aquela liderança religiosa “cristianizou” práticas pagãs, inserindo-as nos cultos a Deus através de decretos denominados cânones, apesar de conhecer o conteúdo das escrituras. Eles estavam interessados no poder e proteção que o imperador Constantino, que era simpatizante do cristianismo, mas, pagão por tradição, estava lhes oferecendo, e não mais crendo unicamente no poder de Deus e na sua promessa de vida eterna.

Esta atitude fez parar a perseguição aqueles cristãos, contudo, transformou-os num grupo de religiosos influentes, criadores de um outro tipo de perseguição que ficou famosa na História: o tribunal da Santa Inquisição.

Para concluirmos nosso raciocínio, é importante sabermos que comemorar aniversário de nascimento de deuses é uma prática pagã. Para termos certeza disso, leiamos a informação abaixo: 

"Como todos os dias se celebram milhares de aniversários no mundo, é interessante saber qual a origem deste costume. Os aniversários têm origem pagã relacionada com a magia (as velas simbolizam a ligação com espiritual e protecção) e com a religião, embora no caso do cristianismo este costume estivesse abolido até ao século IV, altura em que a Igreja começou a comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Na antiga Grécia na Grécia, onde todos os anos se homenageava a Deusa da caça, Artemis, com um bolo e várias velas em cima de bolos de mel redondos para simbolizar a lua que, segundo a mitologia grega, era a forma da Deusa Artemis se expressar. Nessas sociedades primordiais as comemorações de aniversário eram reservadas às classes sociais de elite e aos deuses. Assim, tanto os egípcios como os gregos restringiam essas festividades apenas aos faraós e deuses. Já os romanos permitiam essas celebrações apenas ao imperador, à sua família e aos senadores."

(Trecho do texto intitulado: A origem do aniverasário; Blog: A origem das coisas - http://origemdascoisas.com/a-origem-do-aniversario/)

Incorporar práticas pagãs no meio da fé cristã foi o erro mais absurdo que aconteceu dentro da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Isto fez com que as pessoas entendessem Jesus não mais como um Rei, que veio à terra se sacrificar para restituir a cidadania que todos os seres humanos haviam perdido em Seu Reino, e sim como uma espécie de “guru espiritual” ou como o fundador de mais uma religião terrena.

Por esta causa, o Jesus que vem sendo apresentado até hoje pelas religiões ditas cristãs não é o mesmo Rei criador de todas as coisas, que governa tudo e todos majestosa e soberanamente, e desde sempre, a quem são devidos todo o respeito, honra, glória e toda a confiança. A impressão que as pessoas tem tido de Cristo é como se ele fosse mais um dos deuses da mitologia grega. Porém, Deus não compartilha com outras pessoas ou entidades, os louvores e méritos que são devidos somente a Ele, segundo declara sua própria Palavra (Êxodo 34:14).

Desta forma, pessoas de outras religiões tem encontrado ocasião para questionar este “Jesus religioso”: eles estão identificando semelhanças com seus deuses. Algumas igrejas evangélicas ou denominações cristãs protestantes equivocadamente incorporaram este rito pagão de comemorar aniversário de deuses celebrando o nascimento de Jesus!

Então, prestemos atenção nas escrituras (!!!): Deus não tem princípio e nem fim de dias! Não foi o seu nascimento físico que Jesus mandou lembrar, e sim a Ele mesmo, através do sacrifício que Ele fez por nós em sua morte, e da ressurreição que lhe aconteceu em seguida como prova de uma nova aliança estabelecida eternamente, coisa que nem homem algum nem outros deuses poderiam fazer por nós. 

No Novo Testamento, não há divulgação de datas comemorativas para qualquer evento que seja, o que significa que Jesus deve ser lembrado todos os dias! É esta verdade que diferencia a verdadeira fé cristã de religiões.

Jesus é o único deus que ordena aos que creem n'Ele a celebrarem a salvação de suas almas na eternidade por sua morte e ressurreição, lembrando d'Ele sempre, até que venha segunda vez para instituir definitivamente o seu Reino de Justiça!

Assim sendo, o correto é que no dia 25 de dezembro as verdadeiras igrejas cristãs prossigam normalmente com seus trabalhos, indiferentes a estas comemorações natalinas. Isso também se estende às outras datas relacionadas a Jesus pelo catolicismo, como a semana santa. 

Com relação à comemoração da Páscoa, é evidente que isso é uma celebração judaica, e não cristã. Na Lei que Deus entregou a Moisés, os pecados dos israelistas eram transmitidos pelo sacerdote (que era o mediador entre Deus e os homens naquela época, segundo a Lei que fora dada a Moisés) por imposição de mãos a um animal imaculado, que poderia ser um novilho, um cordeiro ou um bode virgens, e este era morto em sacrifício pelos pecados conforme era discriminado na Lei mosaica; os rituais estão descritos no livro de Levítico.

Em especial, aconteceu um ritual feito pelo povo hebreu quando era escravo dos egípcios, para que Deus os livrasse daquele cativeiro, no qual foi sacrificado um cordeiro virgem de um ano; este evento é conhecido até hoje como a Páscoa dos judeus (Êxodo 12:1-27). Contudo, estes sacrifícios de animais não agradavam a Deus, e serviam apenas para que o povo se recordasse anualmente dos seus erros constantes, os quais não conseguiam parar de cometer (Hebreus 10:1-10). 

Como Jesus se entregou de uma vez por todas em sacrifício por toda a humanidade, a fim de nos libertar da escravidão do pecado e nos livrar da condenação eterna, Ele ficou conhecido também como o cordeiro perfeito ou imaculado enviado por Deus para tirar os pecados do mundo:

João viu Jesus aproximando-se e disse: Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel. Então João deu o seguinte testemunho: "Eu vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele. Eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus. No dia seguinte João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: Vejam! É o Cordeiro de Deus! (João 1:29-36)

Desta forma, esta Páscoa celebrada pelos judeus não cabe aos cristãos: ela era um mandamento da lei mosaica para os que estavam debaixo da Antiga Aliança, assim como o ato da circuncisão, ou do apedrejamento em caso de adultério. Aquele acontecimento que deveria ser lembrado por mandamento é uma figura de Cristo, e foi cumprido plenamente e totalmente n'Ele, e n'Ele finalizado.

Segundo a Nova Aliança, que é superior à primeira, para os cristãos não existe mais um dia específico para celebrar a salvação pelo seu sacrifício, devendo esta celebração acontecer, se possível, todos os dias. Diariamente devemos lembrar e celebrar a salvação eterna que nos foi concedida pela graça de Deus. O Apóstolo Paulo falou sobre o fato de alguns judeus que tinham se convertido ao Senhor ainda observarem dias de festas, como estavam acostumados a fazer quando viviam segundo a Antiga Aliança. Vejamos os trechos bíblicos a seguir:

Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: "Aba, Pai". Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro. Antes, quando vocês não conheciam a Deus, eram escravos daqueles que, por natureza, não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou melhor, sendo por ele conhecidos, como é que estão voltando àqueles mesmos princípios elementares, fracos e sem poder? Querem ser escravizados por eles outra vez? Vocês estão observando dias especiais, meses, ocasiões específicas e anos! (Gálatas 4:4-10)

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. Ouçam bem o que eu, Paulo, lhes digo: Caso se deixem circuncidar, Cristo de nada lhes servirá. De novo declaro a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a cumprir toda a lei. Vocês, que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça. Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança. Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem incircuncisão têm efeito algum, mas sim a fé que atua pelo amor. Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade? Tal persuasão não provém daquele que os chama. (Gálatas 5:1-8)

O fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê. (Romanos 10:4)

Deixar de comemorar este Natal e esta Páscoa advindos da religiosidade, e não da verdade de Deus, é uma confirmação da verdadeira fé em Jesus, de estarmos adorando realmente ao Deus único e verdadeiro. Muitos vão ver isso como um ato antirreligioso, o que, na verdade, o é. Cristãos verdadeiros não são religiosos e sim herdeiros da vida eterna, e agem como tal.

Podemos aproveitar as datas que são instituídas na sociedade como feriados religiosos para CONTINUAR ANUNCIANDO ou divulgando o verdadeiro Cristo ao mundo (continuar sim, porque este trabalho não pára nunca!), mas indiferentes às comemorações por eles feitas nestes dias; para os cristãos verdadeiros estes dias são como qualquer outro, pois todos os dias tem o mesmo grau de importância para Deus: todos são d'Ele, foram criados por Ele e para Ele. Portanto, a divulgação da mensagem de reconciliação de Deus ao mundo, e a celebração da salvação pelo sacrifício de Jesus devem ser feitas diariamente, e sempre com a mesma intensidade.

Até aqui falamos de datas que estão em discordância com a verdade da Palavra de Deus. Vamos agora focar na imagem de Jesus, divulgada com muita ênfase no mundo. De fato, sabemos que aquele Jesus que se encontra na segunda figura que está no início do nosso texto se trata de uma invenção humana, como são os demais deuses nela presentes, e se enquadra nas características citadas no Salmo 115, do versículo 5 ao 7:

Têm boca, mas não pode falar, olhos, mas não pode ver; têm ouvidos, mas não pode ouvir, nariz, mas não pode sentir cheiro; têm mãos, mas nada pode apalpar, pés, mas não pode andar; nem emite som algum com a garganta.

O Senhor também nunca disse que deveríamos fazer uma imagem dele para melhor lhe direcionarmos a fé ou para melhor o adorarmos; Deus não quer ser retratado materialmente de nenhuma forma, Ele apenas deseja que acreditemos n’Ele sem vê-lo, somente pela fé advinda de conhecer a sua Palavra e visualizar as suas obras; isso perceberemos nos trechos bíblicos que leremos mais adiante em nosso estudo.

O Apóstolo Paulo demonstrava grande vigilância e cautela quanto à pessoa de Jesus e ao ensino da sua Palavra, tanto que chegou a advertir aos cristãos coríntios para o fato de existirem outros tipos de Jesus e outros evangelhos sendo apresentados, pelos quais aquela congregação provavelmente estava se deixando levar:

O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente. (2 Coríntios 11:3-4)

O próprio Jesus fala quem Ele realmente é, e como Ele deve ser adorado:

Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4:24).

Nestas outras duas passagens bíblicas observamos o próprio Jesus confirmando sua existência eterna:

Estando os fariseus reunidos, Jesus lhes perguntou: O que vocês pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho? - É filho de Davi, responderam eles. Ele lhes disse: Então, como é que Davi, falando pelo Espírito, o chama Senhor? Pois ele afirma: O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés. Se, pois, Davi o chama Senhor, como pode ser ele seu filho? - Ninguém conseguia responder-lhe uma palavra; e daquele dia em diante, ninguém jamais se atreveu a lhe fazer perguntas. (Mateus 22:41-46)

Você é maior do que o nosso pai Abraão? Ele morreu, bem como os profetas. Quem você pensa que é? - Respondeu Jesus: Se glorifico a mim mesmo, a minha glória nada significa. Meu Pai, que vocês dizem ser o Deus de vocês, é quem me glorifica. Vocês não o conhecem, mas eu o conheço. Se eu dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vocês, mas eu de fato o conheço e guardo a sua palavra. Abraão, pai de vocês, regozijou-se porque veria o meu dia; ele o viu e alegrou-se. Disseram-lhe os judeus: Você ainda não tem cinqüenta anos, e viu Abraão? - Respondeu Jesus: Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou! (João 8:53-58)

Portanto, os que estão adorando a um Jesus humano, que pode ser visualizado na terra por imagens criadas por homens, e/ou sempre lembrado como se fosse um homem comum²  (Números 23:19), com pai e mãe (físicos), data certa de nascimento (Natal) e de morte (Páscoa), etc., estão buscando e adorando a Deus erradamente, pois na sua antiga e temporária forma terrena Jesus pode ser comparado aos deuses criados por homens nas diversas religiões do mundo.

Então, atenção: É bom lembrarmos que após ressurreto, Jesus mudou de aparência, e isso é tão comprovado que os discípulos que conviveram com Ele não o reconheceram quando o viram após aquele evento(Lucas 24:13-43, João 20:12-17, João 21:1-12). Contudo, Cristo foi reconhecido primeiramente por suas palavras, e por suas atitudes. Tudo o que aconteceu com o Filho de Deus neste mundo foi algo temporário, não permanente, somente para que as profecias ditas a respeito d'Ele nas escrituras fossem cumpridas, pois Ele ressuscitou, voltando ao seu lugar de origem. O que de fato aconteceu permanentemente foi o estabelecimento de uma nova aliança entre Deus e os homens, pela qual podemos ser salvos da condenação eterna. 

Falando ainda aos cristãos coríntios, o próprio Apóstolo Paulo deixa bem claro a maneira de como a pessoa de Jesus Cristo deve ser considerada depois de sua ressurreição, mostrando que todos devem ser considerados do ponto de vista eterno, e não humano:

De modo que, de agora em diante, a ninguém mais consideramos do ponto de vista humano. Ainda que antes tenhamos considerado a Cristo dessa forma, agora já não o consideramos assim. (2 Coríntios 5:16) - Geralmente o versículo seguinte a este, que diz: "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" é mais falado, onde a ênfase normalmente é dada a uma novidade de vida material, que, na maioria das vezes, está baseada em regras humanas que são pesadas de cumprir por estarem fora do foco eterno!

Na verdade, as coisas novas que surgem na vida do cristão quando ele está em Cristo acontecem devido à nova percepção que ele passa a ter deste mundo, que não mais é do ponto de vista material e sim, do espiritual; agora, pela fé em Cristo, ele olha para a eternidade, o lugar no qual primeiramente estamos, ainda que não estejamos vendo com os olhos naturais.

Desta forma, quando passamos a viver em novidade de vida, enxergamos as coisas espiritualmente por causa da fé verdadeira em Deus, e é isso o que deve gerar em nós mudanças de atitudes, de comportamento, de caráter. Por entendermos a verdade advinda do conhecimento de Cristo, não mais estaremos de acordo com a maldade do mundo, seguiremos os ensinamentos de Jesus voluntariamente, e eles não nos serão pesados. A este respeito, Ele nos diz:

Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus 11:28-30)

A maioria das ações movidas pela verdadeira fé em Jesus e em seu ensino é vista como loucura pelo mundo; são posturas que nunca serão vistas com bons olhos por afrontarem diretamente os que lucram pela ignorância dos outros com relação à verdade de Deus. Por isso, cristãos autênticos sempre vão ser alvo de muitas críticas, de discriminação e de perseguição, principalmente em locais onde imperam o poder da religião, e naqueles onde o governo do país é visto como um deus que deva ser exclusivamente venerado por seu povo (Marcos 10:29,30; 2Tímóteo 3:12).

"NOSSO DEUS NÃO É DEUS DE CONFUSÃO, ELE NÃO MISTURA AS COISAS!"




[1]Para conferir na íntegra estas informações históricas, leia este livro: História da Igreja Cristã, de Jesse Lyman Hurlbut; você pode acessá-lo na internet neste endereço: http://pt.scribd.com/doc/21367661/Livro-historia-da-Igreja-Crista - é aconselhável baixá-lo para seu computador, pois lido on-line ele apresentará algumas páginas bloqueadas para leitura. 
[2]Jesus filho de Davi, Jesus filho de Maria, Jesus Filho do Homem – todos estes títulos são terrenos e estão relacionados à pessoa de Cristo homem, mas, quando o Senhor ressuscitou e voltou ao seu lugar de origem, a eternidade, ou ascendeu aos céus, estes títulos são substituídos por aqueles que Ele já possuía antes de se fazer em ser humano: Criador de todas as coisas; Senhor dos senhores; Rei dos reis; Aquele que reina e vive para sempre; Aquele que era, que é, e que sempre será; o Todo-poderoso.



Pastora Oriana Barros 

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