By Pastors Wendell and Oriana Costa

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Os sinais que Deus nos dá de Seu perdão eterno, e os sinais que damos por sermos perdoados por Deus.

Muitas pessoas se aflingem pensando que não estão dando frutos para Deus, ou que não estão fazendo nada para o Senhor, quando percebem que "não estão conseguindo conquistar almas para o Reino de Deus", ou que "não estão sendo usadas no mover sobrenatural de Deus".

Mas atenção (!): não podemos avaliar se estamos dando frutos para Deus pelas pessoas que "se convertem" através do nosso trabalho, ou pelo número de vezes que acontecem sinais e prodígios por nossas vidas. 

Na verdade, a parte dos cristãos na terra primeiramente é anunciar a mensagem de reconciliação com Deus, que em seguida é confirmada pelos sinais advindos da atuação do Espírito, e, em segundo lugar, dar testemunho de Cristo, que se confirma pelo esforço em viverem segundo Sua justiça; e a parte de Deus é convencer as pessoas do pecado, da justiça e do juízo pelo agir do Seu Espírito. Podemos verificar isso nas seguintes passagens bíblicas:

Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28:19-20)

E disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados. (Marcos 16:15-18) - Esta foi a ordem que Jesus deu aos que creram, e os sinais sobrenaturais acontecem como confirmação de que a mensagem não é deste mundo, mas eterna, e é verdadeira. 

Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. (Filipenses 1:9-11) - Os frutos de justiça são os que damos por esforço em obedecer aos mandamentos de Cristo. Estes, nós é que temos a responsabilidade de dar, e não Deus, pois é por meio deles que vamos demonstrar aos que estão ao nosso redor que o nosso Senhor é realmente Cristo.

Eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado. (João 16:7-11) - Aqui Jesus deixa claro que as pessoas só se converterão dos seus maus caminhos pela intervenção do Espírito. Então, mais uma vez, atenção (!): um ser humano não tem capacidade de convencer outro ser humano do pecado, pois este trabalho pertence única e exclusivamente ao Espírito de Deus!

Um cristão que verdadeiramente obedece a Deus dá frutos para o Reino, ainda que não perceba nada de extraordinário acontecendo enquanto vive neste mundo. Muitos só vão perceber o impacto positivo que causaram durante o decorrer de suas vidas quando já estiverem na eternidade, no Dia do Juízo.

Portanto, não devemos nos aflingir se não estivermos conseguindo ver pessoas se converterem através de nossas vidas, ou não virmos pessoas recebendo ou testemunhando milagres através dos nossos trabalhos em prol da divulgação do evangelho. 

Somente Deus é quem sabe os que são ou não d'Ele, e ao apregoarmos a salvação Ele sinalizará do seu modo aos seus escolhidos que a mensagem é de autoria d'Ele, ainda que nós mesmos não consigamos enxergar isso acontecendo. Nós só saberemos, de fato, quem realmente se salvará da condenação eterna no Dia do Senhor quando Deus reunir todas as nações para julgá-las definitivamente.

Algumas das pessoas (não todas!) que vemos hoje se dizendo evangélicas ou cristãs, usando canais de TV e/ou promovendo grandes eventos nos quais o Nome de Jesus é citado, estão agindo religiosamente, conforme doutrinas humanas, e não estão se esforçando realmente para apregoar a mensagem de reconciliação com Deus, tampouco se esforçando para obedecer a Cristo. 

Elas não estão dando os verdadeiros frutos que Deus espera dos que são realmente seus. Quanto a isso, Jesus nos alerta:

Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram. Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!’ (Mateus 7:13-23)

Dar frutos de justiça, segundo a Palavra, é renunciar ao ego ou renunciar ao que nossa alma deseja para obedecer ao que Cristo nos ensina. Somente desta maneira é que damos testemunho verdadeiro d'Ele. Falsos cristãos ou falsos profetas não estão dispostos a isso. Geralmente eles se aproveitam da ignorância das pessoas em relação ao que as escrituras atestam sobre Deus e sobre Cristo para se promoverem ou mostrarem aparente sapiência ao falar deles. 

Estes indivíduos pensam que as bençãos materiais adquiridas por declaramos nossa fé em Deus, ou os sinais, prodígios e maravilhas sobrenaturais dos quais nos fala o Senhor em Sua Palavra são os frutos que eles realmente devem dar, e se apoiam nestes acontecimentos para atraírem as pessoas para si, desviando a glória ou o reconhecimento que é devido a Deus para si mesmos.

No entanto, quem permite a ocorrência das bençãos e destes sinais prodigiosos é o próprio Deus; seres humanos não tem capacidade de efetuar qualquer sinal sobrenatural, espiritual ou eterno sem que o Senhor intervenha em tal acontecimento. 

O Senhor coopera com a anunciação da mensagem do evangelho efetuando especialmente os sinais registrados nas escrituras, numa confirmação de que a mensagem da salvação é eterna e verdadeira, digna de confiança e aceitação. No entanto, conversões a Cristo não dependem necessariamente do mover sobrenatural acontecer no momento do anúncio do evangelho: Deus é quem está controlando isso. Vejamos dois trechos bíblicos que nos confirmam esses fatos:

Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados. Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam. (Marcos 16:17-20)

Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga judaica. Segundo o seu costume, Paulo foi à sinagoga e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras, explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: Este Jesus que lhes proclamo é o Cristo. Alguns dos judeus foram persuadidos e se uniram a Paulo e Silas, bem como muitos gregos tementes a Deus, e não poucas mulheres de alta posição. (Atos 17:1-4)

Os discípulos não estavam agindo no sobrenatural deles mesmos, ou porque fossem merecedores de receber aqueles dons, mas com o consentimento e ajuda do Deus Criador; Ele concede bençãos e milagres através dos seus mensageiros porque deseja que as pessoas creiam na mensagem do evangelho, e se convertam dos seus maus caminhos para serem absolvidas no juízo eterno:

Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara. Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, que o traiu. Jesus enviou estes doze com as seguintes instruções: Não se dirijam aos gentios, nem entrem em cidade alguma dos samaritanos. Antes, dirijam-se às ovelhas perdidas de Israel. Por onde forem, preguem esta mensagem: ‘O Reino dos céus está próximo’. Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça. ((Mateus 9:35-38; 10:1-8)

No trecho bíblico acima vemos Jesus dar a mesma autoridade para curar e expulsar demônios que deu aos demais discípulos também a Judas Iscariotes, que encenava sua fé em Jesus, e intesionava somente lucrar às custas d'Ele. Desta forma, o fato de vermos muitas pessoas "se convertendo" através da vida de alguém não quer dizer necessariamente que aquela pessoa está mesmo andando conforme a vontade de Deus. 

O que confirma se alguem está obedecendo mesmo a Deus e honrando Sua soberana e majestosa pessoa é o quanto ele ou ela se esforça para divulgar a mensagem da salvação aos que estão ao seu redor, e o quanto se esforça para renunciar a maldade que há si mesmo (a) para obedecer ao que Cristo ensina e ordena por Sua Palavra. Estas são os principais rastros que um cristão verdadeiro deixa por onde passa.

Deus não concede bençãos porque somos merecedores delas, mas para confirmar que Ele quer nos salvar eternamente. Se um milagre acontecer depois que alguém clamar a Ele, devemos estar conscientes de que Ele está concedendo isso não porque clamamos muito, ou porque Ele teve pena da nossa situação, ou porque somos muito bonzinhos, mas para unicamente confirmar a mensagem de salvação eterna que está sendo divulgada no mundo há cerca de dois mil anos. 

Deus deseja se reconciliar conosco e sinaliza isso nos concedendo muitas bençãos e milagres por sua abundante graça. E o caminho da reconciliação com Deus é crer e seguir a Jesus. As bençãos materiais e os variados milagres que Deus nos concede são temporários, porque nossa condição material é temporária, porém, a graça da salvação é para sempre. 

Sendo salvos da condenação no Juízo eterno e participantes do Reino, não precisaremos mais ser curados, porque no Reino de Deus ninguém adoece; lá não vamos precisar ser confortados ou consolados, porque no Reino de Deus não há perda, aflição, tristeza ou sofrimentos de quaisquer natureza; lá não vamos precisar de livramento, porque no Reino de Deus nenhum mal nos sucederá. Esta é a herança da vida eterna que aguarda aqueles que obedecem a Deus e perseveram na verdadeira fé até o fim de seus dias na terra.  

Pastora Oriana Costa



  

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