De nada aproveitam as riquezas no dia da ira, mas a justiça livra da morte. A justiça do sincero endireitará o seu caminho, mas o perverso pela sua falsidade cairá. A justiça dos virtuosos os livrará, mas na sua perversidade serão apanhados os iníquos. Morrendo o homem perverso perece sua esperança, e acaba-se a expectação de riquezas. (Provérbios 11:4-7)
Será que as coisas materiais que temos são nossas mesmo? Muitas vezes, quando perdemos alguma coisa ou temos algum prejuízo materialmente falando, a ideia que primeiro nos vem à cabeça é de que Deus tem a obrigação de nos restituir a perda por causa da fidelidade d’Ele a Sua Palavra. Só que, de acordo com a Palavra de Deus, não temos nada neste mundo. Tudo é de Deus, por Ele e para Ele (Romanos 11:36).
Será que as coisas materiais que temos são nossas mesmo? Muitas vezes, quando perdemos alguma coisa ou temos algum prejuízo materialmente falando, a ideia que primeiro nos vem à cabeça é de que Deus tem a obrigação de nos restituir a perda por causa da fidelidade d’Ele a Sua Palavra. Só que, de acordo com a Palavra de Deus, não temos nada neste mundo. Tudo é de Deus, por Ele e para Ele (Romanos 11:36).
Ele criou tudo isso que vemos a nossa volta, todos os átomos que constituem as coisas que usamos, e apenas está compartilhando estas coisas conosco. É tanto que um dia vamos morrer e não vamos levar absolutamente nada do que usufruímos materialmente neste mundo; não levamos nem mesmo o nosso próprio corpo, que fica na terra após a nossa morte para ser decomposto por bactérias e vermes.
Em pregações é comum ouvirmos versículos dos livros de Joel e de Ageu quando o tema é "restituição material". Geralmente são aqueles onde Deus fala pelo profeta ao povo de Israel que vai restituir ou compensa-los dos anos em que tiveram suas lavouras destruídas por uma certa praga de gafanhotos (Joel 2:23-27), ou aqueles onde Deus fala pelo profeta Ageu que é dono da prata e do ouro, e que a glória da última casa será maior do que a da primeira (Ageu 2:8,9).
No entanto, é importante que leiamos não somente os versículos que falam desta compensação, mas todo o trecho onde eles estão inseridos, e comparemos em seguida com a doutrina de Cristo (na qual está revelada e esclarecida a justiça de Deus aos homens), para que saibamos de que tipo de restituição Deus estava falando.
Vamos começar pelo profeta Joel:
Ó povo de Sião, alegre-se e regozije-se no Senhor, o seu Deus, pois ele lhe dá as chuvas de outono, conforme a sua justiça. Ele lhe envia muitas chuvas, as de outono e as de primavera, como antes fazia. As eiras ficarão cheias de trigo; os tonéis transbordarão de vinho novo e de azeite. Vou compensá-los pelos anos de colheitas que os gafanhotos destruíram: o gafanhoto peregrino, o gafanhoto devastador, o gafanhoto devorador e o gafanhoto cortador, o meu grande exército que enviei contra vocês. Vocês comerão até ficarem satisfeitos, e louvarão o nome do Senhor, o seu Deus, que fez maravilhas em favor de vocês; nunca mais o meu povo será humilhado. Então vocês saberão que eu estou no meio de Israel. Eu sou o Senhor, o seu Deus, e não há nenhum outro; nunca mais o meu povo será humilhado. E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias. Mostrarei maravilhas no céu e na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, pois, conforme prometeu o Senhor, no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento para os sobreviventes, para aqueles a quem o Senhor chamar. (Joel 2:23-32)
Hoje nós temos uma nova aliança com Deus pelo sacrifício de Jesus, e novos mandamentos para obedecer. A justiça estabelecida por Deus através de Cristo é superior a da antiga aliança, porque nos justifica do pecado, um favor que os obedientes a lei mosaica não tinham. Então, nós precisamos saber o que a doutrina de Cristo nos diz a respeito de restituição, ou que tipo de restituição primeiramente Deus está interessado em fazer por nós.
Através do ensino de Cristo sabemos que o trigo, o vinho e o azeite aos quais Deus se refere usando o profeta Joel, na verdade, são o seu próprio Filho Jesus que veio para restituir o que perdemos no início pelo pecado de Adão:
Jesus lhes disse: Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa. Este é o pão que desceu do céu. Os antepassados de vocês comeram o maná e morreram, mas aquele que se alimenta deste pão viverá para sempre". Ele disse isso quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la? Sabendo em seu íntimo que os seus discípulos estavam se queixando do que ouviram, Jesus lhes disse: Isso os escandaliza? Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir para onde estava antes! O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida. Contudo, há alguns de vocês que não crêem". Pois Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem o iria trair. E prosseguiu: "É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai". Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo. Jesus perguntou aos Doze: Vocês também não querem ir? Simão Pedro lhe respondeu: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. (João 6:53-68)
É interessante notar que, a maioria das pessoas que estavam acompanhando a Cristo em seu ministério terreno estava mesmo interessada no que poderia receber d’Ele materialmente (curas, provisão, livramentos, etc.), e não em viver eternamente; por isso ficaram escandalizadas quando Ele falou que para terem vida elas deveriam se alimentar d’Ele (beber o sangue e comer a carne de Jesus significa seguir o seu ensino, obedecer aos seus mandamentos).
Esta passagem também nos lembra que Jesus foi traído por causa de um interesse material. Judas deu mais crédito ao lucro que poderia ter entregando Jesus às autoridades, do que nas palavras d'Ele e nos milagres que via Ele realizar diante de seus olhos.
Toda a humanidade perdeu algo muito importante e mais precioso do qualquer coisa material: a vida eterna, e foi isso que Jesus Cristo veio restituir de fato. E muitos não entenderam naquela época, e ainda hoje não entendem. Se não fosse com este propósito a sua vinda, Ele mesmo não teria dito nos parágrafos anteriores a esta última passagem que lemos:
Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação. (João 6:27)
Com relação à humilhação que Deus disse pelo profeta que já não mais passaríamos (“nunca mais o meu povo será humilhado”), Cristo nos ensina que neste mundo nós teremos aflições, passaremos por humilhações por causa d'Ele, mas precisamos aguentar firmes, ou termos bom ânimo, porque Ele venceu o mundo e voltará para nos resgatar daqui; e, então, não sofreremos mais.
Deus fará justiça a nosso respeito e a respeito dos que não creem n'Ele definitivamente na eternidade, e não aqui na terra. Lembremos que, por enquanto, Ele faz cair a sua chuva para os bons e também para os maus (Mateus 5:45). Vejamos os versículos seguintes:
É justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes causam tribulação, e dar alívio a vocês, que estão sendo atribulados, e a nós também. Isso acontecerá quando o Senhor Jesus for revelado lá do céu, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder. Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho. Conscientes disso, oramos constantemente por vocês, para que o nosso Deus os faça dignos da vocação e, com poder, cumpra todo bom propósito e toda obra que procede da fé. Assim o nome de nosso Senhor Jesus será glorificado em vocês, e vocês nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. (2 Tessalonicenses 1:6-12)
O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se o dono da casa foi chamado Belzebu, quanto mais os membros da sua família! Portanto, não tenham medo deles. Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido. O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia; o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados. Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. (Mateus 10:24-28)
Enquanto estivermos seguindo a Jesus no mundo nós estamos sujeitos a perder coisas, a sofrermos prejuízos como qualquer outra pessoa. Por isso Jesus nos diz:
Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mateus 6:19-21)
Não estamos livres de sermos roubados, de perdermos coisas enquanto estivermos no mundo, por isso Jesus falou para não acumularmos tesouros na terra. Ele nos ensina que não devemos buscar riquezas materiais, mas somente o suficiente para sobrevivermos dignamente neste mundo. Segundo Cristo, devemos buscar primeiramente as bênçãos eternas.
Agora vamos entender o que está escrito no livro do profeta Ageu. Vejamos alguns trechos dos dois capítulos deste livro:
Assim diz o Senhor dos Exércitos: Este povo afirma: Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do Senhor. Por isso, a palavra do Senhor veio novamente por meio do profeta Ageu: Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída? Agora, assim diz o Senhor dos Exércitos: Vejam aonde os seus caminhos os levaram. Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Vejam aonde os seus caminhos os levaram! Subam o monte para trazer madeira. Construam o templo, para que eu me alegre e nele seja glorificado, diz o Senhor. Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que o fiz?, pergunta o Senhor dos Exércitos. Por causa do meu templo, que ainda está destruído, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. (Ageu 1:2-9)
Quem de vocês viu este templo em seu primeiro esplendor? Comparado a ele, não é como nada o que vocês vêem agora? Coragem, Zorobabel, declara o Senhor. Coragem, sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. Coragem! Ao trabalho, ó povo da terra!, declara o Senhor. Porque eu estou com vocês, declara o Senhor dos Exércitos. Esta é a aliança que fiz com vocês quando vocês saíram do Egito: Meu espírito está entre vocês. Não tenham medo. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o continente. Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Tanto a prata quanto o ouro me pertencem, declara o Senhor dos Exércitos. A glória deste novo templo será maior do que a do antigo, diz o Senhor dos Exércitos. E neste lugar estabelecerei a paz, declara o Senhor dos Exércitos. (Ageu 2:3-9)
Deus fala ao povo de Israel pelo profeta Ageu que não estava contente com a desconsideração deles na reconstrução do templo que havia sido destruído quando foram levados cativos por outros povos. Deus libertou o povo das mãos dos babilônicos e dos persas, mas, ao vê-los em desobediência a Sua Palavra, castigou-os com pragas em suas lavouras.
Isso aconteceu porque, em vez de reconstruírem o templo do jeito que era antes para continuarem obedecendo a Deus segundo as ordenanças da Lei, os israelitas estavam usando a prata e o ouro que conseguiam na construção de suas próprias casas. Como desculpa para não reconstruírem o templo que Deus lhes ordenara, diziam que ainda não era tempo de fazer aquele trabalho. Assim, eles deixaram de honrar a Deus para satisfazerem seus desejos materiais.
Desta forma, por terem usado todas as riquezas conforme suas próprias vontades, já não tinham material suficiente para reconstruírem o templo da maneira que Deus lhe havia dito. Então, depois que Deus chamou a atenção dos israelitas pelo profeta, o templo foi reconstruído com o que eles tinham à disposição: madeira. É por isso que Deus fala no capítulo 2 que aquele templo que eles estavam construindo não chegaria nem perto do esplendor que o primeiro tinha.
A prata e o ouro que os israelitas usaram na construção de suas casas, na verdade, deveria ter sido usada na construção do templo; foi por isso que Deus falou "tanto a prata como o ouro (que vocês se apropriaram e usaram ao bel prazer) me pertencem (e deveriam ter sido usados naquilo que lhes mandei)".
Porém, logo em seguida, o Senhor deixou claro que isso não tinha mais importância, pois Ele mesmo iria construir um novo templo, feito de pessoas (de todas as nações), e não mais feito de metais preciosos ou de madeira: Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória (...) A glória deste novo templo será maior do que a do antigo, diz o Senhor dos Exércitos. E neste lugar estabelecerei a paz.
Vejamos o que está escrito em 2Coríntios e 1Pedro sobre isto:
Somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. (2Coríntios 6:16)
À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado. Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não creem, a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular, e, pedra de tropeço e rocha que faz cair. Os que não creem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados. Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pedro 2:4-9)
Hoje, a paz que Deus disse que ia estabelecer neste novo templo, Ele o fez por meio de seu Filho Jesus Cristo:
Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. (João 14:27)
Portanto, Deus não está se referindo a nenhuma restituição material ao dizer "vou compensá-los pelos anos de colheitas que os gafanhotos destruíram" e que "a glória deste novo templo será maior do que a do antigo". Ele simplesmente está falando de uma compensação espiritual, infinitas vezes maior do que quaisquer restituição material, que se dá pela fé em Seu Filho.
Precisamos nos apoiar na verdade para não nos entristecermos com as adversidades que inevitavelmente acontecem, a ponto de esquecermos da promessa de vida eterna.
Vamos falar agora sobre reinar em vida e sobre a superabundante graça de Deus segundo o ensino de Cristo.
Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo. Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens. Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos. A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. (Romanos 5:17-21)
Reinar em vida é, portanto, a obtenção da graça da justificação eterna pela fé no sacrifício de Jesus e pela obediência a Sua justiça; em outras palavras, reinar em vida é viver segundo a justiça de Deus no mundo, por causa da fé, na esperança de herdar a vida eterna! E a justificação é chamada graça porque ela nos foi dada como um presente, sem sermos merecedores dela: Deus se sacrificou para nos justificar diante d’Ele mesmo porque nos ama, e ama a sua criação (João 3:16).
Há um grande equívoco de interpretação quando dizem que reinar em vida é ser materialmente abastado, ou mesmo ter todas as orações atendidas. O apóstolo Paulo revela através das cartas que fez às igrejas de sua época, que chegou a passar necessidade (Filipenses 4:10-18) enquanto servia a Deus, e que algumas vezes nós não sabemos orar como convém (Romanos 8:26,27), porque não somos perfeitos. Inclusive, mais à frente, veremos que certa vez Paulo orou e não recebeu de Deus o que pediu. Então, prestemos atenção no que está escrito na Bíblia.
Também é um grande erro confundir a superabundante graça de Deus em nos justificar eternamente de algo que não tínhamos merecimento, com o receber d'Ele coisas materiais ou sermos prósperos materialmente falando, pois o mundo é quem se apega a estas coisas.
O Apóstolo Paulo falou algo interessante sobre a graça:
Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte. (2Coríntios 12:7-10)
Deus permitiu que especificamente aquele apóstolo fosse atormentado por um mensageiro de satanás para não se ensoberbecer, devido à enorme quantidade de conhecimento concedida a Ele. Isso fazia Paulo sofrer de tal maneira que chegou a clamar três vezes ao Senhor para que aquilo parasse. No entanto, Deus não concedeu o que Paulo lhe pediu, mas apenas o lembrou: "minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".
De fato, a graça da justificação é o suficiente para qualquer um, pois é por ela que herdamos a vida eterna. Ter consciência do maravilhoso favor que recebemos de Deus eternamente nos dá consolo e refrigério verdadeiros na hora de qualquer sofrimento; por isso Paulo diz: "regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte".
Paulo se alegrava em seus sofrimentos por saber que exatamente nestas horas o poder de Deus estava se manifestando com mais intensidade pela sua vida, confirmando sua própria salvação e levando salvação à outras pessoas. Nos momentos de adversidades, então, ele estava materialmente fraco, mas, espiritualmente forte.
Concluindo, não só como foi para o Apóstolo Paulo de Tarso, mas como deve ser para todos os que estão em Cristo, a palavra válida para necessidades materiais supridas ou para uma restituição material quando Deus julgar que ela é necessária, sempre foi e sempre será esta:
Não se preocupem, dizendo: Que vamos comer? ou que vamos beber? ou que vamos vestir? Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal. (Mateus 6:31-34)
Irmãos, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo nós lhes ordenamos que se afastem de todo irmão que vive ociosamente e não conforme a tradição que vocês receberam de nós. Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Ao contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês, não porque não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês. Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: Se alguém não quiser trabalhar, também não coma. Pois ouvimos que alguns de vocês estão ociosos; não trabalham, mas andam se intrometendo na vida alheia. A tais pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranquilamente e comam o seu próprio pão. (2Tessalonicenses 3:6-12)
Pastora Oriana Barros
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