Após a transgressão de Adão, tendo em vista que todos os seres humanos são seus descendentes, espiritualmente, ao chegarmos a este mundo todos nós já estamos separados de Deus, e em nossa carne se encontra o pecado (todas as obras da carne), ainda que ignoremos isso: "Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe." (Salmos 51:5) E o pecado já está julgado e sentenciado na realidade eterna, como está escrito em Romanos 6:23. Sua sentença, portanto, é a morte para sempre.
Pessoas que não entendem a vontade perfeita do Criador acreditam que ao morrerem fisicamente não tem mais jeito, que é o fim: e esta afirmação é, de fato, verdadeira. É a realidade delas, realmente! Para os que estão longe de Deus, esta é a sentença para sempre, com o adicional de que, espiritualmente, a morte se continuará para os tais de uma forma dolorosa, visto que todos nós somos espíritos e estes não tem fim: não param de funcionar, não sofrem decomposição, não deixam de existir.
O nosso Criador não se agrada com o fato de nós estarmos condenados e de que sofreremos por isso para sempre; Ele realmente deseja que tenhamos vida na dimensão eterna. Contudo, Deus não passa por cima de Sua palavra; Ele não invalida o que já está sentenciado na eternidade, e por isso mesmo avisou a Adão o que lhe aconteceria caso resolvesse transgredir algumas das regras já antes estabelecidas pelo Senhor.
Desta forma, o Pai precisou criar uma nova realidade, com novas leis, para que pudéssemos escapar desta condenação.
A palavra de Deus assim explica:
"Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho. A justiça do justo lhe será creditada, e a impiedade do ímpio lhe será cobrada. Mas, se um ímpio se desviar de todos os pecados que cometeu e obedecer a todos os meus decretos e fizer o que é justo e direito, com certeza viverá; não morrerá. Não se terá lembrança de nenhuma das ofensas que cometeu. Devido às coisas justas que tiver feito, ele viverá. Teria eu algum prazer na morte do ímpio?, palavra do Soberano Senhor. Pelo contrário, acaso não me agrada vê-lo desviar-se dos seus caminhos e viver?" (Ezequiel 18:20-23)
No trecho acima notamos claramente que, para o que estiver longe de Deus (ou, para os que são ímpios), no dia do julgamento não serão levadas em conta as bondades que praticaram, mas, somente as maldades, pois os "atos de justiça" de um "injusto" não tem poder para justificá-lo de suas ofensas ao Criador. Os justos, ou seja, os que estão perto de Deus, serão considerados de acordo com o bem que praticaram, sem que suas ofensas ao Senhor sejam levadas em consideração. É assim que a justiça de Deus funciona eternamente.
Então, como pode um pecador se justificar perante o Criador, se ele já está morto espiritualmente e esta situação é irreversível? Como pode alguém se converter totalmente de suas maldades, se não há opção, ainda que paralelamente faça o bem? É aí que Deus entra com uma nova realidade, providenciando um maravilhoso escape para toda a humanidade.
Deus tornou possível um ser humano ser recriado espiritualmente (um espírito vivo é colocado no lugar do espírito morto) e também materialmente (ressuscitação), sendo justificado de suas transgressões eternamente, tornardo-o totalmente justo, gratuitamente.
Deus tornou possível um ser humano ser recriado espiritualmente (um espírito vivo é colocado no lugar do espírito morto) e também materialmente (ressuscitação), sendo justificado de suas transgressões eternamente, tornardo-o totalmente justo, gratuitamente.
Para tanto, o Criador envia e instala em nosso meio a realidade de Cristo. Ele é a expressa justiça de Deus, é a imagem do Deus Criador para nós. O espírito de Cristo já existia antes que os seres humanos tivessem sido criados e, quando veio à terra como ser humano, foi o único totalmente justo diante do Pai:
"O Senhor me criou como o princípio de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade, desde o princípio, antes de existir a terra." (Provérbios 8:22,23)
"No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito." (João 1:1-3)
"O Senhor me criou como o princípio de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade, desde o princípio, antes de existir a terra." (Provérbios 8:22,23)
"No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito." (João 1:1-3)

Porém, a forma como Ele passaria a ter autoridade para justificar a humanidade é que seria muito difícil, pois iria requerer um grande sacrifício da parte d'Ele, e nisso, felizmente Ele concordou com o Pai, ainda que soubesse o gigantesco sofrimento que passaria.
A terrível condição era que Ele teria que se deixar ser rejeitado, perseguido, humilhado e morto de uma forma violenta, com a promessa de que seria ressuscitado fisicamente em seguida, e não somente Ele, mas, todos os que cressem n'Ele:
A terrível condição era que Ele teria que se deixar ser rejeitado, perseguido, humilhado e morto de uma forma violenta, com a promessa de que seria ressuscitado fisicamente em seguida, e não somente Ele, mas, todos os que cressem n'Ele:
"Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado (...), fosse morto e três dias depois ressuscitasse. Ele falou claramente a esse respeito." (Marcos 8:31,32)
"Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. (...) Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia." (João 6:37-40)
Então, "Cristo homem" aceitou morrer para nos justificar, porque nos amou, e nos ama, assim como o Pai ama a sua criação. Precisamos entender que a condição de Cristo como ser humano era a seguinte: a Ele foi dado um corpo sem pecado e perfeito, como os que foram dados a Adão e Eva, com o detalhe de que Ele seria tentado, como Adão e Eva foram, sem, no entanto, transgredir as leis estabelecidas pelo Pai como eles fizeram.
Para nos justificar, portanto, Cristo teria que continuar na terra na mesma condição em que estava no espírito, e, desta maneira, teria que resistir TODAS as tentações e permanecer com o corpo puro (santo - sem maldade), até o dia determinado por Deus: então, neste dia, ser condenado por "crimes" que não cometeu e ser morto, pagando pelas transgressões de toda a humanidade.
Assim, Cristo homem, ou, o Filho do homem, precisou passar a vida inteira resistindo diretamente a Satanás, sem pecar (ou, se mantendo santo), proclamando ao povo a existência do Reino de Deus com palavras e sinais prodigiosos (ainda que não entendessem ou acreditassem), para depois ser condenado e sacrificado violentamente a fim de justificar pessoas impuras.
Além de tudo isso, Ele teria que iniciar a "Sua nação" (ou a sua igreja), escolhendo e treinando alguns homens (que eram pecadores(!), e que somente depois de sua ressurreição iniciaram o genuíno processo de arrependimento de pecados), dentre os que estavam em Israel, para darem continuidade à proclamação da mensagem de salvação na terra.
Ele trabalhou bastante e de uma forma intensa, sem dúvida alguma, e teve de executar tudo minuciosamente (de acordo com o que já estava predito nas escrituras) dentro de apenas três anos.
Ele trabalhou bastante e de uma forma intensa, sem dúvida alguma, e teve de executar tudo minuciosamente (de acordo com o que já estava predito nas escrituras) dentro de apenas três anos.
O destino da existência humana foi colocado todo nas mãos do Filho do homem. Se não fosse o amor verdadeiro a Sua criação que tivesse motivado o Senhor desde o princípio, realmente este escape não existiria. Ele teria desistido se não nos amasse de verdade; e teve a opção de desistir, se quisesse. Mas, para nossa felicidade, Ele foi até o fim, abrindo para nós uma maravilhosa e única porta para a vida eterna:
"Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: "Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, NÃO SEJA COMO EU QUERO, MAS SIM COMO TU QUERES". Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo." (Mateus 26:37-40)
"Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas. Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando". Mas Jesus NÃO RESPONDEU NADA, e Pilatos ficou impressionado." (Marcos 15:3-5)
Missionária Oriana Costa - 14/03/2017
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