"Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião." (Isaías 5:20-21)
O trecho bíblico acima chama a atenção para uma realidade que muitas vezes não paramos para observar: neste mundo, há confusão na hora de estabelecer o que é realmente bom ou certo e o que realmente é mau ou errado. Esta confusão é o que tem levado à ocorrência de um fenômeno cada vez mais frequente no mundo, denominado "inversão de valores".
Com o passar do tempo, percebemos que certos comportamentos vistos há algumas décadas atrás como bons, hoje são vistos como maus, assim como o que era visto como algo mau, hoje é aceito como sendo bom.
Mas, afinal, o que é realmente certo, e o que realmente é errado? O que realmente merece louvor e recompensa, e o que realmente merece correção e condenação?
De fato, existem somente dois padrões de justiça: um é o de Deus ou espiritual, e o outro, o humano ou material.
O padrão espiritual de justiça foi estabelecido pelo Criador de todas as coisas, está em pleno exercício e é imutável, invariável (apesar de muitos não acreditarem que ele exista, ou, acreditarem, contudo, não entenderem como ele funciona); o padrão material de justiça é estabelecido pelos homens e muda constantemente com o passar do tempo, de acordo com as novas situações que vão surgindo e que fatidicamente mudam suas prioridades.
A justiça de Deus, estabelecida eternamente, é o poder que tem mantido o universo equilibrado e em perfeito funcionamento. Felizmente, não somos nós que fazemos os planetas girarem em torno do sol, ou que fazemos a terra girar em torno de si mesma e em torno dele, e nem somos nós que nos fazemos existir na terra e damos vida a nós mesmos. Tudo isto foi instituído espiritualmente, está declarado na palavra de Deus, e tem funcionado perfeitamente ao longo dos séculos, sem mudar ou falhar.
Ao mesmo tempo, diferentemente da justiça estabelecida por Deus, a justiça humana está em constante mutação. Se não considerarmos o que Deus estabeleceu e está publicado para toda a humanidade na Bíblia, observamos a seguinte situação: conforme o que os indivíduos experimentam e vivenciam no mundo, seus desejos e sentimentos vão mudando e, desta forma, vão mudando também seus conceitos de certo e errado.
Desta maneira, observamos que muitos conceitos e comportamentos vão mudando ao longo do tempo; apesar da resistência inicial que sempre existe, principalmente por parte de indivíduos mais apegados às tradições, as pessoas acabam se deixando levar pela força do prazer e da facilidade que estes novos comportamentos proporcionam à primeira vista, mesmo sabendo que irão colher consequencias desagradáveis por causa deles mais tarde.
Desta maneira, observamos que muitos conceitos e comportamentos vão mudando ao longo do tempo; apesar da resistência inicial que sempre existe, principalmente por parte de indivíduos mais apegados às tradições, as pessoas acabam se deixando levar pela força do prazer e da facilidade que estes novos comportamentos proporcionam à primeira vista, mesmo sabendo que irão colher consequencias desagradáveis por causa deles mais tarde.
Até o século passado, por exemplo, era aceito socialmente que a relação sexual era algo para se fazer entre um homem e uma mulher adultos, especialmente depois de celebrado um crompromisso entre eles, a fim de constituírem família. Sabemos que sexo fora do casamento ou feito sem compromisso é algo que sempre existiu, contudo, havia uma consciência entre as pessoas de que tal comportamento "não era correto", e de que certamente traria consequencias desagradáveis.
Esta consciência de que o sexo feito fora do casamento ou sem compromisso era algo errado, vinha da maior proximidade que as pessoas tinham com a palavra de Deus, que sempre lhes foi apresentada indiretamente, embutida dentro de doutrinas religiosas. Até os dias de hoje, a maioria das pessoas desconhece o que diz realmente a palavra de Deus, mas sempre acabam recebendo um pouco dela através dos dogmas e filosofias das religiões das quais participam.
O que Deus estabeleceu originalmente para o ato sexual foi desta forma:
"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a." (Gênesis 1:27-28)
"Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." (Gênesis 2:24)
Apesar de sabermos que, desde sempre, nem todas as pessoas são frequentadoras assíduas de igrejas, existia no mundo, entre os indivíduos de uma forma geral, um certo temor ao Criador de todas as coisas; por isso, ainda que alguns indivíduos não fossem religiosos, a maioria das pessoas aceitava de bom grado o padrão de moralidade estabelecido por Deus como sendo o correto.
No século atual, porém, a relação sexual tornou-se um divertimento como outro qualquer, amplamente incentivado pela mídia, onde até mesmo adolescentes podem entregar-se uns aos outros para satisfazerem seus desejos nesta área, muitas vezes autorizados pelos próprios pais. Se por acaso uma gravidez surgir de tal procedimento, pode-se optar por um aborto para "sanar" a situação.
Então, antes, aquele sexo sem compromisso que era visto como algo errado, muitas vezes feito de forma encoberta só para satisfazer um desejo irresistível do corpo, e que se chegasse a ser descoberto provocava um grande escândalo, hoje, é algo certo, bom e saudável. O sexo como uma forma de entretenimento e sem compromisso tornou-se algo aceitável socialmente.
Este tipo comportamento, contrário ao que Deus instituiu, parece muito bom à primeira vista, pois as pessoas aparentemente ficam mais livres para se envolverem sexualmente com quem bem entenderem, sem assumirem quaisquer responsabilidades por isso se não quiserem.
Este tipo comportamento, contrário ao que Deus instituiu, parece muito bom à primeira vista, pois as pessoas aparentemente ficam mais livres para se envolverem sexualmente com quem bem entenderem, sem assumirem quaisquer responsabilidades por isso se não quiserem.
Contudo, este padrão de moralidade diferente mexe diretamente com a estrutura emocional e familiar dos indivíduos. É pelo ato sexual que se inicia uma família de verdade, pois a partir dele são gerados os filhos que irão constituí-la. E, após iniciada uma família, valores emocionais, que ligam e aproximam as pessoas umas das outras são estabelecidos também.
Assim, quando o padrão de certo e errado para o relacionamento sexual é modificado do seu original (segundo o que foi estabelecido espiritualmente pelo Criador de todas as coisas), logo, o padrão de certo e errado para a formação de um casal e, consequentemente, de uma família, também será. A forma como os pais educarão e se relacionarão com seus filhos também mudará. De quebra, os valores emocionais que ligam as pessoas umas as outras também são afetados aí.
Uma coisa vai afetando a outra, até nos trazer uma grande confusão na hora de estabelecermos o que é certo ou errado para nós: qualquer coisa de repente pode ser tida como certa ou errada, desde que estejamos com nossos desejos satisfeitos. E o grande problema é que nossos desejos mudam muito, pois variam de acordo com as situações que passamos!
É importante que prestemos atenção nisso: tudo o que interfere na estrutura familiar dos indivíduos, interfere, a curto prazo, na vida de cada um individualmente de forma muito forte, e também, a longo prazo, na estrutura de uma nação inteira.
Quando agimos baseados em nossos sentimentos e desejos, inevitavelmente vamos passar por cima dos sentimentos e desejos dos outros, e acabamos desrespeitando nosso próximo em prol da nossa própria satisfação.
Então, é impossível termos paz verdadeira em nossas vidas estabelecendo justiça ou padrões de moralidade norteados por aquilo que sentimos e desejamos, pois sempre vamos estar nos decepcionando conosco mesmos e com os outros.
Então, é impossível termos paz verdadeira em nossas vidas estabelecendo justiça ou padrões de moralidade norteados por aquilo que sentimos e desejamos, pois sempre vamos estar nos decepcionando conosco mesmos e com os outros.
Fundamentar conceitos e padrões morais baseados em nós mesmos, desconsiderando aquilo que Deus instituiu, portanto, faz de nós indivíduos inseguros e inconstantes em todas as áreas da vida; nós nunca saberemos o que vamos sentir ou desejar no próximo minuto, exatamente por não sabermos com certeza o que vai nos acontecer no futuro. Situações e circunstâncias mudam constantemente no mundo, pegando a muitos de surpresa, e isso ninguém pode desfazer.
A palavra de Deus nos informa quem nós somos e para quê fomos criados; ela nos informa como está nosso relacionamento com aquele que nos criou, hoje, e o que está acontecendo conosco por causa disso; ela também nos diz o que nosso Criador fez para resolver a situação difícil em que nos encontramos eternamente.
Então, buscar a Deus e procurar aprender seu padrão de justiça para andarmos nele, em vez de levarmos a vida do jeito que queremos, por conseguinte, faz de nós pessoas cheias de paz, seguras, equilibradas e constates em tudo, em meio ao caos crescente no qual que este mundo está perecendo.
"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor." (Isaías 55:8)
Pastora Oriana Costa.
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