By Pastors Wendell and Oriana Costa

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Conhecendo Cristo - Parte 2

Na parte 1 deste estudo, falamos um pouco sobre os referenciais que tomamos para nossa vida, ou, sobre os padrões que assimilamos para formação do nosso caráter. E, aprendemos que quando nos tornamos cidadãos do Reino de Deus pela fé em Jesus Cristo, precisamos substituir todos os referenciais que temos neste mundo por Ele, pois Cristo é o padrão para todo ser humano que deseja agradar a Deus e viver segundo sua justiça.

Na primeira carta de Paulo aos cristãos coríntios, no capítulo 13, podemos peceber Deus nos mostrando como realmente somos sem a presença do Salvador em nós, e nos revelando também a plenitude deste, como Ele é, como Ele age.

Vejamos o que relata o Apóstolo Paulo nos versículos iniciais de 1Coríntios 13:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá." (1 Coríntios 13:1-3, NVI)

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria."
(1 Coríntios 13:1-3, ACRF)

Obs.: Tinir ou retinir significa produzir som agudo e forte, ecoar fortemente.
          Em outras versões da Bíblia pode-se encontrar o verbo "ufanar-se", referindo-se à "vangloriar-se", e o verbo "exarperar-se", referindo-se a "irritar-se".

Nos três versículos acima, podemos substituir a palavra "amor" pelo nome "Cristo". Assim, entendemos como os seres humanos se comportam separados de Deus, e o que significa estar sem Cristo espiritualmente falando.

Fazendo esta substituição, observamos que, mesmo que sejamos muito inteligentes e tenhamos muito conhecimento, ou sejamos muito religiosos e muito caridosos, ou mesmo que nos envolvamos em muitas causas a ponto de nos entregarmos para morrer, sem estarmos em Cristo, nada disso tem valor ou proveito algum diante do Pai; fora de Seu Filho, fazemos muitas coisas no mundo e fazemos muito barulho, porém, não agradamos a Deus de fato.

A seguir, do versículo 4 até o 8, vamos perceber que Paulo fala sobre as virtudes de Cristo:

"O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece." (1 Coríntios 13:4-8, NVI)

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha." (1 Coríntios 13:4-8, ACRF)

Então, podemos observar que Cristo é totalmente justo, ou seja: é paciente, bondoso, não inveja, não dá glória a si mesmo, não é soberbo ou orgulhoso, é decente ou reverente (é organizado, ordeiro, não leva as coisas na brincadeira), não trabalha por seus próprios interesses, não se irrita e é perdoador (ou, não guarda mágoa); Ele se alegra com a justiça de Deus que é a verdade, e por ela sofre, nela crê, nela espera e nela suporta todas as coisas; e, por fim, Ele é infalível, totalmente fiel, cumpre tudo o que diz.

Todas estas virtudes listadas acima estão em nosso espírito recriado, o espírito novo nascido de Cristo que recebemos ao aceitá-lo como Senhor e salvador de nossas vidas, e elas são sobrenaturais.

Sem a ajuda de Cristo jamais conseguiríamos ser como Ele é, pois, por nossos próprios esforços ou por nossas inteligências não conseguimos ser perfeitos, sempre vamos falhar em algum momento, ou, sempre vamos transgredir as leis do Reino de Deus, pecando contra Ele.

É por isso que precisamos de Cristo para sermos salvos da morte eterna, pois, no Reino de Deus só permanece quem é justo, puro, assim como Ele é. Só Cristo é capaz de justificar o homem de suas transgressões perante o Pai, livrando-o dessa condenação.

Missionária Oriana Costa

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Este estudo continuará na parte 3.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Conhecendo Cristo - Parte 1

O referencial de todo o cristão verdadeiro é CRISTO. 

Todas as coisas que o homem cria no mundo geralmente seguem um modelo, tem um padrão ou um referencial. Se prestarmos atenção em nossas ruas, por exemplo, vamos perceber que as construções seguem um padrão, ou obedecem a normas estabelecidas pela prefeitura local; da mesma forma, os objetos que usamos no nosso dia a dia, como os óculos de grau ou os de sol, sapatos, roupas, eletrodomésticos, brinquedos, etc., também seguem regras e obedecem a padrões estabelecidos pelos órgãos competentes, como o INMETRO, por exemplo.

Até mesmo nosso comportamento é formado através de padrões estabelecidos pela sociedade em que vivemos, sendo moldado por situações que repetidas vezes acontecem conosco, nos obrigando a assimilá-las. 

Quando nós já estamos com o caráter formado, ou já nos acostumamos a agir de acordo com determinados padrões e regras, automaticamente rejeitamos tudo o que não se enquadra dentro do que já temos o hábito de fazer; isso acontece porque não nos sentimos seguros ou à vontade em usar ou fazer algo que é diferente da rotina que levamos. É por isso que toda a mudança é difícil.

Os hábitos são ações que levam um certo tempo para serem formadas em nossas mentes, e, para serem modificadas, podem demorar ainda mais. No entanto, não é impossível iniciar, mudar ou bloquear um hábito, se realmente estamos decididos a fazê-lo.

No Reino de Deus há um padrão e regras às quais teremos que considerar e adaptar em nossas vidas. Assim sendo, ao entendermos que fazemos parte desse Reino teremos que buscar substituir todos os padrões que assimilamos como corretos no mundo pelo de CRISTO. E, para tanto, precisamos conhecê-lo bem.

O Senhor sabe que não será fácil mudarmos nossos antigos hábitos para nos adaptar a Sua justiça, e por isso Ele é imensamente paciente conosco, nos ajudando em todo o tempo.

Longe de Deus e sem conhecer sua justiça, nós seguimos e nos acostumamos às formas de viver que o mundo nos sugere ou oferece. O mundo apresenta padrões e referenciais para tudo, no entanto, a maioria está indo contra à palavra de Deus, pois são fundamentados na aparência das coisas e nos sentimentos humanos. 

Se existe algum sistema, regra ou modelo no mundo que obedece às escrituras é devido à influência do conteúdo da própria palavra de Deus, que já é conhecida no mundo, ainda que a maioria das pessoas não saibam que a origem daquilo que elas obedecem ou fazem está na Bíblia.

Como exemplo, podemos citar o conjunto de Leis que regem o nosso país. Muitas das leis constantes na nossa constituição são advindas do conhecimento da palavra de Deus. Outro exemplo peculiar é o modelo de uma pessoa de bem para o mundo. 

Na visão secular, uma pessoa de bem deve se esforçar para pagar suas contas, fazer a caridade, ser trabalhadora, cuidar da família, etc.; esses valores estão na Bíblia. No entanto, se ela disser uma mentirinha aqui e ali, adulterar (às escondidas), chamar palavrão, falar mal do governo, falar mal do vizinho, só amar quem lhe ama e tratar mal quem lhe trata mal, usar do jeitinho brasileiro para tirar vantagem em alguma situação, então, ela ainda é considerada uma boa pessoa pela sociedade.

Então, sabendo que Jesus Cristo não mente, ama a todos, não fala mal dos outros, não é infiel,  etc., percebemos que existe uma grande diferença entre ser uma pessoa boa dentro do padrão de Deus e dentro do padrão do mundo.   

Os primeiros referenciais de comportamento que assimilamos em nossas vidas são nossos pais, ou as pessoas que nos criaram. A partir deles nós podemos aprender a buscar a Deus, como também podemos aprender a viver longe dele. É a partir do convívio com os familiares que o caráter de uma pessoa é construído e seus hábitos são formados.

Um indivíduo cujos pais buscam a Deus é abençoado, pois aprenderá com eles a ter comunhão com seu criador, e sempre colocará em primeiro lugar a justiça de Deus em qualquer ocasião. Será livrado de muitos sofrimentos. Contudo, um indivíduo cujos pais não tem conhecimento das escrituras e não buscam agradar ao Senhor, viverá conforme aquilo que aprender deles, e/ou com os outros ao seu redor, e sofrerá muito.

Aqui no Brasil existe um ditado popular que diz "Faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço". Esta regra não é válida, não pode ser obedecida, pois, nós ensinamos aos outros muito mais com o exemplo de nossas ações do que propriamente com o que falamos.

O exemplo mais comum é com a "mentira". Você pode dizer para o seu filho: "Você me viu mentir, mas, não minta, porque mentir é feio." Se a criança observa que mentindo conseguirá tirar vantagens nas situações, ela fará igual ao que você fez, e descondiderará o que você disse, ainda que ela saiba que "mentir é feio." 

Então, quando aceitamos a Jesus como nosso Senhor e suficiente salvador e passamos a meditar no ensino de Cristo, começamos a entender a justiça eterna e a perceber que precisamos urgentemente renovar nossos entedimentos, substituindo nossos referenciais mundanos por Cristo. Ele deve passar a ser nosso padrão como pessoa, enquanto estamos vivendo neste mundo.

O apóstolo Paulo diz o seguinte sobre isso:

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2, ACRF)

Desta forma, quando somos iniciantes na fé é normal seguirmos o exemplo de pessoas, especialmente aquelas que nos ensinam a palavra de Deus ou nos discipulam. Porém, através dos ensinamentos que recebemos, aprendemos a seguir a Cristo, tomando-o como nosso único referencial.

Em sua carta aos cristãos de Corinto, o Apóstolo Paulo diz claramente:

"Sede meus imitadores, como também eu de Cristo." (1 Coríntios 11:1, ACRF)

Com esta afirmação ele deixa claro que nós devemos fazer como ele, imitando a Cristo, ou seja, devemos buscar ser o mais parecidos quanto possível com o Senhor em nossa maneira de agir.

Para finalizar esta primeira parte do estudo, podemos já meditar em princípios básicos da justiça de Deus e que também se referem às virtudes de Cristo, que estão descritos na epístola aos Coríntios, no capítulo 13:

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.  amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 
(1 Coríntios 13:1-7, ACRF) - Dica: Substitua a palavra "amor" pela palavra "Cristo" ou pelas palavras "justiça de Deus" ao ler o trecho bíblico acima, e você entendenderá melhor o que o Apóstolo Paulo está querendo dizer. 
  

 Missionária Oriana Costa.


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Este estudo se continuará na parte 2. 


quinta-feira, 23 de março de 2017

O pecado - Estudo bíblico - parte 5

Como já vimos nas partes anteriores deste estudo, a maldade não sai da nossa carne: ela permanece lá, mesmo após aceitarmos a Jesus Cristo como nosso Senhor e suficiente salvador; então, ela precisa ser dominada, ou irá impulsionar nossas decisões.

A maldade (ou obras da carne) só será retirada do nosso corpo físico quando formos ressuscitados na vinda de Cristo, onde receberemos um novo corpo, tranformado e sem nenhuma espécie de mal, e que não estará mais debaixo do juízo atribuído por Deus ao pecado: a morte.

Assim sendo, na nossa caminhada na fé vamos precisar viver pelo espírito para não darmos vazão ao que nosso corpo físico deseja. Por isso mesmo é que uma das virtudes que compõe o fruto do espírito se chama "domínio próprio".

O espírito recriado em Cristo tem plenas condições de dominar sobre a carne, mas, a alma (mente ou intelecto) terá de escolher isso. O nosso eu material, portanto, tem a opção de viver segundo a perfeita vontade de Deus ou não; Ele não nos criou como robôs e sim, semelhantes a Ele, com vontade própria, e nos deixa livres para escolher. E, exatamente por causa disso, nos avisa onde nossas escolhas nos levarão, tendo o cuidado de nos manter informados através das escrituras sobre as consequencias dos nossos atos.

"Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna." (Gálatas 6:8, NVI)

Muitas pessoas tem dificuldade de entender que já temos o domínio próprio em nossos espíritos, e ele é fundamental para que resistamos às tentações que normalmente surgem no nosso dia-a-dia. Quando dizemos que "não estamos conseguindo resistir às tentações", simplesmente estamos declarando que escolhemos não resistir, ou, optamos por não usar o domínio próprio que já está em nosso espírito.

É bom lembrarmos que o domínio próprio não sairá da nossa realidade espiritual sem um esforço diário de nossa parte em lembramos o que está escrito, até que um dia ele seja exercido com facilidade. Concomitantemente à meditação nas escrituras, orar pedindo a ajuda de Deus para exercê-lo é essencial quando ainda não aprendemos a externá-lo.

Precisamos conhecer e usar o poder que Deus nos disponibiliza não somente para trazer a nossa realidade material a suficiência de provisão que temos nas regiões celestiais, mas, também e principalmente, para sermos capazes de fazermos nosso espírito nascido de novo frutificar na realidade física na qual também estamos, dominando sobre a carne. A palavra de Deus nos revela o seguinte:

"Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade." (Efésios 4:22-24, NVI)

Para andarmos na plenitude do espírito em nossa realidade terrena teremos, pois, que conhecer as escrituras, meditando nelas, e buscarmos também conhecer o poder de Deus, ou como Ele age; precisamos provar desse poder, experimentá-lo, vivenciá-lo, sabendo que os relatos contidos nas escrituras em relação a Ele são verdadeiros, e acontecem realmente.

"Jesus respondeu: Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!" (Mateus 22:29, Marcos 12:24, NVI)

Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações. (Efésios 3:16,17, ACRF)

O poder de Deus testifica que a mensagem de salvação anunciada ao mundo é verdadeira, assim como o que Cristo ensina a igreja também é verdadeiro. Tal poder é manifesto em nossa realidade física pela ação do Espírito Santo (ou Consolador), e é expresso através de certos sinais sobrenaturais que Cristo fala que aconteceriam sempre que o evangelho fosse anunciado:

"Quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim." (João 15:26, ACRF)

"Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." (Marcos 16:15-18, ACRF)

"Não me atrevo a falar de nada, exceto daquilo que Cristo realizou por meu intermédio em palavra e em ação, a fim de levar os gentios a obedecerem a Deus: pelo poder de sinais e maravilhas e por meio do poder do Espírito de Deus. Assim, desde Jerusalém e arredores, até o Ilírico, proclamei plenamente o evangelho de Cristo. Sempre fiz questão de pregar o evangelho onde Cristo ainda não era conhecido (...)". (Romanos 15:18-20, NVI) - Depoimento do Apóstolo Paulo aos cristãos que se reuniam em Roma.

E como buscar o poder de Deus e tê-lo dentro de nós? As escrituras nos dizem o seguinte:

"Enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus." (Efésios 5:18-21, ACRF)

Então, estas são as três coisas que devemos fazer, segundo o trecho bíblico acima (e se possível diariamente!), além de ler e meditar no conteúdo das escrituras bíblicas, para que estejamos cheios do Espírito de Deus e Ele possa operar em nós e através de nós:

-Louvar a Deus usando o intelecto ou a mente (recitando e/ou cantando as escrituras ou falando/cantando palavras que glorifiquem a Deus e estejam de acordo com as escrituras e a nova aliança que Deus estabeleceu com os homens), e também louvar em espírito (falando e/ou cantando em línguas estranhas ou novas línguas; para tanto, é necessário que o indivíduo tenha recebido o resvestimento de poder ou o batismo no Espírito Santo - Atos 8:14-17, 1Coríntios 14:15);
-Orar agradecendo a Deus por tudo ou dar sempre ações de graças por tudo (isso também significa não lamentar nem reclamar pelas coisas que aparentemente não estejam indo bem ou não estejam acontecendo da maneira que gostaríamos);
-Estarmos sujeitos aos nossos irmãos (perdoá-los, sermos compreensivos, não tratá-los mal e estarmos prontos a ouví-los e socorrê-los) por causa do temor que temos a Deus.  

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Missionária Oriana Costa



quarta-feira, 15 de março de 2017

O pecado - Estudo bíblico - parte 4

A verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo é feita de pessoas que não desejam mais desagradar a Deus, uma vez que a mensagem do evangelho é essencialmente a pregação da salvação eterna obtida pela fé no sacrifício de Jesus Cristo; esta fé deve nos levar ao arrependimento sincero de pecados, ou ao arrependimento verdadeiro das nossas faltas diante do Criador de todas as coisas.

No entanto, as pessoas não se tornam perfeitas e param de pecar de uma hora para outra, como num passe de mágica, assim que aceitam ao Senhor Jesus como suficiente salvador e Senhor. Elas terão que aprender a não pecar, terão que substituir todo o ensino que receberam no mundo pelo ensino de Cristo.

Neste mundo, tudo é aprendido. Fisicamente, o homem foi criado por Deus para aprender, experimentar, descobrir, criar. O próprio Deus precisou passar informações e ordens para o homem, assim que o criou, para que ele pudesse ter cautela com o que havia ao seu redor e não se prejudicar:

"E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". (Gênesis 2:16,17)

A palavra de Deus nos mostra que espiritualmente já sabemos tudo, estamos prontos, mas, materialmente, não. Isso está registrado nos livros de Mateus e Marcos, quando o Senhor Jesus ensina: "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mateus 26:41/Marcos 14:38)

Então, da mesma forma que aprendemos a dar vazão ao que nossa carne deseja fazer, também temos que aprender a rejeitar seus desejos, e em lugar de agirmos de forma carnal, agirmos conforme a vontade do nosso espírito recriado, como explica o apóstolo Paulo:

"Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça." (Romanos 6:12,13)

"Por isso digo: vivam pelo espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao espírito; e o espírito, o que é contrário à carne." (Gálatas 5:16,17)

E falando em espírito recriado, é bom lembramos que ao crermos na obra redentora de Jesus Cristo e ao aceitarmos seu governo sobre nossas vidas, nós imediatamente recebemos um novo espírito, que na Bíblia lemos como "nascer de novo". Como já vimos e entedemos na parte 3 deste estudo, uma vez que o espírito morre, está morto para sempre. É por isso que Satanás e os anjos que com ele caíram não podem ser redimidos, e estão condenados para sempre. 

Nas escrituras podemos ler o seguinte:

"Darei a eles um coração não dividido e porei um novo espírito dentro deles." (Ezequiel 11:19)

"Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito." (João 3:5-8)

Vivemos em duas dimensões distintas, diferentemente do Criador e seus exércitos celestes. Por isso, Deus teve misericórdia da nossa situação, após a entrada do pecado, tendo em vista que não somente somos seres espirituais, mas também materiais, e, fisicamente, não sabemos de tudo como acontece com os que estão na realidade eterna.

Com a ressurreição do Cristo homem ou do Cristo físico, que foi arrebatado (subiu aos céus) e está na realidade eterna neste exato momento, agora o Pai tornou possível a existência de novos espíritos humanos, que são gerados desta nova entidade.  

Para entendermos melhor o que realmente acontece: toda vez que alguém crê verdadeiramente em Jesus Cristo como seu justificador e o aceita como Senhor de sua vida, na realidade eterna sai de Cristo um espírito humano novo, ou seja, Ele "dá à luz" dentro de Seu Reino a um novo espírito humano, totalmente limpo, puro, sem pecado, que automaticamente substitui o espírito morto desse alguém (João 14:23).

Este novo espírito não peca jamais, não deseja pecar, não há pecado nele (1João 3:9).

Ele é nascido de Cristo, é cidadão do Reino de Deus, e é totalmente igual a Cristo: está em unidade com o Pai e com o Seu Espírito (também chamado de Espírito da verdade, Consolador, ou como é mais conhecido, de Espírito Santo). O detalhe é que este novo ser humano espíritual, que é puro, passa a habitar dentro de corpos humanos que ainda estão cheios de maldade, com almas (ou mentes - ou entendimento) que ainda não tem o pleno conhecimento da verdade que liberta!

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:1,2, ACRF) 

Por isso, vai existir uma dificuldade (que será de fato uma batalha diária) em trazermos esta nova realidade para a nossa realidade material. Teremos que aprender a não mais obedecer aos nossos desejos e passarmos a obedecer ao espírito de Cristo que está em nós. O apóstolo Paulo fala claramente sobre isso:

"Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente (...) De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado." (Romanos 7:21-25)

"Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim." (Gálatas 2:20)


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Uma curiosidade:

O espírito novo ou "nascido de novo" literalmente sai de Cristo, é gerado n'Ele e entregue aos que creem; em Gênesis, podemos ler como o espírito de Adão foi colocado dentro de seu corpo:

"Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente." (Gênesis 2:7)

No trecho bíblico acima, a frase "se tornou um ser vivente" explica que Adão passou a ter consciência de existência, ou seja, passou a ter um espírito. Isso não acontece com os animais, por exemplo. Os animais tem alma, mas, não tem espírito, eles não tem consciência de que existem. São almas em corpos, ou criaturas, apenas. 

Se prestarmos bem atenção no relato existente em Gênesis 1 e 2, perceberemos que há uma distinção entre a forma como o ser humano foi feito da forma como os animais e plantas passaram a existir. Deus soprou apenas no homem, mas, não fez isso com os animais. Os animais apenas foram criados materialmente, e o homem, foi criado do pó da terra e ainda recebeu "um sopro espiritual", que é um diferencial entre ele e o animal.

Da mesma forma que o Pai soprou um espírito puro (santo, sem pecado) em Adão, Cristo foi visto soprando nos apóstolos, dando-lhes espíritos novos e puros:

"Novamente Jesus disse: "Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio". E com isso, soprou sobre eles e disse: "Recebam o Espírito Santo."" (João 20:21,22, NVI)

Este espírito santo que Jesus estava entregando naquele momento a cada um dos apóstolos não era o revestimento de poder do Espírito Santo (observe que o Consolador só foi dado à igreja (ou derramado na igreja) no Dia de pentecostes, após a ascenção de Jesus aos céus - Atos 2:1-4); mas, se tratava de espíritos recriados, espíritos que saíram de Cristo.

Obs:. abaixo, análise da palavra "espírito" a partir do escrito original em grego, constante no versículo 22 de João capítulo 20, a partir de dados do e-Sword :
















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Missionária Oriana Costa


terça-feira, 14 de março de 2017

O pecado - Estudo bíblico - Parte 3

Após a transgressão de Adão, tendo em vista que todos os seres humanos são seus descendentes, espiritualmente, ao chegarmos a este mundo todos nós já estamos separados de Deus, e em nossa carne se encontra o pecado (todas as obras da carne), ainda que ignoremos isso: "Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe." (Salmos 51:5) E o pecado já está julgado e sentenciado na realidade eterna, como está escrito em Romanos 6:23. Sua sentença, portanto, é a morte para sempre.

Pessoas que não entendem a vontade perfeita do Criador acreditam que ao morrerem fisicamente não tem mais jeito, que é o fim: e esta afirmação é, de fato, verdadeira. É a realidade delas, realmente! Para os que estão longe de Deus, esta é a sentença para sempre, com o adicional de que, espiritualmente, a morte se continuará para os tais de uma forma dolorosa, visto que todos nós somos espíritos e estes não tem fim: não param de funcionar, não sofrem decomposição, não deixam de existir.

O nosso Criador não se agrada com o fato de nós estarmos condenados e de que sofreremos por isso para sempre; Ele realmente deseja que tenhamos vida na dimensão eterna. Contudo, Deus não passa por cima de Sua palavra; Ele não invalida o que já está sentenciado na eternidade, e por isso mesmo avisou a Adão o que lhe aconteceria caso resolvesse transgredir algumas das regras já antes estabelecidas pelo Senhor.

Desta forma, o Pai precisou criar uma nova realidade, com novas leis, para que pudéssemos escapar desta condenação.

A palavra de Deus assim explica:

"Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada. Mas, se um ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu e obedecer a todos os meus decretos e fizer o que é justo e direito, com certeza viverá; não morrerá. Não se terá lembrança de nenhuma das ofensas que cometeu. Devido às coisas justas que tiver feito, ele viverá. Teria eu algum prazer na morte do ímpio?, palavra do Soberano Senhor. Pelo contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver?" (Ezequiel 18:20-23)

No trecho acima notamos claramente que, para o que estiver longe de Deus (ou, para os que são ímpios), no dia do julgamento não serão levadas em conta as bondades que praticaram, mas, somente as maldades, pois os "atos de justiça" de um "injusto" não tem poder para justificá-lo de suas ofensas ao Criador. Os justos, ou seja, os que estão perto de Deus, serão considerados de acordo com o bem que praticaram, sem que suas ofensas ao Senhor sejam levadas em consideração. É assim que a justiça de Deus funciona eternamente.

Então, como pode um pecador se justificar perante o Criador, se ele já está morto espiritualmente e esta situação é irreversível? Como pode alguém se converter totalmente de suas maldades, se não há opção, ainda que paralelamente faça o bem? É aí que Deus entra com uma nova realidade, providenciando um maravilhoso escape para toda a humanidade.

Deus tornou possível um ser humano ser recriado espiritualmente (um espírito vivo é colocado no lugar do espírito morto) e também materialmente (ressuscitação), sendo justificado de suas transgressões eternamente, tornardo-o totalmente justo, gratuitamente. 

Para tanto, o Criador envia e instala em nosso meio a realidade de Cristo. Ele é a expressa justiça de Deus, é a imagem do Deus Criador para nós. O espírito de Cristo já existia antes que os seres humanos tivessem sido criados e, quando veio à terra como ser humano, foi o único totalmente justo diante do Pai:

"O Senhor me criou como o princípio de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade, desde o princípio, antes de existir a terra." (Provérbios 8:22,23)

"No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito." (João 1:1-3)


Porém, a forma como Ele passaria a ter autoridade para justificar a humanidade é que seria muito difícil, pois iria requerer um grande sacrifício da parte d'Ele, e nisso, felizmente Ele concordou com o Pai, ainda que soubesse o gigantesco sofrimento que passaria.

A terrível condição era que Ele teria que se deixar ser rejeitado, perseguido, humilhado e morto de uma forma violenta, com a promessa de que seria ressuscitado fisicamente em seguida, e não somente Ele, mas, todos os que cressem n'Ele:

"Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado (...), fosse morto e três dias depois ressuscitasse. Ele falou claramente a esse respeito." (Marcos 8:31,32)

"Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. (...) Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia." (João 6:37-40)

Então, "Cristo homem" aceitou morrer para nos justificar, porque nos amou, e nos ama, assim como o Pai ama a sua criação. Precisamos entender que a condição de Cristo como ser humano era a seguinte: a Ele foi dado um corpo sem pecado e perfeito, como os que foram dados a Adão e Eva, com o detalhe de que Ele seria tentado, como Adão e Eva foram, sem, no entanto, transgredir as leis estabelecidas pelo Pai como eles fizeram.

Para nos justificar, portanto, Cristo teria que continuar na terra na mesma condição em que estava no espírito, e, desta maneira, teria que resistir TODAS as tentações e permanecer com o corpo puro (santo - sem maldade), até o dia determinado por Deus: então, neste dia, ser condenado por "crimes" que não cometeu e ser morto, pagando pelas transgressões de toda a humanidade.

Assim, Cristo homem, ou, o Filho do homem, precisou passar a vida inteira resistindo diretamente a Satanás, sem pecar (ou, se mantendo santo), proclamando ao povo a existência do Reino de Deus com palavras e sinais prodigiosos (ainda que não entendessem ou acreditassem), para depois ser condenado e sacrificado violentamente a fim de justificar pessoas impuras.

Além de tudo isso, Ele teria que iniciar a "Sua nação" (ou a sua igreja), escolhendo e treinando alguns homens (que eram pecadores(!), e que somente depois de sua ressurreição iniciaram o genuíno processo de arrependimento de pecados), dentre os que estavam em Israel, para darem continuidade à proclamação da mensagem de salvação na terra.

Ele trabalhou bastante e de uma forma intensa, sem dúvida alguma, e teve de executar tudo minuciosamente (de acordo com o que já estava predito nas escrituras) dentro de apenas três anos.

O destino da existência humana foi colocado todo nas mãos do Filho do homem. Se não fosse o amor verdadeiro a Sua criação que tivesse motivado o Senhor desde o princípio, realmente este escape não existiria. Ele teria desistido se não nos amasse de verdade; e teve a opção de desistir, se quisesse. Mas, para nossa felicidade, Ele foi até o fim, abrindo para nós uma maravilhosa e única porta para a vida eterna:

"Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, NÃO SEJA COMO EU QUERO, MAS SIM COMO TU QUERES". Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo." (Mateus 26:37-40)

"Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando". Mas Jesus NÃO RESPONDEU NADA, e Pilatos ficou impressionado." (Marcos 15:3-5)


Missionária Oriana Costa - 14/03/2017

O pecado - Estudo bíblico - Parte 2

Em se tratando de convívio dentro da igreja, a instrução contida na palavra de Deus com relação a discriminação de pecados, ou seja, rejeitar pessoas que cometam certos tipos de pecados (excetuando-se, obviamente, o convívio de cristãos com os de fora da fé), diz o seguinte:


"Já lhes disse por carta que vocês não devem associar-se com pessoas imorais. Com isso não me refiro aos imorais deste mundo, nem aos avarentos, aos ladrões ou aos idólatras. Se assim fosse, vocês precisariam sair deste mundo. Mas agora estou lhes escrevendo que não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer. Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro? Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês"". (1 Coríntios 5:9-13, NVI)


O apóstolo Paulo chamou de imoralidade a promiscuidade sexual, aqui conotada como incesto, que foi o ato de um filho ter relações sexuais com a própria mãe, ou um enteado ter relações sexuais com a madrasta. Este pecado foi cometido por um dos homens que frequentava a igreja de Corinto. O texto sugere que a mulher não se entregou ao homem, mas, que provavelmente sofreu violencia, pois, do contrário, Paulo certamente teria ordenado para que os dois fossem expulsos da congregação.

Então, a instrução bíblica deixa bem claro que não devem estar no convívio da igreja pessoas que aceitaram Jesus e se batizaram para confirmar a fé, porém, vivem como indivíduos que não tem o Espírito Santo dentro de seus corações, levando uma vida semelhante aos que andam longe de Deus.

A presença do Espírito Santo dentro de nós é que nos direciona a rejeitar as obras da carne e nos leva ao arrependimento genuíno de pecados, nos impulsionando a andar de acordo com a justiça de Deus e dar o fruto do espírito. É o Espírito de Deus que convence os seres humanos do pecado, da justiça e do juízo, e testifica que a mensagem do evangelho é verdadeira (João 16:8-15).

Pessoas que se dizem evangélicas ou crentes, e assumem serviços eclesiásticos, mas, contudo: se comportam de forma imoral ou são irreverentes, não são generosas, são místicas (colocam tradições religiosas ou mundanas acima da verdade da palavra de Deus), se satisfazem em falar mal dos outros (críticos e fofoqueiros), insistem em continuar na bebedeira e nas farras ou são pessoas desonestas (que mentem ou se corrompem facilmente), devem ser destituídas do exercício de seus serviços, e, se for o caso, expulsas da igreja pela liderança.

Claro que, antes que tomem decisões extremas, as lideranças devem conversar com essas pessoas, e orar, apresentando ao Senhor a situação, para que sejam guiados pelo Espírito de Deus e não pela indignação ou decepção que possam estar sentindo. O Senhor Jesus, no trecho bíblico abaixo, mostra como devemos agir com pessoas que insistem em permanecer transgredindo a palavra de Deus na igreja:

"Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas’. Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano." (Mateus 18:15-17, NVI)   

A permanência de indívíduos que não se arrependeram realmente de seus pecados no convívio congregacional influenciará outros a procederem da mesma maneira! Algumas vezes, esses indivíduos nem chegam a ser mesmo expulsos: eles mesmos acabam indo embora por não suportarem o convívio com os irmãos que buscam santidade, ou mesmo por se sentirem rejeitados devido ao comportamento inadequado.

A quem ache muito duro o discurso, e não concorde com a orientação do Apóstolo Paulo em 1Coríntios 5, sobre a qual tratamos no início deste estudo, no entanto, se ela não for cumprida à risca, traz sérios problemas para dentro da igreja, pois, como está escrito: "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes." (1 Coríntios 15:33, NVI)

Quem se arrepende verdadeiramente de seus pecados pela fé no Senhor Jesus Cristo muda realmente de atitude, pois agora é uma nova criatura que seguirá os passos do Senhor Jesus. No caso dos que estão presos aos vícios, se ao receberem a salvação não conseguirem se libertar imediatamente, de boa vontade irão buscar ajuda para serem libertos ao invés de perturbarem a paz da igreja e influenciarem os irmãos a pecar.


Missionária Oriana Costa - 02/02/2017

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O pecado - estudo bíblico - Parte 1

Vamos tirar algumas de nossas dúvidas aqui sobre pecado. Este estudo não tem todas as informações a respeito do assunto, mas, pode dar uma boa contribuição para a melhoria do nosso entendimento acerca da transgressão da justiça de Deus.

Ao aceitarmos Jesus como nosso Senhor e suficiente salvador pela fé, confessando-o com nossas bocas, assim como recomendam as escrituras em Romanos 10:9, imediatamente recebemos o perdão dos nossos pecados eternamente, e passamos a ser justos diante de Deus. Esta nova situação não pode ser percebida com a carne (o seu "eu" físico), mas, pode ser percebida com a alma (o seu "eu" mental) e com o espírito (o seu "eu" eterno).

Longe de Deus e sem conhecimento real de Sua palavra, ser humano algum tem consciência de que está transgredindo quaisquer das leis que foram estabelecidas por Ele na eternidade. Esta conciência de que somos pecadores vem a nossa mente no instante em que recebemos a informação proveniente das escrituras, que confirma nossa situação de transgressores perante o criador de todas as coisas.

Ao nascermos, já estamos na condição de pecadores, porém, sem consciência de pecado e sem ter como entender esta situação. Nesse caso, estamos isentos de culpa diante de Deus, até o momento em que a convicção de que estamos fazendo "algo errado" venha as nossas mentes, ainda que não tenhamos entrado em contado com a mensagem do evangelho de maneira clara.

Uma curiosidade a respeito de nascermos já pecadores é que, o "fruto da carne" (obras da carne), assim como o "fruto do espírito", é completo, ou seja, dentro da nossa carne estão todos os males contidos na lista constante em Gálatas 5:19-21, assim como dentro do nosso espírito estão todas as virtudes expostas em Gálatas 5:22.

As obras da carne podem se manifestar por si mesmas ainda na tenra infância, sem obrigatoriamente o indivíduo ter sido incentivado por quaisquer ensino ou circunstâncias, ou vão aparecendo à medida que as situações do dia a dia vão nos persuadindo a fazer escolhas e tomar decisões.

Então, por exemplo, quando um homossexual diz que já nasceu assim, sentindo atração por pessoas do mesmo sexo e querendo se comportar como se fosse do sexo oposto, ele não está errado. Todos nós já nascemos pecadores, e com todas as inclinações pecaminosas dentro de nós!

Contudo, assim como o fruto do espírito não é manifesto todo de uma vez na nossa caminhada com Cristo, todos os males que estão na carne também não se manifestam todos de uma vez quando estamos longe de Deus. E isso é algo que facilmente se pode perceber e constatar, tanto se analisarmos nossas próprias condutas, quanto se avaliarmos as ações de pessoas do nosso convívio cotidiano.

Uma das virtudes do fruto do espírito, por exemplo, é mansidão. Existem cristãos que muito dificilmente, ou nunca manifestam esta virtude enquanto estão vivos na terra! São pessoas "barraqueiras", que a qualquer momento explodem e/ou tratam os outros mal por não terem sido tratadas como gostariam, ou não terem recebido a atenção que gostariam de ter recebido, por exemplo.

E mesmo assim, cometendo tal pecado, não deixam de serem amadas por Deus e de serem salvas. É claro que, após serem corrigidas pelo conhecimento da palavra de Deus, tendo consciência de que estão cometendo um pecado e não produzindo em seguida o arrependimento genuíno deste, vão colher a consequencia de suas semeaduras recebendo o devido juízo por não serem mansas.

A homossexualidade, de acordo com a palavra de Deus, é parte das obras da carne, assim como a inveja e a mentira também são. Não obrigatoriamente ela deverá se manifestar em todas as pessoas. E não obrigatoriamente ela pode se manifestar só na fase adulta.

Existem crianças que manifestam homoafetividade sem terem sido influenciadas por quaisquer pessoas, ou terem passado por quaisquer situações que as tenham levado a serem assim. E como qualquer outra obra da carne, ela pode ser rejeitada e dominada. Para tanto, é necessário ter acesso ao conhecimento verdadeiro da palavra de Deus.

Enquanto somos crianças, cabe aos nossos pais nos ensinarem a justiça de Deus (sempre de acordo com as escrituras, à Luz do conhecimento de Cristo) e nos corrigirem quando manifestarmos as obras da carne.

Com relação à homossexualidade, ao manifestarem tal pecado, as crianças devem ser corrigidas e ensinadas de acordo com o amor de Deus exposto em Sua palavra, que é misericordioso, bondoso e paciente, e não com violência, discriminação e maus tratos. E isso vale para a correção de qualquer outro pecado que elas cometam. Deus é severo, firme no cumprimento de Suas leis, justo, mas, não é violento e discriminador. Ele nos dá sabedoria para agirmos em cada situação.

Se uma pessoa que aceitou a Jesus como seu Senhor e suficiente salvador era homossexual antes, e após o convívio na igreja continua sem conseguir dominar sobre esta obra da carne, não deve ser afastada do convívio normal com os irmãos; porém, não deverá exercer cargos de liderança ou estar em serviços onde o sujeito é tomado como referencial de vida cristã, ainda que tenha muito conhecimento da palavra. Essa conduta vale para quaisquer outros pecados que não estejam sendo dominados.

Especialmente, as pessoas que são chamadas para exercer as cinco chamadas ministeriais (apóstolo,evangelista, profeta, pastor e mestre) e diáconos, devem ter uma vida "irrepreensível", conforme as especificações contidas em 1Timóteo, capítulo 3. A recomendação dada em 1Timóteo 5:20 é que, se tais pessoas forem pegas se deixando levar pela carne e sem exercerem o domínio próprio, devido à responsabilidade que assumiram diante de Deus e da igreja, devem ser repreendidas publicamente.

Missionária Oriana Costa