By Pastors Wendell and Oriana Costa

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A estrada da vida não termina no cemitério!

A vida passa. O tempo vai passando como se fosse devagar, porém com uma rapidez traiçoeira. Nós acordamos pela manhã, e o dia acontece ao nosso redor; depois de muitos pensamentos, desejos, metas, satisfações, medos, incertezas, decepções, diversões e obrigações, nos recolhemos para dormir. 
E as coisas vão acontecendo, até que um dia não acordamos mais, ou melhor, acordamos num lugar bem diferente do nosso quarto ou da nossa cama, onde não precisaremos mais dormir. E homem nenhum há tão poderoso na terra que possa impedir isso de acontecer.
A estrada da vida neste mundo não é tão longa quanto dizem os poetas; de fato, ela é curta, se comparada à eternidade que nos aguarda. Ela é cheia de vaidades, ilusões e engodos que prendem as pessoas em alegrias e satisfações vãs, para que não vejam ou se esqueçam onde ela vai findar.
O fim da nossa estrada não é o cemitério, segundo as aparências parecem mostrar: é preciso ter cuidado, pois as aparências deste mundo enganam! 
O destino de todos é estar na presença do Criador, diante do Seu Trono, cercado por uma multidão de testemunhas. E Ele julgará definitivamente a cada um conforme seu procedimento. Se o seu procedimento foi baseado naquilo que você mesmo(a) acha certo, e não segundo o que DEUS diz ser o certo, você está se fazendo inimigo(a) d'Ele.
Se você não deseja ser inimigo(a) do Seu Criador, vá buscá-lo enquanto há oportunidade de achá-lo receptivo, e se reconcilie com Ele. E não há outra maneira de nos reconciliarmos com Deus se não for por Ele mesmo, na pessoa de Seu Filho. Jesus foi enviado até nós para que esta reconciliação fosse possível: então, não perca mais tempo, fale com Ele, entregue-se a Ele e descubra-se em Sua presença; reconheça todo o mal que está em seu coração e arrependa-se verdadeiramente. 
Seguindo as instruções de Cristo (elas estão na Bíblia!), você não se deixará levar pelas aparências do mundo, e chegará diante de Deus como amigo(a) d'Ele, justificado(a) do mal, e livre de qualquer culpa.



Pastora Oriana Costa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Você está seguindo o ide do Senhor? Ajuda nos trabalhos eclesiásticos? Há informações importantes para você em Marcos capítulo 6!

Aqui se segue uma análise do evangelho de Marcos, no capítulo 6, do qual retiramos algumas informações importantíssimas para quem está cumprindo o ide do Senhor, assumindo uma ou mais das cinco chamadas ministeriais que vemos listadas em Efésios capítulo 4:

E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. (Efésios 4:11-13)

É necessário entendermos a perfeita vontade de Deus com relação ao nosso procedimento com aqueles que estão ao nosso redor, dentro e fora da igreja, para que possamos dar a todos um testemunho positivo de Sua justiça.

No capítulo 6 do livro de Marcos, percebemos algumas posturas do Senhor que muito vão nos ajudar a entender sua vontade. A primeira delas, já partindo dos primeiros versículos, é que não devemos nos perturbar por não sermos levados em consideração no lugar em que Deus está nos usando, pois, Ele é quem é o responsável pela sua obra.

Não devemos deixar de anunciar a mensagem de salvação em determinado lugar, caso as pessoas façam pouco caso de nós ou do evangelho da salvação que anunciamos, pois, quem vai sair perdendo são elas. Deus libera bençãos para confirmar Sua Palavra; se não acreditamos em Sua Palavra, logo, deixaremos de ser abençoados.

Então, iniciando a análise de Marcos 6, sabemos que, o que houve com a maioria dos habitantes de Nazaré, cidade natal de Jesus, foi que eles se deixaram levar pela aparência humana do Rei; eles escolheram desconsiderar o fato de Jesus ter uma sabedoria surpreendente, que nenhum homem conhecido entre eles possuia, e também fazer milagres extraordinários, simplesmente por ele estar num corpo humano, e fazer parte de uma família comum, com pai, mãe, irmãos e irmãs.

Eles simplesmente "acharam" (sem atentar para o que diz as escrituras sobre como viria para eles o Cristo!) que Deus não poderia se fazer como um ser humano entre eles, e por isso muitos não conseguiram enxergar que aquele era o criador de todas as coisas em pessoa; logo, Deus deixou de favorecer a muitos ali, pois outros milagres só teriam ocorrido se aquelas pessoas tivessem tido fé em Deus pelo que ensinava e fazia o Senhor Jesus entre eles.

O Senhor não perdeu absolutamente nada ao ser ignorado pelos seus "conterrâneos", tampouco seus discípulos ou os apóstolos perderam qualquer coisa, muito pelo contrário; estes continuaram sendo usados por Deus e sendo favorecidos por Ele à medida que o obedeciam.

Jesus seguiu para os povoados vizinhos a Nazaré, depois de passar lá o tempo determinado pelo Pai (Ele não saiu de lá por ter sido rejeitado!), contudo, os poucos indivíduos que acreditaram nele e permaneceram lá, serviram de testemunhas daquilo que fez o Senhor em suas vidas; certamente eles deram continuidade ao trabalho que o Senhor estava fazendo, que era o de anunciar o Reino de Deus e Sua justiça naquele lugar.

Vejamos o referido trecho:

Jesus saiu dali e foi para a sua cidade, acompanhado dos seus discípulos. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados. De onde lhe vêm estas coisas?, perguntavam: Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes milagres que ele faz? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E ficavam escandalizados por causa dele. Jesus lhes disse: Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra. E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los. E ficou admirado com a incredulidade deles. Então Jesus passou a percorrer os povoados, ensinando.(Marcos 6:1-6)

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Chamando os Doze para junto de si, enviou-os de dois em dois e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Estas foram as suas instruções: Não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão. Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro em seus cintos; calcem sandálias, mas não levem túnica extra; sempre que entrarem numa casa, fiquem ali até partirem; e, se algum povoado não os receber nem os ouvir, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem de lá, como testemunho contra eles. Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios, ungiam muitos doentes com óleo e os curavam. O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo: João Batista ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando nele poderes miraculosos. Outros diziam: Ele é Elias. E ainda outros afirmavam: Ele é um profeta, como um dos antigos profetas. Mas quando Herodes ouviu essas coisas, disse: João, o homem a quem decapitei, ressuscitou dos mortos! (Marcos 6:7-16)

Observação: Para ajudar a reforçar o entendimento do trecho bíblico acima podemos ver também relatos semelhantes nas seguintes referências: Mateus 10:1-16, Lucas 10:3-12 e Atos 13:42-52.

Por não entenderem o que as escrituras diziam sobre o Cristo, muitos israelitas confundiram o Seu Rei, Jesus, com outras pessoas; eles acharam que "aquele homem" seria o profeta Elias (que há muito tempo fora arrebatado) se manifestando entre eles, ou que Ele era a versão ressurreta de João Batista, que estava operando sinais miraculosos por ter ressucitado (o próprio rei Herodes achava que Jesus era João Batista ressuscitado - Marcos 6:16-29)

Outros achavam que Jesus era mais um profeta que Deus estava enviando para falar ao seu povo, como enviou na antiguidade. A maioria dos judeus não conseguia enxergar que Jesus era o próprio Deus em pessoa ali com eles, apesar dos sinais diferenciados (sobrenaturais!) que Ele, em pessoa e também através dos apóstolos que Ele enviou, dava disso.

Nas demais nações da terra, ocorre algo semelhante. Ao lerem a Bíblia, muitas pessoas acham que Jesus é um alienígena, ou que é a incorporação de algum deus grego ou indu. Até mesmo os apóstolos, já naquela época, depois que Cristo ascendeu aos céus e eles estavam anunciando as boas novas em Roma, por exemplo, foram confundidos com deuses por causa dos sinais miraculosos que aconteciam. 

Sabemos que, na verdade, é Deus quem operava prodígios por eles para testificar a mensagem de salvação que apregoavam, e isso ainda está acontecendo em nossos dias: Deus tem operado milagres e prodígios através das vidas de muitos homens e mulheres que se dispõem a anunciar as boas novas do Reino, para que as pessoas creiam nesta mensagem e também louvem a Deus pela salvação que conseguiram, mediante esta surpreendente e maravilhosa graça disponível eternamente. Vejamos a referida passagem, onde Paulo e Barnabé foram confundidos com deuses gregos após terem sido usados por Deus na operação de milagres (o povo queria adora-los):

Em Listra havia um homem paralítico dos pés, aleijado desde o nascimento, que vivia ali sentado e nunca tinha andado. Ele ouvira Paulo falar. Quando Paulo olhou diretamente para ele e viu que o homem tinha fé para ser curado, disse em alta voz: Levante-se! Fique de pé! Com isso, o homem deu um salto e começou a andar. Ao ver o que Paulo fizera, a multidão começou a gritar em língua licaônica: Os deuses desceram até nós em forma humana! A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque era ele quem trazia a palavra. O sacerdote de Zeus, cujo templo ficava diante da cidade, trouxe bois e coroas de flores à porta da cidade, porque ele e a multidão queriam oferecer-lhes sacrifícios. (Atos 14:8-13)

É importante que, cristãos que estão sendo usados em sinais e prodígios, deixem claro que não são eles que estão operando tais maravilhas de si mesmos, mas tudo está sendo feito por Deus, e em Nome de Jesus, que autoriza a sua igreja a ir e anunciar as boas novas de salvação a todos, e sinaliza a veracidade da mensagem com eventos sobrenaturais. 

Se isso não for continuamente lembrado em público, as pessoas deixarão de crer no evangelho e de darem louvor e ações de graças a Deus, e passarão a entregar aos missionários, evangelistas, pregadores, pastores, etc., as honras que são devidas somente ao Criador de todas as coisas. 

Vejamos o que Paulo falou ao povo, após ele e Barnabé serem confundidos com os deuses da localidade:   

Ouvindo isso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as roupas e correram para o meio da multidão, gritando: Homens, por que vocês estão fazendo isso? Nós também somos humanos como vocês. Estamos trazendo boas novas para vocês, dizendo-lhes que se afastem dessas coisas vãs e se voltem para o Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há. No passado ele permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos. Contudo, não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e enchendo de alegria os seus corações. Apesar dessas palavras, eles tiveram dificuldade para impedir que a multidão lhes oferecesse sacrifícios. (Atos 14:14-18)     

Antes de enviar os apóstolos aos povoados para anunciarem as boas novas de salvação, Jesus os advertiu que poderiam não ser ouvidos pelos israelitas; se isso acontecesse, o Senhor orientou aos apóstolos que sacudissem a poeira dos pés ao saírem do lugar que assim procedesse com eles. Isso quer dizer que, se os apóstolos chegassem em alguma comunidade judaica e não fossem recebidos ou ouvidos, estavam autorizados por Deus a darem um sinal aquelas pessoas, de modo que elas entedessem que receberiam julgamento e seriam condenadas pelo Senhor por não terem dado ouvidos a sua mensagem.

Então, de acordo com o entendimento e cultura daquela época, "sacudir o pó dos pés" era um sinal somente para os judeus que não dessem crédito ao evangelho da salvação. Hoje, porém, não necessariamente precisaremos sacudir a poeira dos pés contra eles caso rejeitem o evangelho após lhes comunicarmos a mensagem de Deus (porque culturalmente não se cabe mais este procedimento), mas, podemos falar-lhes abertamente o que lhes sucederá por não considerarem a mensagem daquele que se sacrificou para salvá-los da condenação eterna.

Uma outra coisa interessante, é sobre a maneira como Jesus orientou os apóstolos sobre sua aparência para realizar a tarefa de anunciar a mensagem de salvação aos israelitas. Ele os instruiu a prosseguirem anunciando o Reino sem aparentarem serem abastados, e sem dependerem do auxílio de bens materiais para continuarem anunciando o evangelho (ainda que eles os tivessem), mas que proseguissem apenas com a roupa do corpo, procurando depender apenas do poder e do cuidado de Deus.

Por isso observamos o Senhor falando aos seus discípulos: "não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão (cajado). Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro em seus cintos; calcem sandálias, mas não levem túnica extra." E realmente, como veremos no trecho bíblico a seguir, eles voltaram para Jesus dando testemunho de que nada lhes faltou enquanto executavam aquela missão.

Então Jesus lhes perguntou: Quando eu os enviei sem bolsa, saco de viagem ou sandálias, faltou-lhes alguma coisa? Nada, responderam eles. (Lucas 22:35)

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Os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado. Havia muita gente indo e vindo, a ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco. Assim, eles se afastaram num barco para um lugar deserto. (Marcos 6:30-32)

Este trecho mostra como era grande o trabalho que, não somente Jesus, mas, seus apóstolos tinham; constantemente eles visitavam pessoas e também eram procurados pelos que criam em Deus e buscavam receber deles instruções sobre as escrituras, orações, e imposição de mãos para cura e para libertação de espíritos opressores. Dá para perceber que aqueleles homens provavelmente não paravam em suas casas, não deviam ter muito tempo para ver seus familiares e descansar, porque eram muito visados, assim como Jesus. 


A demanda atingiu um tal nível que, ao vê-los sem ter como se alimentarem, o Senhor levou-os a um lugar afastado, para que eles pudessem ao menos comer alguma coisa e descansar um pouco. Com estas informações, notamos que Deus não deseja obreiros sobrecarregados com os trabalhos da anunciação das boas novas do Reino. Não é da vontade de Deus que aqueles que se encarregam de trabalhar em Sua obra se encham de serviços, a tal ponto de não terem tempo nem para comer ou descansar. 

Os que seguem o ide do Senhor devem pedir sabedoria e providência a Deus para poderem descansar, se alimentarem adequadamente e, se tiverem família, passar tempo com ela. Um(a) obreiro(a) sobrecarregado(a) de serviços não dará o seu melhor para Deus porque adoecerá. 

E um(a) obreiro(a) casado(a) e com filhos não deve se ausentar de sua casa por muitos dias, pois a esposa (ou marido) e os filhos, principalmente se forem ainda crianças ou adolescentes, precisam de atenção e cuidado. Em um lar também existem obrigações e trabalhos a serem feitos; as responsabilidades não podem ficar somente nas costas de um dos cônjuges, enquanto o outro se ausenta constantemente de seus papéis em casa. 

A ausência contínua de um marido ou de esposa pode acabar em separação, por causa das muitas e fortes tentações que ambos sofrerão, principalmente na área sexual; e a ausencia de um pai ou de uma mãe pode resultar em filhos mal-educados, infelizes, confusos e libertinos, mesmo que esta ausência seja em prol da obra de Deus. Filhos precisam ser instruídos na Palavra, receberem carinho e serem corrigidos quando necessário, e isto requer tempo, paciência e dedicação. 

Não é à tôa que o apóstolo Paulo dá estas instruções aos cristãos coríntios, sobre como devem se comportar os casais cristãos:

Quanto aos assuntos sobre os quais vocês escreveram, é bom que o homem não toque em mulher, mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio. Digo isso como concessão, e não como mandamento. (1 Coríntios 7:1-6)

E também não é à tôa que ele instrui os cristãos efésios, através de uma carta que escreveu a Timóteo, e os cristãos de Creta, através de uma carta que escreveu a Tito, com estas palavras:

Esta afirmação é digna de confiança: se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo. Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do diabo. Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. Devem apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa. Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos. As mulheres igualmente sejam dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo. O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa. Os que servirem bem alcançarão uma excelente posição e grande determinação na fé em Cristo Jesus. (1 Timóteo 3:1-13)

A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. É preciso, porém, que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela. (Tito 1:5-9) 

Então, procurar descansar de vez em quando dos serviços eclesiásticos e/ou investir tempo na família também faz parte da obra de Deus! Um obreiro sobrecarregado e/ou com uma família desequilibrada emocionalmente e/ou desestruturada infelizmente está dando um mal testemunho aos seus irmãos em Cristo, principalmente se esses forem novos convertidos, e também exibindo um péssimo testemunho aos de fora da fé.

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Mas muitos dos que os viram retirar-se, tendo-os reconhecido, correram a pé de todas as cidades e chegaram lá antes deles. Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas. Já era tarde e, por isso, os seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: Este é um lugar deserto, e já é tarde. Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer. Ele, porém, respondeu: Dêem-lhes vocês algo para comer. Eles lhe disseram: Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer? (Marcos 6:33-37)

Ao lermos este trecho do evangelho de Marcos percebemos pessoas com fome e sede da justiça de Deus, procurando ter um encontro com Ele para entender Sua vontade. Elas queriam ser esclarecidas sobre as escrituras, e não mediram esforços para chegar até o Senhor, porque sabiam que somente através dele obteriam o conhecimento que buscavam. Vendo aquilo, Cristo se compadeceu deles em sua insistência e perseverança, e os saciou ensinando-lhes a verdade que liberta.

É interessante lembrarmos que, naquele tempo, existiam muitos mestres da lei, muitos escribas e fariseus, mas nenhum deles foi capaz de satisfazer o desejo que aquelas pessoas tinham de entenderem a vontade de Deus. Aquela gente estava perdida, confusa, e insatisfeita espiritualmente. Apesar de irem às sinagogas e cumprirem seus votos e suas obrigações segundo a lei mosaica, as pessoas eram como ovelhas sem pastor, ou seja, não tinham quem cuidasse delas, orientado-as de forma clara para que realmente fossem guiadas até o Criador de todas as coisas.

E assim ainda acontece hoje. Muitos estão indo às igrejas, e estão se enchendo de conhecimento, se valendo de muitos rituais, e se ocupando com muitas obrigações, mas não estão sendo saciados espiritualmente com a verdade que liberta, apesar de terem sede e fome da justiça de Deus. 

Este é o principal motivo de haver tanta migração de pessoas de uma lado para outro: elas estão buscando respostas para seus questionamentos acerca da palavra e também as soluções para seus problemas diários. Esses indivíduos não estão conseguindo o alimento para seus espíritos, porém, é dever do pastor ou da liderança de uma igreja verdadeiramente cristã cuidar das pessoas que estão congregando e buscando a Deus ali, e o ensino da justiça do Reino faz parte desse cuidado. 

Então, notamos que a postura de Jesus com aqueles que estavam buscando a Deus de todo o coração foi de cuidado, em todos os sentidos. Ele não somente alimentou aquelas pessoas espiritualmente, mas também fisicamente. Em contrapartida, é interessante a reação dos discípulos quando o Senhor lhes disse: "Dêem-lhes vocês algo para comer".      

O que Jesus falou falou a eles, em outras palavras, foi o seguinte: "Mostrem a este povo
benevolência, bondade, porque vocês são meus discípulos. Vão vocês aos povoados vizinhos, comprem comida com o dinheiro que vocês tem e tragam para alimentar estas pessoas." Ao ouvirem isso os discípulos responderam: "Isto exigiria duzentos denários! Devemos gastar tanto dinheiro em pão e dar-lhes de comer?" Assim, percebemos que esta resposta não foi dada por falta de dinheiro, e sim, por pena de gastar uma quantia mais alta fazendo a caridade, ou medo de que fosse faltar depois. 

Quando estavam seguindo a Jesus, os discípulos deixaram seus trabalhos seculares; eles agiram assim para dedicar o máximo de tempo em receberem instruções das escrituras diretamente do Senhor, e aprenderem tudo o que podiam em Sua companhia. O dinheiro que eles tinham não era pouco, porque recebiam ofertas constantemente das mulheres que seguiam Jesus, segundo vemos nesta passagem:

Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens. (Lucas 8:1-3)

A reação dos discípulos naquele momento (apesar de estarem acompanhando todos os passos de Cristo, e inclusive vendo Ele operar milagres diante dos olhos deles) mostra o quanto eles ainda estavam presos a seus desejos carnais, sem compreenderem bem que aquele homem que estava com eles era o Criador de todas as coisas, e que a Justiça d'Ele é totalmente diferente da justiça deste mundo. Todos eles ainda estavam apegados ao poder do dinheiro, e deixaram de obedecer ao Senhor quando aconselhados por Ele a servirem aquelas pessoas, por causa disso.

É sempre bom lembramos o que Cristo falou em relação a colocarmos o dinheiro ou bens materiais em primeiro lugar em nossas vidas:

Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. (Mateus 6:24) 
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A reação contrária dos discípulos em fazer algo bom àquela multidão não intimidou ou impediu o Senhor de fazer sua parte. Da mesma maneira que Ele se importou com os discípulos por não estarem encontrando tempo para se alimentar por causa da demanda de serviços, e os ajudou, Cristo também se importou com toda aquela gente, que se esforçou para encontrá-lo, ainda que fosse naquele lugar deserto. Como nada é impossível para Deus, o Senhor alimentou a cinco mil pessoas, incluindo seus discípulos, através de uns poucos pães e peixes que ali havia:  

Perguntou ele: Quantos pães vocês têm? Verifiquem. Quando ficaram sabendo, disseram: Cinco pães e dois peixes. Então Jesus ordenou que fizessem todo o povo assentar-se em grupos na grama verde. Assim, eles se assentaram em grupos de cem e de cinqüenta. Tomando os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida, entregou-os aos seus discípulos para que os servissem ao povo. E também dividiu os dois peixes entre todos eles. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram foram cinco mil homens. (Marcos 6:38-44)

Executando este milagre, O Rei Jesus mostrou que quem busca a Deus de coração tem d'Ele o favor, ainda que os outros não estejam dispostos ou se recusem a ajudar. Ele mostrou também que o poder de Deus está acima do poder do dinheiro, fazendo, inclusive, sobrar os pães e os peixes. Provavelmente, se os discípulos tivessem ido comprar comida para aquelas pessoas não teria sobrado da maneira como aconteceu no evento. 

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Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. Tendo-a despedido, subiu a um monte para orar. Ao anoitecer, o barco estava no meio do mar, e Jesus se achava sozinho em terra. Ele viu os discípulos remando com dificuldade, porque o vento soprava contra eles. Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar; e estava já a ponto de passar por eles. Quando o viram andando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma. Então gritaram, pois todos o tinham visto e ficam aterrorizados. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Coragem! Sou eu! Não tenham medo! Então subiu no barco para junto deles, e o vento se acalmou; e eles ficaram atônitos, pois não tinham entendido o milagre dos pães. Seus corações estavam endurecidos. (Marcos 6:45-53)

Nesse trecho vemos o Senhor favorecendo os discípulos de duas formas, ainda que seus corações estivessem endurecidos para compreendê-lo: a primeira, fazendo com que eles fossem na frente para a próxima cidade em que iam trabalhar, e despendindo aquela multidão de pessoas Ele mesmo, em vez de deixar este serviço para seus discípulos fazerem - e novamente percebemos que Deus não queria sobrecarregar aqueles homens; e a segunda, ajudando o barco a chegar mais rápido ao seu destino, pois os discípulos estavam com dificuldades de locomoção devido ao vento contrário. 

Uma outra coisa interessante e sobrenatural, e que talvez eles não estivessem percebendo, é que Jesus não se cansava de trabalhar. O Senhor estava junto com seus discípulos o tempo todo, e quando eles estavam descansando, Ele continuava trabalhando, como podemos notar especialmente no momento em que Ele insistiu para os discípulos irem na frente para Betsaida, enquanto Ele despedia nada mais nada menos que cinco mil(!) pessoas. E depois de ter despedido toda aquele gente, Jesus subiu um monte(!) para orar(!).

Nós, seres humanos comuns, temos um limite e precisamos de descanso, mas, com Deus não é assim, pois Ele é o Criador de todas as coisas e é espírito, e espíritos não se cansam como pessoas. Só o Criador teria poder para neutralizar as próprias leis físicas que criou e andar por cima das águas, ainda que num corpo humano, e foi isso que Ele quis mostrar aos seus discípulos; só que em vez de enxergá-lo como Ele é, aqueles homens se amendrontaram achando que Cristo era uma assombração. 

Dá para notar que os discípulos estavam presenciando evidências claras de que aquele homem sábio que estava com eles era o Criador, porém, não estavam percebendo-o ainda. 

É incrível como somente com a analise de um único capítulo do evangelho de Marcos já podemos fazer uma lista de sinais que Jesus estava dando de sua divindade: Ele curava instantâneamente; expulsava espíritos malignos das pessoas; providenciou descanso para seus discípulos enquanto continuava trabalhando; não se cansava de trabalhar; providenciou alimento suficiente para saciar uma multidão de cinco mil pessoas, incluindo seus discípulos, sem usar dinheiro para comprar comida; caminhou uma longa distância sobre as águas e acalmou o vento. 

Fazendo a restropectiva de cada evento descrito no capítulo 6 de Marcos até agora, observamos que todos estes sinais foram presenciados pelos discípulos no prazo de um mês ou dois, quase que diariamente. Quando eles foram enviados aos povoados próximos a Nazaré, viram acontecer, nas pessoas pelas quais oraram e sobre as quais impuzeram as mãos, os sinais miraculosos que o Senhor lhes havia autorizado a fazer em Nome d'Ele.

Então, não havia lógica, humanamente falando, para o espanto e o medo que os discípulos sentiram ao verem o Senhor Jesus andando sobre o mar para chegar até eles. Contudo, há uma explicação plausível, segundo as escrituras, para aquele alarde dos discípulos, ainda que tivessem presenciado sinais miraculosos executados por seu mestre antes: os corações deles estavam "endurecidos", ou seja, eles ainda estavam com os olhos e os ouvidos espirituais bloqueados em parte pelo poder de Deus, assim como a maioria dos israelitas. Sobre isso, falaram Moisés e o profeta Isaías:

Com os seus próprios olhos vocês viram aquelas grandes provas, aqueles sinais e grandes maravilhas. Mas até hoje o Senhor não lhes deu mente que entenda, olhos que vejam, e ouvidos que ouçam. (Deuteronômio 29:3-4)

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: Quem enviarei? Quem irá por nós? E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me! Ele disse: Vá, e diga a este povo: Estejam sempre ouvindo, mas nunca entendam; estejam sempre vendo, e jamais percebam. Torne insensível o coração desse povo; torne surdos os ouvidos dele e feche os seus olhos. Que eles não vejam com os olhos, não ouçam com os ouvidos, e não entendam com o coração, para que não se convertam e sejam curados. (Isaías 6:8-10) 

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Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré e ali amarraram o barco. Logo que desembarcaram, o povo reconheceu Jesus. Eles percorriam toda aquela região e levavam os doentes em macas, para onde ouviam que ele estava. E aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam-lhe que pudessem pelo menos tocar na borda do seu manto; e todos os que nele tocavam eram curados. (Marcos 6:53-56)

Esta passagem é interessante, pelo fato de que o povo de Genesaré nunca tinha visto Cristo pessoalmente, mas, no entanto, o "reconheceram". Este reconhecimento não é conforme a ciência humana, mas foi concedido pelo Pai àquelas pessoas. Os indivíduos daquela cidade reconheceram Jesus conforme o que era dito sobre Ele nas escrituras, e não conforme a aparência humana; eles perceberam que aquele homem se tratava do Senhor, o Criador de todas as coisas, o Seu Rei, ali presente. 

Então, aquela gente reconheceu Jesus espirituamente! Nem mesmo os discípulos ainda o reconheciam desta maneira, e tanto é que se espantaram ao verem o Senhor andando sobre as águas. 

Esta percepção diferenciada foi que levou aquelas pessoas a terem a absoluta certeza de que somente tocando na borda do manto de Jesus seriam curadas, como de fato foram. Por esta mesma certeza é que também iam atrás do Senhor onde quer que Ele fosse, sempre levando seus doentes, para que fossem curados. 

Eles sabiam que a vinda de Jesus era o cumprimento do que o Pai prometera a Israel, e também que o Cristo cumpriria no meio do povo o que estava documentado, sobre como ele agiria, nas escrituras:

Esperarei pelo Senhor, que está escondendo o seu rosto da descendência de Jacó. Nele porei a minha esperança. Aqui estou eu com os filhos que o Senhor me deu. Em Israel somos sinais e símbolos da parte do Senhor dos Exércitos, que habita no monte Sião. (Isaías 8:17-18)

Ocultarei desta cidade o meu rosto por causa de toda a sua maldade. Todavia, trarei restauração e cura para ela; curarei o meu povo e lhe darei muita prosperidade e segurança. Mudarei a sorte de Judá e de Israel e os reconstruirei como antigamente. Eu os purificarei de todo o pecado que cometeram contra mim e perdoarei todos os seus pecados de rebelião contra mim. (Jeremias 33:5-8)  

Tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos. (Miquéias 5:2)



Pastora Oriana Costa.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entendendo a Justiça de Deus: Os mandamentos que o Rei Jesus deixou para os cidadãos do Seu Reino.

Muitos cristãos ainda estão presos aos ensinamentos do "catecismo", que exibe somente os dez primeiros mandamentos da lei mosaica como sendo aqueles que devemos priorizar o cumprimento no nosso dia a dia.

Os dez primeiros mandamentos da Lei foram dados por Deus a Moisés no monte Sinai, no momento em que os israelitas começavam a buscar a terra que havia sido prometida pelo Senhor a eles, após serem libertos da escravidão no Egito; estes decretos podem ser vistos em Êxodo capítulo 20, em sua sequencia verdadeira.  
Entretanto, a lei mosaica não se resume só aos dez, mas é composta de nada mais nada menos que 613 mandamentos e cada um deles devia ser cumprido por aquela nação, se eles quisessem ser favorecidos realmente por Deus, tanto entre eles mesmos como perante outras nações. (Cique aqui e saiba mais sobre os 613 mandamentos da Lei) 
Os mandamentos da Lei foram entregues por Deus a Moisés, não só quando ele subiu no Sinai, mas, também em outras ocasiões naquele tempo, para que os israelitas controlassem sua maldade, ou, do contrário, eles sofreriam julgamentos e condenações por seus atos na terra, dentre os quais estava a perda da terra de Canaã.

Nos trechos bíblicos a seguir observamos os momentos em que Deus prometeu dar a terra de Canaã aos israelitas, e quando falou através de Moisés a condição para que eles continuassem habitando nela:    

Disse o Senhor: De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-lo das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde manam leite e mel: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus. (Êxodo 3:7-8)

Entretanto, se vocês não obedecerem ao Senhor, ao seu Deus, e não seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas estas maldições cairão sobre vocês e os atingirão: (...) O Senhor trará, de um lugar longínquo, dos confins da terra, uma nação que virá contra vocês como a águia em mergulho, nação cujo idioma não compreenderão, nação de aparência feroz, sem respeito pelos idosos nem piedade para com os moços. Ela devorará as crias dos seus animais e as plantações da sua terra até que vocês sejam destruídos. Ela não lhes deixará cereal, vinho, azeite, como também nenhum bezerro ou cordeiro dos seus rebanhos, até que vocês sejam arruinados. Ela sitiará todas as cidades da sua terra, até que caiam os altos muros fortificados em que vocês confiam. Sitiará todas as suas cidades, em toda a terra que o Senhor, o seu Deus, lhe dá. (Deuteronômio 28:15-52)

Moisés, apesar de se esforçar para obedecer à Lei, não chegou a entrar em Canaã; contudo, seus descendentes e todo o povo, liderados por seu sucessor, Josué, conseguiram finalmente expusar a maior parte das nações que habitavam aquela terra e foram aos poucos conquistando-a, assim como Deus prometeu que faria a eles. Para confirmar, vejamos os seguintes trechos bíblicos: 

Naquele mesmo dia o Senhor disse a Moisés: Suba as montanhas de Abarim, até o monte Nebo, em Moabe, em frente de Jericó, e contemple Canaã, a terra que dou aos israelitas como propriedade. Ali, na montanha que você tiver subido, você morrerá e será reunido aos seus antepassados, assim como o seu irmão Arão morreu no monte Hor e foi reunido aos seus antepassados. Assim será porque vocês dois foram infiéis para comigo na presença dos israelitas, junto às águas de Meribá, em Cades, no deserto de Zim, e porque vocês não sustentaram a minha santidade no meio dos israelitas. Portanto, você verá a terra somente à distância, mas não entrará na terra que estou dando ao povo de Israel. (Deuteronômio 32:48-52) 

Passado muito tempo, depois que o Senhor concedeu a Israel descanso de todos os inimigos ao redor, Josué, agora velho, de idade muito avançada, convocou todo o Israel, com as autoridades, os líderes, os juízes e os oficiais, e lhes disse: Estou velho, com idade muito avançada. Vocês mesmos viram tudo o que o Senhor, o seu Deus, fez com todas essas nações por amor a vocês; foi o Senhor, o seu Deus, que lutou por vocês. Lembrem-se de que eu reparti por herança para as tribos de vocês toda a terra das nações, tanto as que ainda restam como as que conquistei entre o Jordão e o mar Grande, a oeste. O Senhor, o seu Deus, as expulsará da presença de vocês. Ele as empurrará de diante de vocês, e vocês se apossarão da terra delas, como o Senhor lhes prometeu. (Josué 23:1-5)

Toda vez que aquele povo esquecia a aliança que Deus tinha feito com Abraão, e insistia em viver de acordo com suas vontades, deixando de lado a obediência aos decretos da Lei, sem se arrependerem de suas iniquidades, Deus não os condenava à morte eterna; porém, o Senhor os julgava e aplicava a eles as penas merecidas pelas infrações cometidas. 

Uma das penalidades que aquele povo sofria por desobedecer a Deus era ter sua terra invadida e conquistada por outros povos, que tomavam suas riquezas e os escravizavam por longo tempo; estes castigos duravam até que o povo se arrependesse realmente de suas maldades e voltassem a lembrar e obedecer a Lei como Deus havia orientado. A seguir, dois trechos bíblicos para confirmar estes acontecimentos:

No nono ano do reinado de Oséias, o rei assírio conquistou Samaria e deportou os israelitas para a Assíria. Ele os colocou em Hala, em Gozã do rio Habor e nas cidades dos medos. Tudo isso aconteceu porque os israelitas haviam pecado contra o Senhor seu Deus, que os tirara do Egito, de sob o poder do faraó, rei do Egito. Eles prestaram culto a outros deuses e seguiram os costumes das nações que o Senhor havia expulsado de diante deles, bem como os costumes que os reis de Israel haviam introduzido. Os israelitas praticaram o mal secretamente contra o Senhor seu Deus. Desde torres de sentinela até cidades fortificadas, eles mesmos construíram altares idólatras em todas as suas cidades. (2 Reis 17:6-9)

Na virada do ano, o exército arameu marchou contra Joás; invadiu Judá e Jerusalém, matou todos os líderes do povo, e enviou para Damasco, para o seu rei, tudo o que saqueou. Embora o exército arameu fosse pequeno, o Senhor entregou nas mãos dele um exército muito maior, por haver Judá abandonado o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Assim o juízo foi executado sobre Joás. (2 Crônicas 24:23-25)

Uma observação importante: os israelitas eram (e ainda são) uma nação tão má quanto quaisquer outras nações da terra; o diferencial desta nação para as outras é que eles acreditavam (e ainda creem) na existência de uma autoridade eterna ou espiritual, maior do que todas as que existem no planeta e a mais poderosa de todas, criadora de todas as coisas tanto no universo material quanto na eternidade. 

Assim sendo, depois que Moisés e Josué morreram, zelando pelo cumrpimento daquilo que prometera aos antepassados dos israelitas, Deus levantou profetas (Isaías, Jeremias, etc.), juízes (Débora, Sansão, etc.) e reis (Davi, Jeroboão, etc.) para guiar o povo, de modo que seus decretos fossem sempre lembrados e obedecidos, e eles não permanecessem somente em suas maldades. 

E perguntou a Arão: Que lhe fez esse povo para que você o levasse a tão grande pecado? Respondeu Arão: Não te enfureças, meu senhor; tu bem sabes como esse povo é propenso para o mal. (Êxodo 32:21-22)
Percebemos, desta maneira, que, desde os tempos antigos, para que a maldade daquele povo pudesse realmente ser controlada e eles se encontrassem dignos de continuar habitando a terra que Deus havia lhes dado, era necessário que obedecessem a todos os decretos da Lei sem falhar; mas, isto realmente eles nunca conseguiram (e isto se continua até os dias de hoje!).

Os sacerdotes e as lideranças que Deus levantava também eram falhos; até certo ponto eles eram obedientes aos decretos de Deus, mas, acabavam deixando de cumprir um ou outro requisito da Lei levados por situações ou por seus próprios desejos.

Contudo, Deus esperava que isso acontecesse, pois, o intuito do Senhor ao entregar tantos mandamentos que de antemão sabia que não seriam cumpridos fielmente, era exatamente fazer com que os israelitas enxergassem duas coisas: a primeira, que a maldade dentro deles era de origem sobrenatural ou era de origem espiritual, e não podia ser dominada apenas por atitudes humanas ou por "obras"; a segunda, é que por causa dessa condição, eles precisariam ser guiados e governados diretamente pelo próprio Deus, em pessoa, e não mais por seres humanos falhos.

Por isso o Senhor lhes dirá: Ordem sobre ordem, ordem sobre ordem, regra e mais regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali, para que saiam, caiam de costas, firam-se, fiquem presos no laço e sejam capturados. (Isaías 28:13)
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Uma curiosidade: atualmente, a famosa "terra santa" é uma republica parlamentar. É um estado judeu, porém, democrático, com um primeiro-ministro e um parlamento, e não mais com reis ou juízes liderando as pessoas; sua justiça não está mais totalmente baseada nos estatutos da lei mosaica, e sim numa constituição criada para reger indivíduos que, apesar de serem em sua maioria judeus, agora compartilham o espaço com diversas outras crenças e culturas, e, não somente isso, mas também para reger uma nação que hoje está na quarta posição entre os países com as maiores proporções de ateístas do mundo(!) (Clique aqui e saiba como se encontra organizada a nação de Israel na atualidade). 
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Seguindo nosso raciocínio, se os seres humanos não tem poder para dominar a maldade que há dentro de si por ela ser de origem sobrenatural, então, o único que pode dominá-la realmente é o próprio Deus. Só com a ajuda d'Ele alguém pode deixar de agir pela influência da maldade que existe dentro de si mesmo. Ninguém, por si só ou por suas próprias forças consegue se livrar da influência que o mal, existente dentro da mente e do corpo, exerce diariamente em suas ações. Para confirmar, vamos ler os trechos bíblicos seguintes:  

De fato a lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom. E então, o que é bom se tornou em morte para mim? De maneira nenhuma! Mas, para que o pecado se mostrasse como pecado, ele produziu morte em mim por meio do que era bom, de modo que por meio do mandamento ele se mostrasse extremamente pecaminoso. Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. (Romanos 7:12-23)

Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno. Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e é domada pela espécie humana; a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. (Tiago 3:6-8)          

A maldade exerce tal influência nas ações humanas, que nos leva a transgredir a justiça do Reino de Deus (ou pecar) todos os dias, ainda que não percebamos isso acontecer. Por isso, disse o apóstolo João:

Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (1 João 1:8-10)

Transgressores da justiça de Deus (ou pecadores) não podem entrar no Reino, porque a presença do Senhor é destruidora para tais indivíduos: Deus abomina a maldade e tudo o que procede dela. A plena presença de Deus só é benéfica aos que andam conforme Sua justiça eterna e não possuem a influência do mal dentro de si.  

Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam! Não praticam o mal e andam nos caminhos do Senhor. (Salmos 119:2-3)

Em Sião os pecadores estão aterrorizados; o tremor se apodera dos ímpios: Quem de nós pode conviver com o fogo consumidor? Quem de nós pode conviver com a chama eterna? (Isaías 33:14)

Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. (Habacuque 1:13)

Eis aí o motivo pelo qual precisamos da ajuda do Criador se quisermos ser livrados da condenação eterna: nós não conseguimos parar de transgredir a justiça do Reino de Deus por nossas próprias forças, somente obedecendo a regras neste mundo. É necessário, por vezes, que o mal que há dentro de nós seja bloqueado sobrenaturalmente para finalmente podermos obedecer a Deus enquanto estivermos neste corpo mortal; e para entrar definitivamente no Reino, também é preciso que nosso corpo seja limpo da presença do mal. 

Assim, Deus resolveu nos dar uma chance de justificação diante d'Ele, fazendo o que nós jamais conseguiríamos; Ele tomou a forma de um ser humano para representar não só os israelitas, mas toda a humanidade, e obedeceu toda a lei mosaica, sem falhar, até o fim de seus dias (pois, para Deus nada é impossível!).

Assim, disse o Senhor Jesus: Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. (Mateus 5:17-18)

Depois de ter obedecido toda a Lei materialmente, em vida, cumprindo todos os mandamentos sem falhar, e, inclusive, cumprido-a espiritualmente, ao pagar o preço exigido pelas transgressões de toda a humanidade, Jesus Cristo:
  • qualificou-se como um ser humano totalmente justo diante do Pai e digno de entrar no Reino como homem, e também reinar sobre todos os seres humanos; 
  • adquiriu autoridade para interceder eternamente por todos os seres humanos diante do Pai, assim como faziam os sacerdotes diante de Deus pelo povo de Israel. 

Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia de uma aliança superior. Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu. Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. (Hebreus 7:22-28)

O preço exigido por Deus pelas transgressões de todos os homens, na verdade, era que um ser humano totalmente justo entregasse seu próprio corpo aos israelitas para que eles o sacrificassem, assim como sacrificavam os cordeiros de um ano de idade, virgens, saudáveis e sem nenhum defeito físico, anualmente, segundo ordenava a Lei (Êxodo 12, Isaías 53).

No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1:29)

Vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver que lhes foi transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês. Por meio dele vocês crêem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus. (1 Pedro 1:18-21)

Desta forma, Cristo se entregou para morrer, aspergindo com seu sangue o altar do sacrifício (ou derramando seu sangue na cruz), segundo orientava a lei mosaica (Veja em Êxodo 30:10, Deuteronômio 12, Levítico: capítulos 4, 5 e 7), e, em seguida "ressuscitando", conforme Deus prometeu que faria pelas bocas dos antigos profetas, mostrando que o evento aconteceu e foi aceito na realidade eterna. 

Porque tu não me abandonarás no sepulcro, nem permitirás que o teu santo sofra decomposição. (Salmos 16:10)

Nós lhes anunciamos as boas novas: o que Deus prometeu a nossos antepassados Ele cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo: Tu és meu filho; eu hoje te gerei. O fato de que Deus o ressuscitou dos mortos, para que nunca entrasse em decomposição, é declarado nestas palavras: Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi. Assim ele diz noutra passagem: Não permitirás que o teu Santo sofra decomposição. Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs. Mas aquele a quem Deus ressuscitou não sofreu decomposição. Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados. (Atos 13:32-38)

Ficou estabelecida, portanto, uma nova aliança ou um novo acordo entre o Criador e todos os homens (e não somente com o povo de Israel), onde a justificação de qualquer indivíduo diante do Pai está baseada na fé direcionada a Cristo Jesus; quem crer n'Ele de todo o coração, aceitando-o como seu salvador ou justificador eterno, e como Seu Rei ou Senhor, será salvo ou livrado da condenação à morte eterna no Dia do Juízo (porque hoje, todos os que não creem já estão condenados).

Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. (João 3:16-18)

Os sacrifícios de animais que os sacerdotes faziam anualmente por seus próprios pecados, e pelos pecados do restante do povo de Israel (por não conseguirem obedecer a todos os mandamentos), era uma das ordenanças da Lei; contudo, estes sacrifícios não podiam justificá-los espiritualmente, mas, apenas materialmente. Fisicamente, o corpo de um animal pode representar o corpo de uma pessoa diante de Deus, mas espiritualmente, não.

Além do fôlego de vida e da capacidade de pensar ou tomar decisões, nós, seres humanos, temos uma "consciência de existência" advinda da presença de um espírito em nosso corpo, o qual provém do Espírito do Criador; os animais tem fôlego de vida e capacidade de tomar decisões, no entanto, não possuem consciência de existência, o que confirma que não possuem um espírito.

Então, esta é uma das duas razões pelas quais Cristo precisaria morrer: somente um ser humano totalmente justo (ou seja, sem pecado) pode representar outros seres humanos diante do Pai. 

Por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne. (Romanos 8:2-3)

A segunda razão é que, se o salário (ou o pagamento) pelo pecado é a morte, segundo consta a Lei, então, obviamente, alguém teria que ser sacrificado para pagar o preço pelos pecados de todos os homens.

Os israelitas precisavam decorar os mandamentos da lei desde a infância, e tentar cumprí-los por sua própria força, muitas vezes sem entender o porquê, por não terem uma visualização clara da realidade eterna. Por isso, Jesus falou:

Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele. Pois todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se vocês quiserem aceitar, este é o Elias que havia de vir. Aquele que tem ouvidos, ouça! (Mateus 11:11-15)

Hoje, Deus tem nos esclarecido Sua justiça e a relidade espiritual à qual pertencemos através do ensino de Cristo, nos ajudando a obedecer seus decretos pela ação do Seu poder, e não mais somente por termos aprendido intelectualmente o que está escrito - depois que Jesus morreu e ressuscitou, o Pai enviou o Espírito Santo da verdade para nos mostrar onde estão os mandamentos deixados pelo Senhor Jesus, e também sinalizar quando os estamos cumprindo ou não. 

Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado. Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. (João 16:7-15)

Agora, porém, o ministério que Jesus recebeu é superior ao deles, assim como também a aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas superiores. Pois se aquela primeira aliança fosse perfeita, não seria necessário procurar lugar para outra. Deus, porém, achou o povo em falta e disse: Estão chegando os dias, declara o Senhor, quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; visto que eles não permaneceram fiéis à minha aliança, eu me afastei deles, diz o Senhor. Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias, declara o Senhor. Porei minhas leis em suas mentes e as escreverei em seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: Conheça ao Senhor, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior. Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados. Chamando "nova" esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer. (Hebreus 8:6-13)

A lei mosaica foi totalmente cumprida por Cristo, mas, não foi totalmente invalidada. Ele, na verdade, suavizou os mandamentos da antiga lei, e tornou-os acessíveis para que a Sua igreja possa cumprí-los. Com o advento da Nova Aliança alguns mandamentos realmente foram anulados, como apedrejar pessoas pegas adulterando no casamento, sacrificar animais pelo pecados, ou consagrar sacerdotes, por exemplo; outros continuam valendo, como os relacionados à idolatria; já outros foram substituídos, como a celebração da Páscoa - agora celebramos a Santa Ceia, que é um memorial pela morte do Senhor em nosso favor eternamente, e que pode ser feita diariamente. E outros ainda, foram acrescentados, como este: "vão por todo o mundo e anunciem o evangelho a todos".

O Senhor Jesus Cristo nos deixou mandamentos, (apesar de saber que vamos falhar muitas vezes em obedecê-los), pois, somente ao nos esforçarmos para cumpri-los é que conseguimos andar realmente na justiça de Seu Reino, e, especialmente, confirmamos que estamos crendo de fato no sacrifício que Ele fez para nos justificar eternamente diante do Pai. Por isso, o apóstolo Paulo ensina:

Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro. (Colossenses 1:21-23)

Se o corpo de Cristo na terra não estivesse norteado pelos mandamentos da Nova Aliança, certamente se entregaria totalmente à influencia da maldade dentro de si, adulterando o acordo estabelecido por Cristo, e perdendo, consequentemente, o direito de entrar no Reino de Deus no Dia do Juízo.

Partindo para a visão espiritual ou eterna das coisas, o que realmente iria acontecer ao povo de Israel antes da vinda de Cristo é que, ao continuar vivendo conforme aquilo que desejava, ou conforme aquilo que achava ser o certo a partir de suas próprias vivências no mundo (e não segundo o que Deus havia estabelecido), ia continuar sendo mau e sem arrependimento; consequentemente, ia ser considerado injusto ou indigno de entrar novamente no Reino, e estaria condenado à morte por Deus eternamente assim como os demais povos que andavam longe d'Ele. 

A terra de Canaã ou terra prometida, onde hoje (depois de ser palco de tantas guerras, e atualmente viver em meio às pelejas) está sediado o estado de Israel, é apenas um simbolo terreno do Reino de Deus. Assim como Deus prometeu uma terra de onde manam leite e mel aos israelitas (se eles cuidassem em obedecer a tudo o quanto lhes fora ordenado), e realmente cumpriu Sua promessa (!), Ele está prometendo a toda a humanidade que, se crerem e obedecerem ao Senhor Jesus de todo o coração, Ele permitirá que entrem e habitem novamente em Seu Reino Eterno no dia que se aproxima, o chamado "Dia do Senhor".    

A seguir, leremos outros mandamentos deixados pelo Rei Jesus, que se encontram descritos no Novo testamento, e que infelizmente muitos cristãos ainda ignoram, ou já ouviram e leram, mas, facilmente esquecem:
1-Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas. (Colossenses 3:9)
2-Nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor. (Romanos 12:19)
3-Pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos para repartir. (1 Timóteo 6:18)
4-Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. (Gálatas 6:2)
5-Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. (1 Tessalonicenses 5:18)
6-Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:17)
7-Em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. (Filipenses 4:6)
8-Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. (Mateus 5:44-45)
9-Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado. (Mateus 5:42)
10-Não jurem de forma alguma. (Mateus 5:34)
11-Revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. (Colossenses 3:12-13)
12-Vivam em paz uns com os outros. (1 Tessalonicenses 5:13)
13-Exortem-se e edifiquem-se uns aos outros. (1 Tessalonicenses 5:11)
14-Não falem mal uns dos outros. (Tiago 4:11)
15-Guardem-se dos ídolos. (1 João 5:21)
16-Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Hebreus 10:25)
17-Não devem associar-se com qualquer que, dizendo-se irmão, seja imoral, avarento, idólatra, caluniador, alcoólatra ou ladrão. Com tais pessoas vocês nem devem comer. (1 Coríntios 5:11)


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Disse o Rei Jesus: "(...) todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus. Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus". (Mateus 5:19-20)

"Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos, pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz." (Provérbios 3:1-2)