By Pastors Wendell and Oriana Costa

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Tirando dúvidas: O que é "herdar o Reino de Deus"?

Para entendermos bem sobre isso, antes precisamos compreender que Deus nunca teve nada a ver com religiosidade, mas sim é um "governo" bem real, e que está em pleno exercício desde sempre. 

O governo de Deus é uma monarquia do tipo absoluta, que provém da dimensão ETERNA ou espiritual; isso quer dizer que Ele detém todo o poder e autoridade em si mesmo, e reina infinitamente na dimensão ou realidade eterna e também na física, que é uma criação d'Ele. Deus não precisa de sucessores por não envelhecer e não morrer, por nunca perder sua força e nunca deixar de existir.

Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração a geração. (Lamentações 5:19)

Jesus Cristo é Deus Filho, e Ele é Rei sobre tudo e todos a partir da eternidade. No reinado de Jesus Cristo não existe e nunca será necessária a democracia, porque o Seu povo já governa junto com Ele, e Ele é quem lhes dá vida. Deus sempre ouve a todos em Seu Reino, e os satisfaz plenamente. 

O reinado de Jesus está acima de todos os governos que existem na terra, de tal maneira que, quer as pessoas aceitem isso, quer não, Cristo continuará reinando sobre tudo e todos; e ele vem julgando as nações conforme as leis perfeitas que instituiu antes de sermos criados por Ele.

O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino. (Salmos 45:6) 

Disse Jesus: O meu Reino não é deste mundo. (João 18:36)

Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mateus 16:16)

Exultem e cantem de alegria as nações, pois governas os povos com justiça e guias as nações na terra. (Salmos 67:4)

Deus Pai foi a pessoa que criou todas as coisas, que instituiu todas as leis que regem a eternidade, e que de lá também regem todo o universo material onde vivemos. Ele não governa somente na eternidade, ou somente o seu povo no mundo físico, mas todos os habitantes da terra (tanto os que creem, quanto os que não creem n'Ele). 

Suas leis jamais mudam e jamais deixam de serem cumpridas à risca, porque Ele nunca vai deixar seu trono e, diferente dos outros governos, sabe precisamente tudo o que acontece nos céus e na terra, e julga a todos sem erro, por mais que muitos pensem o contrário sobre isso.

Justo és, Senhor, e retas são as tuas ordenanças. Ordenaste os teus testemunhos com justiça; dignos são de inteira confiança! (Salmos 119:137,138)

Deus reina sobre os gentios; Deus se assenta sobre o trono da sua santidade. (Salmos 47:8)

Todos os seres humanos foram criados por Deus Pai dentro do Reino de Seu Filho, e, no início, antes do pecado, também éramos considerados seus filhos e tínhamos direito a governar eternamente com Jesus; isso quer dizer que nós tínhamos direito a herdar o trono e reinarmos concomitantemente com o Senhor. 

Após a desobediência de Adão, este e toda a sua descendência (toda a humanidade) não tinham mais como continuar dentro do Reino, pois, ao adquirirem o "conhecimento do bem e do mal" não conseguiam parar de ofender à Trindade, agindo sempre contra as leis que Ele já havia instituído eternamente e não mudam jamais.

O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo. E o Senhor Deus ordenou ao homem: Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá. (Gênesis 2:15-17)

O conhecimento do bem e do mal é um poder maligno que atualmente se encontra dentro da alma de todos os seres humanos desde o nascimento, e que não pode ser retirado de lá senão por Deus. Quando cremos em Jesus e decidimos obedecê-lo, nosso espírito é liberto da influência deste poder, mas nossa alma e nossa carne não; elas ficam aguardando até o Dia do Senhor, onde serão livres de sua ação. 

Para entrarmos no Reino de Deus definitivamente nós precisamos ser purificados ou limpos desse poder, pois ele nos influencia a agir segundo nossos desejos e sentimentos, colocando-nos contra a justiça de Deus todo o tempo. É por causa dele que, ainda que aceitemos a Jesus como nosso Senhor e Salvador, podemos cometer pecados (claro que, não mais intensionalmente, como fazemos estando sem o conhecimento da justiça de Deus). Por isso os Apóstolos Paulo e João falaram:

Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. (Romanos 7:21-23)

Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (1 João 1:8-10) - Lembrando que todas as epístolas do Novo Testamento foram escritas para cristãos, para a igreja de Deus, e não para ímpios.

Por enquanto, só há uma maneira de bloquearmos a ação do conhecimento do bem e do mal na nossa alma, que é perseverar em viver segundo a justiça de Deus; por isso, é tão importante ler e meditar nas escrituras, se cremos realmente na "sua promessa" (falaremos sobre ela mais adiante).      

Agora vamos começar a entender porque Deus colocou todos os transgressores para fora dos domínios da sua cidade e cerrou as portas por um tempo, para que não visualizassem mais a realidade eterna. Esta atitude de Deus para conosco é parte de Seu plano para perdoar nossas ofensas a Ele e justificar a todos os que querem entrar de volta em Seu Reino; se continuássemos visualizando a realidade eterna já não restaria justificativa para a nossa transgressão, visto que conheceríamos todas as coisas como Deus conhece.

Então disse o Senhor Deus: Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Não se deve, pois, permitir que ele também tome do fruto da árvore da vida e o coma, e viva para sempre. Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o solo do qual fora tirado. Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida. (Gênesis 3:22-24) - Ao deixar entrar dentro do coração o poder do conhecimento do bem e do mal, o homem passou a ser como Satanás, que deixou este conhecimento entrar em si e foi automaticamente condenado por Deus à morte eterna (por isso Deus disse: "agora o homem se tornou como um de nós..." - pois Satanás é espírito, assim como Deus). Para Satanás não haverá salvação, pois ele vê a realidade espiritual e conhece bem a justiça de Deus antes de intentar fazer qualquer coisa. 

Eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado. (João 16:7-11)

Quando Deus colocou Adão e sua esposa para fora do jardim do Édem, que é uma simbologia do Seu Reino, eles deixaram de ser seus filhos e passaram a ser conhecidos como "pecadores", perdendo automaticamente o direito à herança do governo do Reino Eterno junto a Ele. Por conseguinte, todos os seus descendentes perderam também este direito, e também foram condenados pela justiça do Reino à morte eterna, ainda que ignorando este acontecimento: este julgamento aconteceu e ainda está valendo porque a presença do conhecimento do bem e do mal se continua dentro de todos os homens, sendo passada geração após geração, e não há como retirá-la senão através do poder de Deus. 

Por isso, está escrito na Bíblia que "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23), e também está escrito que, quando somos iluminados por Deus para ver a realidade eterna e deliberadamente escolhemos nos afastar dele, ou negá-lo, não haverá mais oportunidade de arrependimento:

Ora para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, e caíram, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública. (Hebreus 6:4-6) 

Porém, condenar os seres humanos que Ele criou a Sua imagem e semelhança à morte não agrada a Deus!

Se um ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu e obedecer a todos os meus decretos e fizer o que é justo e direito, com certeza viverá; não morrerá. Não se terá lembrança de nenhuma das ofensas que cometeu. Devido às coisas justas que tiver feito, ele viverá. Teria eu algum prazer na morte do ímpio?, palavra do Soberano Senhor. Pelo contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver? (Ezequiel 18:21-23)

Para confirmar que Deus estava interessado em perdoar e justificar os que se arrependessem da ofensa que estavam fazendo a Ele, e também recebê-los de volta em seu Reino, além de esconder a realidade eterna do restante da humanidade, o Criador não destruiu a terra e deixou nela Noé e sua família (estes acharam graça aos olhos do Rei porque estavam arrependidos da maldade que carregavam dentro de si e se interessavam em agradar a Deus, ainda que na situação de pecadores).

O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, os homens e também os animais grandes, os animais pequenos e as aves do céu. Arrependo-me de havê-los feito. A Noé, porém, o Senhor mostrou benevolência. (Gênesis 6:5-8)

Algumas gerações mais à frente, Deus confirmou seu desejo fazendo um acordo (ou uma aliança) com Abrão (um homem caldeu que passou a se chamar Abraão, e também achou graça aos olhos do Rei por buscar agradá-lo), dizendo a ele que todos os seus descendentes seriam perdoados e justificados diante d'Ele, e teriam direito à herdar sua parte no trono eternamente. Aos descendentes de Abraão, Deus chamou "Seu povo"; isso se consolidou a partir da terceira geração, quando os filhos de Jacó (neto de Abraão) constituíram as famosas 12 tribos de Israel, cujos nomes se encontram descritos no livro de Gênesis capítulo 49.

Quando Abrão estava com noventa e nove anos de idade o Senhor lhe apareceu e disse: Eu sou o Deus Todo-poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro. Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e multiplicarei muitíssimo a sua descendência. Abrão prostrou-se, rosto em terra, e Deus lhe disse: De minha parte, esta é a minha aliança com você. Você será o pai de muitas nações. Não será mais chamado Abrão; seu nome será Abraão, porque eu o constituí pai de muitas nações. Eu o tornarei extremamente prolífero; de você farei nações e de você procederão reis. Estabelecerei a minha aliança como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes. (Gênesis 17:1-7)

Porém, depois de algum tempo, vendo Deus que o mal crescia rapidamente no meio deles, os prendeu no Egito e deixou-os lá por 400 anos. Mas, este castigo foi temporário, somente para que eles se arrependessem de suas maldades; então, Deus falou com Moisés e tirou-os do Egito, e colocou aquele hebreu que fora criado pela filha de Faraó como governo sobre Seu povo. 

Deus entregou aos israelitas, através de Moisés, 623 leis para que não se deixassem levar o tempo todo pela influência do poder maligno (conhecimento do bem e do mal) que havia em seus corações (veja a partir de Êxodo capítulo 20), e conduziu-os pelo deserto ao local prometido a Abraão, a terra de Canaã, que seria mais tarde a nação de Israel. Este lugar ficou conhecido como a "terra prometida", ou a "terra que mana leite e mel", e hoje é chamado de "terra santa". 

Toda a terra de Canaã, onde agora você é estrangeiro, darei como propriedade perpétua a você e a seus descendentes; e serei o Deus deles. De sua parte, disse Deus a Abraão, guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes. (Gênesis 17:8-9)

Então, percebe-se que a existência da nação de Israel é tão somente uma confirmação de que Deus deseja perdoar e justificar a humanidade de sua ofensa a Ele para que esta não seja condenada eternamente. A entrega definitiva da "terra de canaã" (Jerusalém e territórios circunvizinhos) aos israelitas em 1948 (quando foi reconhecida pelas nações unidas como território oficial do Estado de Israel) é um sinal de Deus para que todos os homens creiam que a Palavra d'Ele é verdadeira, e que Jesus Cristo é Deus, é Rei eterno, se fez um ser humano para morrer (não só fisicamente, mas eternamente) em nosso lugar, e que em seguida foi ressuscitado pelo Pai, está vivo, e continua julgando todas as coisas; e julgará definitivamente no Dia marcado por Deus Pai.

Foi esta a promessa que Deus fez a Abraão (conforme vimos há pouco em Gênesis 17:6,7), e que foi estendida a todo aquele que crer no sacrifício do Filho do Deus vivo e procura andar em Sua justiça:

Os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre. (Daniel 7:18)

O Apóstolo Paulo explica aos cristãos de Roma e da Galácia quem é a real descendência de Abraão segundo a promessa feita a ele por Deus:

Não pensemos que a palavra de Deus falhou. Pois nem todos os descendentes de Israel são Israel. Nem por serem descendentes de Abraão passaram todos a ser filhos de Abraão. Pelo contrário: "Por meio de Isaque a sua descendência será considerada". Noutras palavras, não são os filhos naturais que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de Abraão. (Romanos 9:6-8)

Sabei, pois, que os que são da fé (em Cristo) são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gálatas 3:7-9) 

As escrituras nos dizem que Deus cegou espiritualmente os israelitas (ou judeus) para que não entendessem a mensagem dos profetas antigos sobre a vinda do messias, como um castigo por causa de sua desobediência constante aos mandamentos da Lei mosaica, e assim não reconhecessem o Senhor quando ele viesse a nós como homem; foi por este motivo que os próprios judeus entregaram o seu Rei para morrer na cruz (pois se eles o tivessem reconhecido não o teriam sacrificado), a fim de que se cumprisse o ritual de justificação de pecados prescrito na Lei. 

Para que os israelistas fossem justificados fisicamente (e não espiritualmente!) das suas transgressões ou pecados cometidos e Deus desviasse sua ira (ou seu julgamento) deles, era preciso que se cumprisse certos rituais, que podemos conferir no Livro de Levítico. Um desses rituais era cumprido anualmente, para que Deus perdoasse os pecados do povo (Levítico 16); o sacrifício de Cristo (o único ser humano sem pecados na terra) na Cruz foi em substituição a estes rituais, de forma que Ele se entregou para morrer a fim de que Deus pedoasse os pecados não só dos israelitas, agora "espiritualmente", mas os de toda a humanidade, justificando-os diante de Deus para que sejam dignos de entrar no Éden ou no Reino de Deus novamente.  

Principalmente no Antigo Testamento, observamos em vários trechos os profetas falando sobre o castigo dado por Deus aos israelitas, impedindo-os de entender a realidade espiritual. Para confirmar, vejamos dois trechos do Antigo e dois do Novo Testamento, respectivamente:

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós?" E eu respondi: "Eis-me aqui. Envia-me!" Ele disse: "Vá, e diga a este povo: "Estejam sempre ouvindo, mas nunca entendam; estejam sempre vendo, e jamais percebam. Torne insensível o coração desse povo; torne surdos os ouvidos dele e feche os seus olhos. Que eles não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, e não entendam com o coração, para que não se convertam e sejam curados". Então eu perguntei: "Até quando, Senhor?" E ele respondeu: "Até que as cidades estejam em ruínas e sem habitantes, até que as casas fiquem abandonadas e os campos estejam totalmente devastados, até que o Senhor tenha enviado todos para longe e a terra esteja totalmente desolada. (Isaías 6:8-12)

O Senhor chamará você de volta como se você fosse uma mulher abandonada e aflita de espírito, uma mulher que se casou nova, apenas para ser rejeitada", diz o seu Deus. "Por um breve instante eu a abandonei, mas com profunda compaixão eu a trarei de volta. Num impulso de indignação escondi de você por um instante o meu rosto, mas com bondade eterna terei compaixão de você", diz o Senhor, o seu Redentor. "Para mim isso é como os dias de Noé, quando jurei que as águas de Noé nunca mais tornariam a cobrir a terra. De modo que agora jurei não ficar irado contra você, nem tornar a repreendê-la. Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem a minha aliança de paz será removida", diz o Senhor, que tem compaixão de você. (Isaías 54:6-10, NVI)


Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: Por que falas ao povo por parábolas? Ele respondeu: A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’. Neles se cumpre a profecia de Isaías: ‘Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’. Mas, felizes são os olhos de vocês, porque vêem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem. Pois eu lhes digo a verdade: Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram, e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram. (Mateus 13:10-17)


Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: "Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade. E esta é a minha aliança com eles quando eu remover os seus pecados". Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas quanto à eleição, são amados por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês. Pois Deus colocou todos sob a desobediência, para exercer misericórdia para com todos. (Romanos 11:25-32)

Jesus deixou claro que os israelitas também perderam, por sua desobediência, o direito de anunciar o evangelho ao mundo; este direito foi passado somente a alguns dentre eles (os primeiros discípulos de Jesus eram judeus, dos quais 12 foram escolhidos diretamente por Jesus, e ficaram conhecidos como "apóstolos"), e em seguida, aos gentios que cressem nele. 

Jesus lhes disse: Vocês nunca leram nas Escrituras? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós’. Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino. Aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó. Quando os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas de Jesus, compreenderam que ele falava a respeito deles. E procuravam um meio de prendê-lo; mas tinham medo das multidões, pois elas o consideravam profeta. (Mateus 21:42-46)

Podemos observar que as escrituras nos dizem, também, que os israelitas continuarão cegos até que o tempo da anunciação da mensagem do Reino a todos os que não são judeus (os gentios) tenha se cumprido (este tempo está cada vez mais próximo!). Quando isso acontecer, os israelitas terão os olhos abertos pelo próprio Deus e crerão na mensagem do evangelho, e então a realidade espiritual será exposta novamente às nações (os céus se abrirão em definitivo), e todas verão que Jesus, o Deus Filho, está reinando e governando desde sempre.

Os israelitas serão abandonados até que dê à luz a que está em trabalho de parto. Então o restante dos irmãos do governante voltarão para unir-se aos israelitas. (Miquéias 5:3, NVI)

Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! (Apocalipse 1:7)

Naquele Dia, os que tiverem perseverado em acreditar em Cristo, aceitando-o como seu Rei (Senhor) e Redentor eterno (justificador ou salvador), crendo na mensagem de salvação eterna que está sendo divulgada entre nós há cerca de 2000 anos, e procurando obedecer as leis do Reino ainda na terra (mesmo sem vê-lo), serão livres da ação do conhecimento do bem e do mal fisicamente (ou seja, serão ressuscitados e purificados ou tranformados), entrarão no Reino de Deus definitivamente (corpo e espírito - pois, no momento, estão lá somente em espírito, pela fé na mensagem da salvação) e herdarão sua parte no trono eterno para reinarem junto ao Rei Jesus, assim como Deus promete em Sua Palavra.

Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível. Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: A morte foi destruída pela vitória. (1 Coríntios 15:50-54)

Aquele que estava assentado no trono disse: Estou fazendo novas todas as coisas! E acrescentou: Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança. Disse-me ainda: Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho. (Apocalipse 21:5-7)

Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão. Eles verão a sua face, e o seu nome estará em suas testas. Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre. O anjo me disse: Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. (Apocalipse 22:3-7)

E eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim, para que vocês possam comer e beber à minha mesa no meu Reino e sentar-se em tronos, julgando as doze tribos de Israel. (Lucas 22:29-30)

Ao crerem na mensagem do evangelho e perseverarem em andar na justiça do Reino de Deus ensinada por Cristo até o fim da vida na terra ou até que Jesus venha, automaticamente os não judeus passam a ser participantes da promessa de herdar o trono tanto quanto os israelitas. Observe a explicação do Apóstolo Paulo aos cristãos efésios:

Ao lerem isso vocês poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo. Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, a saber, que mediante o evangelho os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus. (Efésios 3:4-6)

Leia a Bíblia, ela é a verdade!


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Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3:21) 



Pastora Oriana Barros.


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