By Pastors Wendell and Oriana Costa

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O Senhor é realmente "seu pastor"? Então, você será beneficiado! - Estudo do Salmo 23.

Um dos mais belos salmos dos cento e cinquenta constantes na Bíblia é o vinte e três. A língua original em que este salmo foi escrito é o hebraico. Devido à época e local em que foi criado, seu conteúdo contém elementos da cultura do antigo povo hebreu, não muito conhecidos na atualidade, mas que serão explicados ao longo deste estudo. 

O Salmo 23 foi escrito por um dos mais famosos reis de Israel, o Rei Davi, há aproximadamente mil e quinhentos anos antes do Senhor Jesus Cristo deixar seu trono na eternidade e vir até nós; ele se inicia com uma frase especial: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará". 

Isso quer dizer que, "quando eu me deixo conduzir pelo Senhor, abdicando da minha própria vontade para dar lugar a d'Ele, não sentirei falta de nada, porque Ele me suprirá de tudo o que eu necessitar, e com isso estarei plenamente satisfeito".

A partir desta frase, então, entendemos que se buscarmos a Deus de todo o coração e aprendermos a Sua vontade, de forma a conduzirmos nossas vidas totalmente e somente apoiados na justiça d'Ele, ou, de forma que todas as nossas decisões estejam de acordo com ela, absolutamente nada nos faltará. A justiça de Deus é perfeita, infalível, imutável, digna de total confiança, e se encontra revelada (ou esclarecida, para que possamos entendê-la melhor) no ensino de Cristo, nos livros do Novo Testamento.

Davi, antes de assumir o trono de Israel, foi pastor de ovelhas em sua juventude, e por isso usou sua vivência na área de criação desta espécie de gado para fazer uma sábia comparação: ele descreve Deus como um pastor de ovelhas cuidadoso, e quem se deixa guiar pela vontade de Deus, como uma ovelha que este bom e eficiente pastor conduz.

Assim, no Salmo 23, percebemos que após o Rei Davi dizer que o Senhor era o pastor dele e por isso nada lhe faltaria, ele prossegue explicando como é que o seu pastor fazia para que realmente ele não sentisse falta de coisa alguma. Vamos, a seguir, analisar versículo a versículo, sobre o quê realmente o nosso famoso salmista está falando:

"Deitar-me faz em verdes pastos" (versículo 2); isso significa que, assim comoum pastor cuidadoso se empenhava em levar suas ovelhas a locais bem providos de pasto, onde pudessem se alimentar bem e depois descansarem seguras, Deus sempre o levava a descansar num local confortável, com comida suficiente e bem abrigado. Assim, Davi podia estar tranquilo ainda que estivesse sendo perseguido, ou seja, Deus estava dando conforto material e mental ao Rei Davi, em recompensa a sua obediência a Ele.

"Guia-me mansamente à águas tranquilas" (versículo 2); quando Davi disse isso, foi usando o conhecimento de que um pastor de ovelhas precisa levar seu gado a beber água num lugar onde não corra perigo de ser atacado por animais selvagens, e onde as correntes de água não sejam violentas a ponto de arrastar os animais e matá-los afogados ao entrarem nela para beber. Então, aqui Davi declara que Deus lhe guardava a vida enquanto ele estava sendo provido, lhe conduzindo a estar em locais onde pudesse estar saciado e descansado, despreocupado da maldade dos outros e das adversidades da vida.

"Refrigera a minha alma" (versículo 3); na Bíblia NVI, encontramos a seguinte frase: "Restaura-me o vigor". Aqui, nosso salmista deixa claro que Deus fazia de tudo para que ele se sentisse bem, assim como um bom pastor primava no cuidado de seu rebanho. Deus não deixava que o Rei Davi permanecesse fraco após enfrentar alguma situação difícil em sua vida, mas sempre restaurava-lhe as forças mentalmente e fisicamente para que ele tivesse ânimo e convicção de continuar obedecendo aos Seus mandamentos. 

"Guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome" (versículo 3); com isso o salmista declara que o Senhor estava lhe abrindo sempre os olhos para entender a justiça de Seu Reino, e também ajudando-o a andar nela, na medida em que ele demostrava seu amor a Deus se propondo a obedecer aos seus mandamentos, ainda que não os compreendesse claramente a princípio. Hoje, Deus tem revelado à toda humanidade a justiça do Seu Reino através do ensino de Seu Filho Jesus Cristo. Quem escolhe aprendê-la e praticá-la, está se deixando guiar por Deus e está provando de fato seu amor a Ele.    

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam" (versículo 4); na Bíblia NVI, encontramos o seguinte: "Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem". Davi se sentia seguro e confiante mesmo em situações muito difíceis, porque sabia que Deus estava com Ele.

E como é que o Rei Davi sabia que Deus estava com ele, se não podia vê-lo? Nosso salmista responde isso na frase seguinte: "a tua vara e o teu cajado me consolam"; com isso ele está dizendo que, mesmo sem ver a Deus, percebia que estava sendo consolado e corrigido por Ele todo o tempo, nas mais diversas situações. Mais uma vez o salmista usa seus conhecimentos de pastor de ovelhas para fazer uma comparação entre o cuidado de Deus para com os que obedecem a Ele, e o cuidado que um pastor tem por seu rebanho.

A vara do pastor de ovelhas na verdade é a parte inferior do cajado, que serve para açoitá-las quando elas se afastam do lugar em que devem ficar reunidas; e o gancho (a parte superior e curva do cajado), é usado para retirar as ovelhas que acidentalmente caem em buracos ou em valas ao se afastarem do caminho.

Sem querer, no versículo 4 do Salmo 23, o Rei Davi acaba se declarando uma pessoa imperfeita e falha, ao dizer que a vara e o cajado do Seu Pastor o consolavam. Ele deixou aparente, de forma indireta, que não conseguia obedecer a Deus sempre, que não conseguia deixar de pecar totalmente, apesar de amá-lo e buscar conhecê-lo. Porém, perceber que estava sendo castigado e corrigido pelo Senhor lhe servia de consolo, pois, essa era uma das maneiras pelas quais Davi sabia que estava sendo considerado por Deus e que o Senhor estava a favor dele, ou, estava com ele, ainda que sua vida estivesse em perigo.

"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda" (versículo 5); na Bíblia NVI, encontramos o seguinte: "Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice". Neste trecho o salmista declara que, ao se deixar ser conduzido por Deus, este lhe considera e lhe favorece de várias formas diante daqueles que querem lhe fazer mal. 

Na cultura do povo hebreu, preparar um banquete para alguém, ou passar óleo perfumado na cabeça ou no corpo de alguém durante um banquete eram formas solenes de homenagear, de declarar ao outro a consideração, o apreço e a satisfação em ter a presença desta pessoa por perto. E quando Davi diz que durante este banquete Deus, além de perfumá-lo com óleo, ainda fazia o seu cálice transbordar, ele está querendo dizer que Deus estava lhe favorecendo de forma abundante, de maneira que até os que estavam próximos poderiam ser favorecidos também. 

"Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias" (versículo 6). O Rei Davi conclui o salmo declarando que ao se deixar guiar por Deus seria sempre favorecido por Ele, ou seja, Deus seria sempre bom e misericordioso com ele enquanto vivesse; e esta bondade e misericórdia seriam manifestas de uma tal forma que seus dias sobre a terra seriam muitos. 

Quando o salmista declara "habitarei na casa do Senhor por longos dias", ele está dizendo que Deus lhe concederá muitos anos de vida, lhe concederá longevidade. A "casa do Senhor" à qual Davi se refere é o seu corpo, onde habita o seu espírito. 

Observamos, portanto, que o Salmo 23 é mais um dos vários trechos da Bíblia onde encontramos uma garantia escrita de que Deus favorece aqueles que buscam aprender e viver segundo a Sua reta justiça.

Na liturgia judaica, conforme o que está escrito na Torah (em hebraico), o Salmo 23 também é lido e entendido assim:

O Eterno é meu pastor e nada me faltará. Far-me-á repousar em pastos verdejantes e me conduzirá por um lugar de plácidas águas. Minha alma será restaurada; guiar-me-á nas veredas da justiça por amor de Seu Nome. Se tiver que seguir pelo sombrio vale da morte, não recearei mal nenhum, porque Tu estarás comigo. Teu apoio depois do Teu castigo ser-me-ão por consolo. Diante de mim preparará uma mesa de delícias na frente dos meus inimigos. Ungir-me-á com óleo de unção a minha cabeça e o meu cálice transbordará de fartura. Unicamente a felicidade e a misericórdia seguir-me-ão durante a minha vida. E o meu habitar será por longos dias na mansão do Eterno. 

Pastora Oriana Costa.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A violência vai crescendo, e a medida da maldade está para ser atingida.

É fácil observar como a violência tem aumentado nas vidas das pessoas, dia após dia, no mundo inteiro. Há violência no trânsito, há violência no trato uns com os outros, há violência dentro das casas, entre marido e mulher, entre pais e filhos; há violência nas escolas, entre os profissionais, entre professores e alunos, e de alunos para alunos. 

Há violência nos hospitais, e nos locais de trabalho. Há violência nos governos, entre eles mesmos, e dos governos para os povos. Há violência até onde não esperamos: dentro da igreja, e, ainda, atentamos contra nossas próprias vidas, individualmente! Os desejos e vaidades dos seres humanos tem-lhes levado a serem violentos contra seus próprios corpos.

A maldade nos corações dos homens tem crescido tão rapidamente, que as leis que os governos instituem para detê-la e puní-la agora estão sendo criadas a favor dela. 

Este é o sinal que mostra o quanto as pessoas estão cada vez mais longe de Deus, e agindo contra Ele. Quanto mais perto de Deus estamos, mais mansos, pacíficos, quebrantados e humildes somos; quanto mais longe d'Ele, mais mesquinhos, contenciosos, egoístas e insensatos nos tornamos. 

A maldade é algo espiritual e não pode ser vencida pela inteligência ou pela sabedoria humana; para vencermos a maldade é necessário o conhecimento e a presença de Deus. Não é à tôa que encontramos estas palavras na Bíblia: 

O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra; e isso cortou-lhe o coração. (...) Ora, a terra estava corrompida aos olhos de Deus e cheia de violência. Ao ver como a terra se corrompera, pois toda a humanidade havia corrompido a sua conduta, Deus disse a Noé: Darei fim a todos os seres humanos, porque a terra encheu-se de violência por causa deles. Eu os destruirei juntamente com a terra. (Gênesis 6:5-13) 

A crescente violência no meio das pessoas daquele tempo mostra o quanto elas estavam longe de Deus. Elas receberam um julgamento infeliz por sua conduta. E elas não puderam fugir para escapar do que Deus lhes havia designado.

Quando Deus submergiu a terra com água, deixando vivos Noé e sua família, Ele não retirou o mal de dentro do coração deles. Tanto é que logo depois que saíram da arca, a maldade começou a se manifestar novamente, e a se multiplicar rápido, como foi depois do pecado de Adão até antes do dilúvio:

Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar uma vinha. Bebeu do vinho, embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda. Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai e foi contar aos dois irmãos que estavam do lado de fora. (Gênesis 9:20-22) - Aqui é relatado o primeiro caso de embriaguez intensional após o dilúvio (antes desse evento as pessoas já conheciam bebidas alcoolicas), o primeiro caso de libertinagem provocado pelo excesso no consumo de bebida alcoolica (...ficou nú dentro de sua tenda...) e o primeiro caso de bissexualidade que temos notícia na história, onde o próprio filho abusa sexualmente do pai, se aproveitando da sua embriaguez (...Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai...). Onde lemos "viu a nudez", neste trecho bíblico, devemos entender como "fez sexo".

Hoje, todas as nações da terra estão sendo julgadas por sua maldade e falta de arrependimento. Apesar de muitos não se darem conta disso, tudo de ruim que anda acontecendo ao redor da terra em tantos lugares, é proveniente de uma julgamento eterno, feito pelo Rei Jesus Cristo. É Ele quem governa as nações e as julga todo o tempo, ainda que muitos não acreditem ou não entendam.

Quem já leu o capítulo 28 do livro de Deuteronômio (lembrando que ele foi escrito por Moisés há aproximadamente três mil e quinhentos anos atrás!), se deparou com palavras que, certamente, lhe fizeram refletir não somente sobre sua própria conduta, mas também a da maioria das pessoas de sua nação e de outras ao redor do mundo.

Deus está julgando não só Israel, mas, todas nações da terra, exatamente segundo o que está escrito nesse capítulo. Vejamos o que consta a partir do versículo 15 (por se tratar de um texto longo, algumas partes estão substituídas por reticências, mas poderão ser devidamente conferidas na Bíblia):

Entretanto, se vocês não obedecerem ao Senhor, ao seu Deus, e não seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos e decretos que hoje lhes dou, todas estas maldições cairão sobre vocês e os atingirão: Vocês serão amaldiçoados na cidade e serão amaldiçoados no campo. (...) Vocês serão amaldiçoados em tudo o que fizerem. O Senhor enviará sobre vocês maldições, confusão e repreensão em tudo o que fizerem, até que vocês sejam destruídos e sofram repentina ruína pelo mal que praticaram ao se esquecerem dele. O Senhor os encherá de doenças até bani-los da terra em que vocês estão entrando para dela tomar posse. O Senhor os ferirá com doenças devastadoras, febre e inflamação, com calor abrasador e seca, com ferrugem e mofo, que os infestarão até que morram. (...) O Senhor fará que vocês sejam derrotados pelos inimigos. Vocês irão a eles por um caminho, e por sete fugirão, e vocês se tornarão motivo de horror para todos os reinos da terra. (...) O Senhor os afligirá com loucura, cegueira e confusão mental. (...) Vocês não serão bem sucedidos em nada que fizerem; dia após dia serão oprimidos e roubados, sem que ninguém os salve. Você ficará noivo de uma mulher, mas outro homem a possuirá. Construirá uma casa, mas não morará nela. Plantará uma vinha, mas não provará dos seus frutos. O seu boi será abatido diante dos seus olhos, mas você não comerá da sua carne. O seu jumento lhe será tirado à força e não lhe será devolvido. As suas ovelhas serão dadas aos inimigos, e ninguém as livrará. Os seus filhos e as suas filhas serão entregues a outra nação e os seus olhos se consumirão à espera deles, dia após dia, sem que você possa erguer uma só mão para trazê-los de volta. Um povo que vocês não conhecem comerá aquilo que a terra e o seu trabalho produzirem, e vocês sofrerão opressão cruel todos os seus dias. Aquilo que os seus olhos virem os levarão à loucura. (...) Vocês serão motivo de horror e motivo de zombaria e de riso para todas as nações para onde o Senhor o levar. Vocês semearão muito em sua terra, mas colherão bem pouco, porque gafanhotos devorarão quase tudo. (...) Os estrangeiros que vivem no meio de vocês progredirão cada vez mais, e cada vez mais vocês regredirão. Eles lhes emprestarão dinheiro, mas vocês não emprestarão a eles. Eles serão a cabeça, e vocês serão a cauda. Todas essas maldições cairão sobre vocês. Elas o perseguirão e o alcançarão até que sejam destruídos, porque não obedeceram ao Senhor, ao seu Deus, nem guardaram os mandamentos e decretos que ele lhes deu. (...) Uma vez que vocês não serviram com júbilo e alegria ao Senhor, ao seu Deus, na época da prosperidade, então, em meio à fome e à sede, em nudez e pobreza extrema, vocês servirão aos inimigos que o Senhor enviará contra vocês. Ele porá um jugo de ferro sobre o seu pescoço, até que os tenham destruído. O Senhor trará, de um lugar longínquo, dos confins da terra, uma nação que virá contra vocês como a águia em mergulho, nação cujo idioma não compreenderão, nação de aparência feroz, sem respeito pelos idosos nem piedade para com os moços. Ela devorará as crias dos seus animais e as plantações da sua terra até que vocês sejam destruídos. Ela não lhes deixará cereal, vinho, azeite, como também nenhum bezerro ou cordeiro dos seus rebanhos, até que vocês sejam arruinados. Ela sitiará todas as cidades da sua terra, até que caiam os altos muros fortificados em que vocês confiam. Sitiará todas as suas cidades, em toda a terra que o Senhor, o seu Deus, lhe dá. Por causa do sofrimento que o seu inimigo lhes infligirá durante o cerco, vocês comerão o fruto do próprio ventre, a carne dos filhos e filhas que o Senhor, o seu Deus, lhes deu. Até mesmo o homem mais gentil e educado entre vocês não terá compaixão do seu irmão, da mulher que ama e dos filhos que sobreviverem, de modo que não dará a nenhum deles nenhum pedaço da carne dos seus filhos que estiver comendo, pois nada lhe sobrará devido aos sofrimentos que o seu inimigo lhe infligirá durante o cerco de todas as suas cidades. A mulher mais gentil e delicada entre vocês, tão delicada e gentil que não ousaria encostar no chão a sola do pé, será mesquinha com o marido a quem ama e com o filho e a filha, não lhes dando a placenta do ventre nem os filhos que gerar. Pois a sua intenção é comê-los secretamente durante o cerco e no sofrimento que o seu inimigo infligirá a você em suas cidades. Se vocês não seguirem fielmente todas as palavras desta lei, escritas neste livro, e não temerem este nome glorioso e terrível, o Senhor, o seu Deus, ele enviará pestes terríveis sobre vocês e sobre os seus descendentes, desgraças horríveis e prolongadas, doenças graves e persistentes. Ele trará sobre vocês todas as temíveis doenças do Egito, e vocês as contrairão. O Senhor também fará vir sobre vocês todo tipo de enfermidade e desgraça não registradas neste Livro da Lei, até que sejam destruídos. (...) Vocês viverão em constante incerteza, cheios de terror, dia e noite, sem nenhuma segurança na vida. De manhã dirão: Quem me dera fosse noite! E de noite: Ah, quem me dera fosse dia!, por causa do terror que lhes encherá o coração e por aquilo que os seus olhos verão. (Deuteronômio 28:15-67)

O apóstolo Paulo também fala aos cristãos romanos como Deus está julgando os que se fazem Seus inimigos: Ele está permitindo que as pessoas se entreguem a si mesmas, aos seus próprios pensamentos e as suas próprias paixões, e não enxerguem que estão erradas. O Senhor está julgando desta forma, pois só Ele sonda o íntimo dos corações e consegue ver os que estão se satisfazendo nos erros que cometem, e não querem se aproximar de Seu Criador.

A ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam. (Romanos 1:18-32)

Quem estiver contemplando estes julgamentos em sua cidade, estado, país, ou em outros países, não é por mera coincidência ou por acaso. Deus está realmente cumprindo o que decretou, sem falhar!  Ele somente está livrando deste julgamento quem se arrepende de sua má conduta pela fé em Jesus, e procura obedecê-lo de todo o coração. Porém, todo este julgamento é temporário, e um outro, maior do que este e definitivo, está cada vez mais perto de acontecer.  

A Bíblia nos fala o que está designado para toda a humanidade, para os que insistirem em continuar se colocando contra seu Criador, se fazendo Seus inimigos: sofrerão uma nova destruição, porém, desta vez, não existirá uma arca para os justos se abrigarem; no lugar da arca, Deus colocou Jesus Cristo. Os que crerem nele e obedecerem aos seus mandamentos serão levados da terra e poderão voltar ao Reino de Deus, e os que ficarem nela terão o desprazer de colherem o que semearam ao longo dos séculos, recebendo, por fim, a morte eterna de presente. 

E pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios. Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. (2 Pedro 3:6-10)

O tempo está se esgotando, e sabemos isso pelos sinais que estão se cumprindo, conforme declara a própria palavra de Deus.

Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações se verão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem com poder e grande glória. (Lucas 21:23-27)

Eis aqui, alguns links de sites que contém o relatório de estudos recentes feitos sobre a violência no Brasil e também no mundo. Acesse e confira: No Brasil: clique aqui. No mundo: clique aqui (Líbia); clique aqui (República centro-africana); clique aqui (Cisjordânia); clique aqui (violência contra mulheres e jovens).  


Pastora Oriana Costa.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Para quê os cristãos devem buscar se reunir ou congregar?

A pergunta do título deste texto parece não ter sentido, quando se trata de perguntar aos ditos cristãos o motivo pelo qual devem se reunir.  

No entanto, diante dos acontecimentos atuais, principalmente do grande crescimento e valorização da indústria e da cultura do entretenimento, a verdadeira igreja do Senhor Jesus precisa estar atenta ao fato de que não deve buscar se reunir somente movida por diversões, eventos festivos ou glamurosos. Estas coisas podem existir, mas, esporadicamente, e não constantemente.

É um grave problema quando cristãos se reunem num lugar movidos por propósitos que saem fora do foco da salvação, pois, no momento em que eles não acontecem, as pessoas ficam desmotivadas a se reunirem para adorarem juntos ao Rei dos reis, orarem por diversos motivos juntos e compartilharem a fé para continuarem perseverando em rejeitar todo o mal até o fim; e estes, certamente, são os verdadeiros propósitos pelos quais os seguidores de Cristo devem se reunir num lugar. 

Deixando à parte outras motivações que também saem do foco do evangelho, observa-se que muitas pessoas só vão ao local de reuniões da igreja por saberem que lá vai ter entretenimentos, como um bom show musical, uma apresentação teatral, um congresso gospel badalado, ou pela boa oratória de um pregador famoso. 

Outros somente vão às congregações cristãs para participarem da comemoração do aniversário de alguém, ou por causa da celebração de um dia diferenciado dos outros pela cultura ou pela religião, como páscoa, dia das mães, dia dos pais, Natal, Ano Novo, etc.  

Contudo, no Novo Testamento, na carta aos cristãos hebreus, está escrita a seguinte orientação: 

Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. (Hebreus 10:23-27)

As orientações acima estão escritas no plural, dando a entender que é algo feito em conjunto e não individualmente. Então, o incentivo ao amor e às boas obras, o encorajamento mútuo a perseverar na fé e fugir do pecado, rejeitando tudo aquilo que vai de encontro à justiça de Deus, principalmente ao percebermos os sinais que avisam a proximidade da segunda vinda de Cristo, só podem acontecer entre pessoas que se reunem regularmente; é impossível que estas ações aconteçam entre pessoas que somente se encontram algumas poucas vezes durante o ano, e estando ainda muito ocupadas, ou com suas atenções voltadas para algo que as entrete. 

Ao lermos o trecho bíblico da carta aos hebreus percebemos com facilidade que o congregar deve ser motivado pela santificação da igreja, principalmente quando se nota que a volta de Cristo está às portas. 

Então, os cristãos devem buscar congregar para se manterem firmes na fé e vigilantes, exortando e consolando uns aos outros de forma que continuem rejeitando toda a forma de injustiça, abandonando práticas que contrariam a justiça de Deus revelada no ensino de Cristo.

O evangelho de Jesus Cristo é simples, e nos ensina a levarmos uma vida pacífica e verdadeira; ele é tão simples, que muitas vezes é difícil para o aceitarmos e vivermos conforme, tamanho é o mal costume das nossas almas a terem todas as suas vontades sempre satisfeitas; elas se sentem confortáveis dessa maneira, sem se darem conta de que estão agindo contra Deus. 

A pureza, a longanimidade, a constância, a simplicidade, a verdade, a prudência, a humildade e a integridade do evangelho da salvação são um forte desafio para a vaidade, a ganância, a inveja, o medo, a inconstância e o egoísmo que estão em nossas almas. 

Se o maior sonho ou o maior desejo de alguém não for buscar ver face do Senhor, de forma que possa encontrá-la sorridente e receptiva no grande Dia que se aproxima, ir ao local onde verdadeiros seguidores de Cristo estão reunidos será uma ação sem graça e até desconfortável, pois lá não estará acontecendo aquilo que satisfaz nossas almas ou o que satisfaz os desejos da carne.


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Tão-somente apeguem-se com firmeza ao que vocês têm, até que eu venha. Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações. (Como está escrito sobre mim:) Ele as governará com cetro de ferro e as despedaçará a um vaso de barro - Eu lhes darei esta mesma autoridade que recebi de meu Pai. Também lhe darei a estrela da manhã. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Apocalipse 2:25-29)



Pastora Oriana Costa. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade.

No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. (João 4:23-24)
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Deus se alegra muito quando o louvamos e o adoramos. Contudo, muitos pensam que somente é possível louvar e adorar a Deus cantando ou tocando algum instrumento musical. Isso é um grande engano! 

De fato, a adoração que Deus recebe é aquela feita em espírito e em verdade, ou seja, Deus só é adorado realmente quando aquilo que estamos fazendo é de todo o coração, independentemente do dia, da hora ou do local onde estamos, e, também, quando esta ação está sendo movida pela fé verdadeira, advinda do conhecimento de Cristo. 

Então, Deus pode e quer ser adorado, não somente através de todas as artes que existem, mas, também e especialmente, com toda a nossa vida, do momento em que acordamos até o momento do nosso descanso no fim do dia; Ele observa se nossas ações estão acontecendo em amor a Ele, em respeito e consideração ao perdão que Ele liberou a todos eternamente, perdão que somente adquirimos consciência através da compreensão da mensagem de salvação. Jesus fez menção a esta adoração ao comentar sobre a atitude de uma certa viúva muito pobre que estava ofertando tudo o que tinha no templo:

Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver. (Marcos 12:41-44)

Aquela viúva adorou a Deus de todo o coração, contribuindo com tudo o que tinha em dinheiro para a manutenção do serviço sacerdotal no templo. Ela não fez aquilo por obrigação, mas, por conhecer a Deus através de ouvir as escrituras (as mulheres daquele tempo e cultura não sabiam ler) e de contemplar a manifestação do poder de Deus em sua própria vida, e estar realmente grata a Ele por tudo. 

O fato de alguém não saber cantar ou não se sentir bem cantando, ou não saber tocar um instrumento musical, não significa que não possa adorar a Deus. No mundo, todos tem capacidade de produzir sons de várias maneiras, mas nem todos os seres humanos são cantores, nem todos gostam de cantar, nem todos são músicos, e Deus não é um rei que obriga seus súditos a adorá-lo somente através da música.

Se alguém se considera um bom cantor e/ou um bom músico, e acha que somente ao executar um bom serviço musical no momento do culto congregacional a Deus está com isso adorando bem ao Rei dos reis, está equivocado. Nenhuma ação executada num culto a Deus que não for movida pela fé na mensagem de salvação é recebedida como adoração pelo Senhor. Deus não pode ser adorado por quem não o conhece. Por isso lemos o seguinte, no livro de Salmos, e, também, nos evangelhos:

Eu te louvarei de coração sincero quando aprender as tuas justas ordenanças. (Salmos 119:7)

Jesus respondeu: Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus! (Mateus 22:29)

Ao lermos os evangelhos e as cartas dos apóstolos às congregações cristãs de suas épocas, notamos que muito pouco se fala sobre adorar a Deus exclusivamente com cânticos ou com música, porém, enfatiza-se a adoração a Deus com obras de justiça em suas vidas cotidianas. Isso podemos perceber na carta que o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos efésios, quando ele os orienta, dentre outras coisas, a substituírem a alegria escandalosa e enganosa provocada pela embriaguez alcoolica que fazia parte de suas rotinas, pela alegria vinda da sobriedade dos cânticos, salmos e hinos de louvor e gratidão a Deus:

Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. Porque aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. Mas, tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas. Por isso é que foi dito: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá sobre ti. T enham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. (Efésios 5:8-21)

Ao lermos todo o capítulo 5 da carta do apóstolo Paulo aos efésios percebemos que o foco da exortação é um alerta para que os cristãos de Éfeso abandonassem sua antiga maneira de viver e passassem a viver conforme a justiça do Reino de Deus. Ele usou a frase "deixem-se encher pelo Espírito", para que aqueles cristãos pudessem encontrar forças não em si mesmos, mas em Cristo, para que abandonassem o pecado e passassem a viver em novidade de vida. Nosso apóstolo também deixa claro que um dos sinais de quem está vivendo em novidade de vida é a mudança na maneira de falar, quando diz "falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais (...) dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas (...)".   

Uma adoração feita somente com "orações e cânticos", numa situação inusitada (totalmente doloridos por terem sido surrados), hora imprevista (no meio da noite, enquanto todos dormiam) e lugar inesperado (numa prisão de segurança máxima), e sem o acompanhamento de qualquer instrumento musical, foi muito bem recebida por Deus. 

E Ele gostou tanto de ser adorado daquela maneira que abriu a cadeia e libertou estes seguidores de Cristo tão dedicados: o apóstolo Paulo e seu companheiro Silas, que haviam sido presos acusados injustamente de perturbarem a cidade de Filipos, ao apregoarem a mensagem de salvação eterna e darem um dos sinais descritos pelos que creem nela, que é expulsar demônios (Marcos 16:17); Filipos era uma colônia romana na antiga região da Macedônia. Vejamos, a seguir, a história completa:

Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação. Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela! No mesmo instante o espírito a deixou. Percebendo que a sua esperança de lucro tinha se acabado, os donos da escrava agarraram Paulo e Silas e os arrastaram para a praça principal, diante das autoridades. E, levando-os aos magistrados, disseram: Estes homens são judeus e estão perturbando a nossa cidade, propagando costumes que a nós, romanos, não é permitido aceitar nem praticar. A multidão ajuntou-se contra Paulo e Silas, e os magistrados ordenaram que se lhes tirassem as roupas e fossem açoitados. Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu instrução para vigiá-los com cuidado. Tendo recebido tais ordens, ele os lançou no cárcere interior e lhes prendeu os pés no tronco. Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. Mas Paulo gritou: Não faça isso! Estamos todos aqui! O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Então levou-os para fora e perguntou: Senhores, que devo fazer para ser salvo? Eles responderam: Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa. E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados. Então os levou para a sua casa, serviu-lhes uma refeição e com todos os de sua casa alegrou-se muito por haver crido em Deus. (Atos 16:16-34)


A adoração feita por estes dois irmãos em Cristo foi verdadeira, pois estava sendo movida pelo amor que eles tinham ao Senhor, que era proveniente do conhecimento que tinham acerca d'Ele, e estava sendo executada independente do sofrimento que enfrentavam naquele momento. Eles estavam gratos a Deus por terem conseguido anunciar o Reino d'Ele até ali, mesmo que aquele cárcere fosse o fim da linha para eles.

Eles não estavam orando e cantando por obrigação, mas por gratidão a Deus. Estavam cultuando a Deus na prisão, humilhados pelos romanos, surrados, doloridos, ameaçados de morte, e isto tudo depois de terem anunciado a boa nova da salvação eterna da parte de Deus àquelas pessoas, e ainda terem ajudado uma mulher a ser liberta de uma opressão demoníaca. 

Paulo e Silas não estavam interessados em mostrar aos outros que tinham conhecimento musical ao cantarem, ou que sabiam falar bem em público ao orarem na prisão. Eles homenagearam e louvaram a Deus como Ele merece, de todo o coração, por conhecerem a justiça do Reino e por terem sido escolhidos por Deus para anunciá-lo! Isso fez com que Deus cooperasse com eles (Marcos 16:20), e se movesse para ajudá-los; dessa forma, eles não somente puderam continuar apregoando a mensagem de salvação naquele mesmo lugar, o que resultou na conversão do carcereiro e sua família, como também impulsionou-os a seguir viagem e continuarem com o mesmo trabalho nas cidades de Anfípolis, Apolônia e Tessalônica.

Assim, todos os dias, Deus está dando a Sua Igreja oportunidades de adorá-lo primeiramente com suas atitudes no mundo! Deus espera que, antes de se reunirem para cultuá-lo em algum lugar, os seus filhos aprendam a justiça do Reino para andar nela de todo o coração, por gratidão e respeito à graça da salvação eterna concedida a toda humanidade, a fim de compartilharem a mensagem de salvação corretamente onde quer que estejam. 

Durante um momento de culto congregacional a Deus, portanto, músicos, cantores, dançarinos, pintores, poetas, oradores, professores, pastores, evangelistas, profetas e todas as pessoas que trabalham nos demais serviços de apoio para que a boa nova do Reino de Deus continue sendo divulgada na terra, já estão (ou pelo menos deveriam estar) adorando e louvando a Deus com suas vidas diariamente, antes mesmo de chegarem ao local da reunião, quer cantem e/ou toquem alguma música gospel ou algum hino da harpa, ou não.

Pastora Oriana Costa.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Como Deus se revela a alguém?

A pergunta do título do nosso estudo bíblico é interessante, tendo em vista que toca em um anseio comum a pessoas de várias religiões, e até mesmo de quem não tem nenhuma. 

A resposta exata da pergunta, porém, pode não satisfazer a todos, pois ela se encontra na própria palavra de Deus: somente através dela é que Ele se revela para os que o buscam. Nem todas as pessoas que gostariam que o Criador se revelasse a elas acreditam que os registros bíblicos são verdadeiros, e, por isso, não estão dispostas a cumprir os requisitos neles enumerados para que, enfim, cheguem a conhecer o Senhor de fato.
     
Aos que acreditam que o conteúdo da Bíblia é verdadeiro, é preciso o entendimento de duas coisas importantes: primeiro, que as informações bíblicas servem para nos guiar em nosso comportamento no mundo, especialmente em como devemos proceder para agradarmos a Deus; contudo, e em segundo lugar, a realidade espiritual para a qual estas informações apontam, e que é manifesta pela ação do poder divino, não pode ser assimilada da mesma forma que fazemos no mundo material.

O poder de Deus, que é eterno, e geralmente chamado de "unção" no meio evangélico, é algo espiritual, e por isso não pode ser compreendido pela inteligência humana ou através do ensinamento humano, mas somente assimilado por sua ação. É preciso ter os olhos e os ouvidos espirituais abertos para que possamos percebê-lo, e só Deus tem o poder de abri-los, conforme sonda o nosso coração e vê se realmente o amamos. Por isso o Senhor Jesus alertou:

Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair. (João 6:44)

Quando anunciava o Seu Reino, o Rei Jesus repetia sempre estas frases: "olhos para ver" e "ouvidos para ouvir". Quando Ele falava estas palavras, estava querendo dizer que muitos dos que estavam ali a sua volta sabiam muito das escrituras, e queriam aparentar ser muito religiosos, mas não estavam buscando a Deus de todo o coração, e por isso estavam cegos e surdos quanto à realidade espiritual.   

Assim, da mesma forma que encontramos escrito na Bíblia que precisamos ler e meditar nas escrituras e também sermos ministrados sobre seu conteúdo (confira em Josué 1:7,8 - Salmos 119:15;48;148 - 1Timóteo 3:14-17), a fim de que aprendamos a justiça do Reino de Deus e andemos nela, também encontramos escrito que não precisamos que ninguém nos ensine sobre a realidade espiritual, porque esta só Deus tem poder e autoridade para nos revelar (confira em Jeremias 31:34 - 1Coríntios 2:4,5 - Hebreus 8:10,11 - 1João2:27).

Também é importante entendermos que o requisito principal para que Deus se revele a alguém, é que Ele deve ser buscado de todo o coração (confira em Jeremias 29:13). E para buscarmos a Deus de todo o coração não há outro caminho, senão através da leitura e meditação das escrituras bíblicas, sem duvidarmos delas e dispostos a cumprir o que Deus nos ensina por elas.

Muitas pessoas desejam receber a revelação de Deus, mas, não estão dispostas a viver neste mundo conforme a justiça do Reino, por não confiarem plenamente naquilo que o Criador expõe em Sua Palavra. 

Então, existem muitas pessoas que até sabem as escrituras de cor, e são capazes de declamarem muitos versículos da Bíblia sem abri-la para lê-los, porém, preferem andar conforme suas próprias justiças, contrariando a justiça estabelecida por Deus eternamente.  

Por isso, o Senhor Jesus nos fala que, para Deus se revelar a alguém, é necessário antes o indivíduo considera-lo de todo o coração, buscando aprender e obedecer aos mandamentos d'Ele, fundamentando sua vida nesta sabedoria e tomando suas decisões com base nela. 

As ordenanças do Reino de Deus estão devidamente esclarecidas no ensino de Cristo (confira em Romanos 1:17); ele se encontra nos evangelhos e cartas dos apóstolos dirigidas à igreja, e que reunidos compõem o Novo Testamento. Então, vejamos o que o Rei dos reis nos declara: 

Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês. Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês. Dentro de pouco tempo o mundo já não me verá mais; vocês, porém, me verão. Porque eu vivo, vocês também viverão. Naquele dia compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês. Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele. (João 14:15-21) 

Concluindo, Deus promete se revelar a qualquer pessoa que, em primeiro lugar, creia que Ele existe, ou seja, não duvide d'Ele e de Sua Palavra, que tenha fé verdadeira n'Ele; e, em segundo lugar, que busque aprender os mandamentos do Seu Reino para andar neles, movido por esta fé. 

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. (Hebreus 11:6)

Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz. (Tiago 1:5-8)

Pastora Oriana Costa.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Seis pontos que nos ajudam a entender a importância do perdão.

Este estudo bíblico é especialmente dedicado à igreja do Senhor Jesus Cristo, para colaborar em sua santificação, expondo a todos a verdade do evangelho sobre o tema "perdão".  

Assim, nos parágrafos a seguir, vamos ler e meditar em seis pontos muito importantes sobre uma das ações fundamentais à manutenção da fé evangélica, que é perdoar. 

1-Para perdoarmos de verdade é necessário ter fé. A falta de perdão é sinal de que há falta de fé verdadeira, e é pecado, pois é desobediência a Deus. 

O verdadeiro perdão não vem de sentimentos, nem da vontade humana, mas da fé em Deus, e faz parte do mandamento de Cristo para a Nova Aliança que Ele fez com todos os homens:

Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. (Colossenses 3:12-14)

Então, percebemos que o apóstolo Paulo deixa claro aos cristãos colossenses que perdoamos o nosso próximo não porque sentimos vontade de perdoar, mas por sabermos que Deus perdoou nossas ofensas a Ele eternamente. Perdoar é, portanto, uma ordenança de Cristo para os que O seguem. 

Quando Jesus ensinou seus discípulos a orar, Ele explicou-lhes o seguinte:

Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém. Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas. (Mateus 6:9-15)

Sem crer em Deus é impossível perdoar de verdade, pois o que impulsiona o verdadeiro perdão é crer que Deus existe, que Ele é real, e que cumpre tudo o que nos promete em Sua palavra. E a promessa que Deus nos faz é que, se perdoarmos a quem nos ofendeu, Ele nos perdoa eternamente, e se não perdoamos, Ele também não nos perdôa.

Se não estivermos confiando em Deus e crendo n’Ele verdadeiramente, através do entendimento de Sua Palavra, não conseguiremos perdoar de verdade a quem nos faz mal, e vamos acabar agindo com o nosso próximo segundo o que sentimos com relação a ele, e não de acordo com o que diz a Palavra de Deus.

2-Quando não perdoamos estamos entristecendo ao Espírito Santo, e Deus nos julga por isso, pois está escrito:

Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo. (Efésios 4:30-32)

Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. (1 Coríntios 11:28-32)

O pecado entristece a Deus. O Senhor é essencialmente bom e repudia toda a forma de injustiça, ou abomina tudo aquilo que vai de encontro a justiça instituída por Ele eternamente. Se não entendermos a vontade de Deus e continuarmos agindo contra a justiça do Seu Reino, Ele irá nos julgar, pois Deus é justo e não falha em cumprir o que promete.

O julgamento de Deus sobre o pecado é mais severo para quem se declara seguidor de Cristo, pois pelo ensino do Senhor é revelada a justiça do Reino de Deus aos homens. Um seguidor de Jesus é (ou pelo menos deveria ser) consciente da justiça de Deus, para não ir contra o que Ele promulgou para sempre.

Se, no entanto, alguém que se declare cristão verdadeiro, depois de ser exortado e avisado de seu pecado, insiste em continuar agindo segundo o que pensa ou pelo que sente, ignorando a reta justiça de Deus anuciada nas escrituras e esclarecida pelo ensino de Cristo, com o passar do tempo vai colher materialmente os frutos das injustiças que está semeando espiritualmente.

Inevitavelmente isso irá acontecer, tanto porque Deus é justo em cumprir Sua Palavra, como também porque Ele nos ama como seus filhos, e não deseja que percamos nossa salvação eternamente. Quando Deus exerce juízo sobre um Filho Seu é para lhe chamar a atenção a fim de que ele possa se arrepender e continuar anunciando o Reino de Deus na terra da forma correta.

Os frutos ou as consequências das injustiças ou dos pecados que cometemos sem arrependimento são a fraqueza (ela vai sendo provocada por intensas e repetitivas tribulações em diversas áreas da vida), a doença e, por fim, a morte, conforme observamos no trecho bíblico de 1Coríntios 11 citado alguns parágrafos acima.      

3-O rastro mais forte da falta de perdão é que ela nos impede de “amar aos nossos inimigos”, assim como Jesus nos ensina:

Vocês ouviram o que foi dito: Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! (Mateus 5:43-46)

Atenção:
  • "Ame ao seu próximo e odeie ao seu inimigo" é um dos lemas das ordenaças da lei mosaica, porque os inimigos do povo de Deus e os desobedientes à lei eram também considerados por Deus como seus inimigos pessoais; então, podemos observar Deus ordenando ao povo de Israel a agir sem misericórdia, matando por apedrejamento qualquer um que idolatrasse no meio deles, ou matando ao fio da espada a povos inimigos, que insistiam em permanecer na maldade e se recusaram a ouvir e obedecer a Deus, por exemplo. Podemos ver isso nos capítulos 13 e  20 do livro de Deuteronômio. No entanto, Deus cumpriu a lei que entregara a Moisés enviando-se a si mesmo (ou enviando Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, que é a segunda pessoa de Deus) para morrer em justificação pelos pecados de toda a humanidade; por considerar a Sua criação, Ele fez-se inimigo de si mesmo quando assumiu as ofensas de toda a humanidade, e assim, não teve misericórdia de si mesmo se entregando na cruz para morrer em nosso lugar, perdoando a todos e abrindo a porta de Seu Reino para nos receber de volta. Ele está nos dizendo que, quem crê nisso, deve andar em misericórdia com o seu próximo, porque Ele tem amado a todos e perdoado nossas ofensas a Ele para nos livrar da condenação à morte eterna. 
  • Os publicanos eram os judeus nomeados pelo império romano para trabalhar cobrando impostos de seus compatriotas israelitas; eles eram considerados ladrões, pois, tentados pela busca por lucro, muitos cobravam além do valor estipulado pelo imperador. Por isso eles eram renegados e julgados apóstatas ou incrédulos pela sociedade judaica. No evangelho de Lucas, capítulo 17, em vez da palavra "publicanos", no discurso de Jesus é falada a palavra "pecadores":  
Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. Dê a todo o que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os pecadores amam aos que os amam. E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os pecadores agem assim. E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os pecadores emprestam a pecadores, esperando receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso. Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados. (Lucas 6:27-37)

No meio daqueles que não se importam em viver segundo a vontade de Deus, ou dos que não creem n'Ele, é comum haver vingança, agir por sentimentos (simpatia, antipatia, etc) ou julgar as coisas pela aparência delas, sem misericórdia. Nos trechos bíblicos acima Jesus está lembrando a Sua igreja que esta precisa viver numa justiça diferente da que conhece no mundo, se quiser realmente ser reconhecida como filha de Deus, porque Ele mesmo tem sido bom para os seus inimigos, que são os ingratos e maus que há no mundo.

4-A falta de perdão é sinal de que ainda não entendemos que a nossa luta não é contra carne e nem sangue.

Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. (Efésios 6:10-13)

Se tivermos consciência que nossos verdadeiros inimigos não são os que nos fazem mal, mas sim, poderes e autoridades espirituais que constituem as forças malignas na eternidade, certamente perdoaremos qualquer pessoa que porventura nos faça qualquer tipo de mal, ainda que nossas almas estejam indignadas, iradas ou entristecidas.  

5-Podemos pedir a Deus que nos dê fé suficiente para perdoar os que nos ofenderam, os que nos fizeram mal, e Ele nos atenderá.

Foi exatamente isso que os discípulos pediram a Jesus, e em resposta a isso Ele falou aquela famosa frase da "fé do tamanho de uma semente de mostarda (que é bem pequena) que ordena a amoreira (uma árvore grande) que arranque-se e plante-se no mar" a eles.

Jesus disse aos seus discípulos: É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem. Seria melhor que ela fosse lançada no mar com uma pedra de moinho amarrada no pescoço, do que levar um desses pequeninos a pecar. Tomem cuidado. Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: Estou arrependido, perdoe-lhe. Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta a nossa fé! - Ele respondeu: Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: Arranque-se e plante-se no mar, e ela lhes obedecerá. (Lucas 17:1-6)

As amoreiras são árvores de porte médio, contudo, podem chegar a 15 metros de altura. Jesus usou-a como exemplo por ser uma das árvores corriqueiras na flora do lugar onde eles estavam naquele momento, que era Jerusalém, em Israel. 

Provavelmente, ao lermos o trecho bíblico acima, nossa mente humana ache impossível alguém que esteja seguindo a Cristo há pouco tempo e ainda tenha pouco conhecimento da palavra (e até mesmo que tenha muito tempo de evangelho e também tenha muito conhecimento das escrituras), ordene a uma árvore que ela se arranque da terra e se plante no fundo mar e ela simplesmente obedeça e continue viva. 

Contudo, Deus está nos dizendo com esta afirmação que, assim como a fé verdadeira, ainda que inicial e pequena, tem poder para fazer com que uma planta obedeça a uma ordem dada por uma pessoa para que ela se arranque sozinha do seu lugar e replante-se no fundo do mar (claro que, com o consentimento de Deus), por esta mesma fé também somos capazes de perdoar qualquer um que nos faça mal.  

Jesus atendeu prontamente ao pedido de seus discípulos, quando estes lhe pediram para lhes aumentar a fé, dando a eles conhecimento acerca do poder que a fé verdadeira em Deus tem. Ele revela que este poder para agir em perdão está disponível para qualquer um que crê, ainda que o indivíduo tenha começado a viver em Cristo há pouco tempo, e também que, este poder vem da decisão de obedecer a Deus andando em Sua justiça, aconteça o que acontecer, independentemente de sentimentos.

6-Antes de falar do perdão, Jesus falou de escândalo. Vamos conferir relendo o trecho bíblico do ponto anterior:

Jesus disse aos seus discípulos: É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem. Seria melhor que ela fosse lançada no mar com uma pedra de moinho amarrada no pescoço, do que levar um desses pequeninos a pecar (...). (Lucas 17:1-3)

Com isso, Ele falou que, aqueles que tem um pouco mais de experiência na vivência do evangelho, devem ter cuidado para não confundir a mente dos que ainda são iniciantes na fé, ou tem ainda pouco conhecimento das escrituras e estão em processo de aprendizado, vigiando seus procedimentos para não irem de encontro à justiça de Deus especialmente na frente deles. 

Cristo adverte que nós escandalizamos os mais fracos na fé quando estes descobrem que não estamos conseguindo andar na justiça de Deus, pecando deliberadamente, sem nos arrependermos do mal que fazemos aos outros e nem perdoarmos os que nos fazem mal. A falta de perdão é pecado, e quando fica aparente por nossas palavras e ações, é motivo de escândalo para os pequenos seguidores de Cristo.

Concluindo, a falta de perdão não é o testemunho verdadeiro do Reino de Deus. Quando nos dizemos seguidores de Jesus Cristo e não perdoamos, e agimos conforme o que sentimos, estamos dizendo aos nossos irmãos e também aos de fora da fé que no Reino de Deus não há perdão, e que o Rei Jesus Cristo, que governa este lugar, também não perdôa. 

A igreja do Senhor Jesus Cristo, que é composta por cada pessoa que crê n'Ele de todo o coração, é embaixadora do Reino de Deus na terra e tem a responsabilidade de representá-lo verdadeiramente onde quer que vá. E para conseguirmos representar o Reino de Deus corretamente na terra, precisamos conhecer Sua justiça; e não há outra forma de conhecê-la, senão, lendo e meditando na Palavra de Deus, até que esta fique plenamente entendida.

Se desejar ouvir a pregação embasada neste mesmo conteúdo, feita pela pastora Oriana Costa, clique aqui: A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO.

Pastora Oriana Costa.



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Empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois se agirem dessa forma, jamais tropeçarão, e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (2 Pedro 1:5-11)