By Pastors Wendell and Oriana Costa

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Estudo do Salmo 119 - Parte 2: Versículos 13 ao 24.


****/A IGREJA DO SENHOR QUE CONGREGA NA COMUNIDADE DO CORPO DE CRISTO DESEJA A VOCÊ E SUA FAMÍLIA UM ABENÇOADO 2015, CHEIO DO CONHECIMENTO DE DEUS E DA MARAVILHOSA PRESENÇA D'ELE!!!\****  

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Esta é uma continuação do estudo do salmo 119. Na parte 1 estudamos os doze primeiros versículos; na parte 2 estudaremos do décimo terceiro ao vigésimo quarto.

Versículos 13, 14 e 15:

Com os lábios repito todas as leis que promulgaste. Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas. Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas.
  • Versículo 13: falar a palavra de Deus não serve somente para memorizá-la, mas principalmente para que confirmemos a Deus e aos que nos cercam que desejamos obedecer ao Senhor; 
  • Versículo 14: quem procura obedecer a Deus tem uma grande satisfação nisso, porque a obediência ao Senhor traz conforto, segurança e provisão em todos os momentos, e ainda, conduz à vida eterna;
  • Versículo 15: a única maneira de provarmos a Deus que cremos verdadeiramente n'Ele é buscando entender seus decretos e considerando aquilo que Ele instituiu em todos os momentos de nossas vidas.
Na parte 1 deste estudo, ao analizarmos o décimo versículo percebemos que, ainda que saibamos muito do conteúdo bíblico decor, se Deus não nos ajudar a lembrar o que sabemos nas horas de tentação e adversidade, nós não conseguiremos colocar fielmente em prática o que conhecemos. Contudo, buscar aprender, entender e se esforçar para praticar a justiça do Reino, é a única maneira de provarmos a Deus que cremos n'Ele e desejamos agradá-lo, obedecê-lo.

O versículo 13 tem seu raciocínio complementado com o trecho onde Deus fala com Josué para que sucedesse Moisés no comando do povo de Israel, usando estas palavras:

Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar. (Josué 1:7-9) 

Falar ou repetir os mandamentos de Deus, portanto, nos ajuda não só a memorizá-los, mas confirma diante de Deus e dos que nos cercam que consideramos aquilo que Ele instituiu eternamente, e estamos dispostos a cumprir.

O salmista compara a satisfação que sente em obedecer a Deus com a satisfação de quem consegue riquezas neste mundo; e, de fato, quem segue a Deus obtém d'Ele favores imensuráveis enquanto vive na terra, como curas, livramentos e provisões de uma forma que neste mundo jamais alguém poderia conseguir da mesma maneira. 

E aproveitamos para lembrar aqui que o maior favor que se pode obter de Deus ao procurarmos sempre obedecê-lo é a vida eterna, uma dádiva tal que ser humano nenhum deste mundo, por mais inteligente, rico e poderoso que possa ser, teve, tem ou terá o poder de conseguir para si ou conceder a quem quer que seja.

Os trechos a seguir apontam o verdadeiro valor que a aquisição do conhecimento da justiça de Deus tem para aqueles que o alcançam:

Meu fruto é melhor do que o ouro, do que o ouro puro; o que ofereço é superior à prata escolhida. Ando pelo caminho da retidão, pelas veredas da justiça, concedendo riqueza aos que me amam e enchendo os seus tesouros. (Provérbios 8:19-21)

Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seus corações, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:2-3) 

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Versículos 16, 17 e 18:

Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra. Trata com bondade o teu servo para que eu viva e obedeça à tua palavra. Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei.
  • Versículo 16: Não se esquecer dos mandamentos de Deus, lembrando-os sempre, é uma evidência clara de que temos prazer neles (de acordo com Salmos 1:2; 16:11; 40:8);
  • Versículo 17: Deus cuida de forma especial daqueles que o buscam verdadeiramente; 
  • Versículo 18: Só Deus pode abrir os olhos espirituais de alguém para que entenda verdadeiramente a Sua palavra (de acordo com Provérbios 2:6).
O versículo 17 tem seu raciocínio complementado por este trecho do Salmo 91:

Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei a minha salvação. (Salmos 91:14-16)

Sobre o versículo 18, as maravilhas da lei de Deus só podem ser vistas se Ele mesmo permitir; elas fazem parte da sabedoria de Deus e são espirituais, por isso não podem ser contempladas com olhos físicos, ou seja, não podem ser entendidas pela inteligência humana, pois não estão em conformidade com a sabedoria deste mundo.

Devemos, portanto, assim como faz o salmista, pedir a Deus que nos conceda enxergar e ouvir espiritualmente a Sua justiça, para que não tiremos conclusões acerca do que lemos ou ouvimos da Bíblia segundo nosso próprio entendimento.

O trecho a seguir, encontrado no livro de Isaías, também explica o décimo oitavo versículo do Salmo 119:

Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de bom grado. Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. (Isaías 55:6-9)  

Deus realmente abre os olhos e os ouvidos espirituais daqueles que o buscam de todo o coração para que compreendam Sua justiça, e passem a enxergar todas as coisas de forma diferenciada. Isto também está confirmado nos trechos bíblicos a seguir:

Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês, declara o Senhor. (Jeremias 29:13-14)

Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: Por que falas ao povo por parábolas? Ele respondeu: A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’. Neles se cumpre a profecia de Isaías: ‘Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão. Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’. Mas, felizes são os olhos de vocês, porque vêem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem. Pois eu lhes digo a verdade: Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram, e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram. (Mateus 13:10-17)

Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. (Colossenses 3:1-4)

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Versículos 19, 20 e 21:

Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos. A minha alma consome-se de perene desejo das tuas ordenanças. Tu repreendes os arrogantes; malditos os que se desviam dos teus mandamentos!
  • Versículo 19: os que tem consciência da justiça de Deus e procuram andar nela vivem como estrangeiros em qualquer lugar da terra; 
  • Versículo 20: os que buscam a Deus de verdade diariamente sentem fome e sede de Sua justiça; 
  • Versículo 21: a arrogância nos faz desviar da justiça de Deus e desobedecê-lo; se dermos lugar a ela seremos diretamente repreendidos ou castigados por Deus.
Sobre o versículo 19: quando aceitamos o governo de Deus sobre nossas vidas e procuramos andar em Sua justiça, estaremos nos comportando como estrangeiros no mundo; é imprescindível lembrarmos que no momento em que nos tornamos cidadãos do Reino de Deus pela fé no Rei e justificador Jesus Cristo, as leis deste reino estarão sempre acima das leis que regem as nações no mundo em que vivemos. 

Isto significa dizer que, mesmo no país em que nascemos, devemos nos considerar estrangeiros por andarmos numa justiça diferente da que vigora nele, por temor e obediência ao Senhor dos senhores.  

Indo ao NovoTestamento, nas cartas dos apóstolos, percebemos o uso dos termos "peregrinos" ou "estrangeiros" quando eles abordam sobre que tipo de comportamento devemos ter neste mundo, principalmente com relação às leis ou aos governos dos locais onde residimos, e tudo o mais que precisamos enfrentar nele:

Todos estes ainda viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-nas de longe e de longe as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Os que assim falam mostram que estão buscando uma pátria. Se estivessem pensando naquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Em vez disso, esperavam eles uma pátria melhor, isto é, a pátria celestial. Por essa razão Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles, pois preparou-lhes uma cidade. (Hebreus 11:13-16)

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia, escolhidos de acordo com a pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue: Graça e paz lhes sejam multiplicadas. (1 Pedro 1:1-2) 

Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção. Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei. Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus. Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. (1 Pedro 2:11-19)

Os trechos bíblicos acima, portanto, exibem instruções que deixam bem claro o porquê de quando nos submetemos ao governo de Deus verdadeiramente, passamos a ser como estrangeiros ou peregrinos em qualquer lugar do planeta Terra. 

O versículo 20, por sua vez, complementa o raciocínio do versículo 19, mostrando que a verdadeira fé no Criador de todas as coisas gera um desejo ardente de entender aquilo que Ele estabeleceu no intuito de obedecê-lo e agradá-lo. Esta, sem dúvida, é uma das características mais marcantes dos que creem verdadeiramente em Deus: ter fome e sede da Sua justiça. 

E como declarou o Senhor Jesus Cristo, aqueles que tem fome e sede da justiça de Deus serão saciados:

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. (Mateus 5:6)

Jesus lhe respondeu: Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva. Disse a mulher: O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva? Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado? Jesus respondeu: Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna. A mulher lhe disse: Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água. (João 4:10-15)

Jesus declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede. (João 6:35)

Os arrogantes dos quais o versículo 21 trata são aqueles que se acham os donos da razão e humilham os outros por saberem muito das escrituras, ou ainda, se acham no direito de sentenciar julgamentos sobre as vidas dos outros (criticar e condenar) usando as escrituras como base para isso.

Assim, dar lugar à soberba ou arrogância é se desviar dos mandamentos de Deus ( o mesmo que ir de encontro à justiça de Deus ou pecar) e traz maldições (castigos ou juízos) para vida de quem se deixa levar por tal sentimento.

É bom lembrarmos que os arrogantes no trecho bíblico em questão não são os de fora da fé, mas sim aqueles que são da fé e se deixam levar por este tipo de sentimento carnal. Deus só irá corrigir ou exortar os que creem n'Ele e estão buscando encontrá-lo, e não os que não creem. Então, é muito importante prestarmos atenção para não deixarmos a soberba tomar conta de nossas mentes no processo de adquisição do conhecimento das escrituras. 

Por termos muito conhecimento do conteúdo da Bíblia, podemos achar que já sabemos demais ou já sabemos o bastante; podemos achar que somos os donos da verdade por estudarmos muito as escrituras, porém, isso é um grande engano, segundo o que encontramos nas passagens bíblicas seguintes: 

O conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica. Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria. Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus. (1 Coríntios 8:1-3)

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor. (1 Coríntios 13:12-13)

Desta forma, sempre teremos algo mais para aprender ou do que nos arrepender, até o fim de nossas vidas neste mundo ou até a volta do Senhor.

A Bíblia dá muitos exemplos de homens de Deus que tinham muito conhecimento das escrituras e podiam ouvir Deus falar com eles claramente, contudo, também tinham a arrogância como uma de suas fraquezas. Como exemplos, podemos citar o profeta Jonas (Antigo Testamento), e, o Apóstolo Paulo (Novo Testamento). Os dois foram repreendidos ou castigados por Deus de forma severa, para que se arrependessem e obedecessem a Deus assim como foram chamados. 

Então, pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou. Ao verem isso, os homens adoraram ao Senhor com temor, oferecendo-lhe sacrifício e fazendo-lhe votos. Então o Senhor fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noites. (Jonas 1:15-17)

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Coríntios 12:7-9)  

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Versículos 22, 23 e 24:

Tira de mim a afronta e o desprezo, pois obedeço aos teus estatutos. Mesmo que os poderosos se reúnam para conspirar contra mim, ainda assim o teu servo meditará nos teus decretos. Sim, os teus testemunhos são o meu prazer; eles são os meus conselheiros.
  • Versículo 22: Aquele que obedece a Deus acaba sendo considerado e honrado, se chegar a ser afrontado ou desprezado por sua fé n'Ele;
  • Versículo 23: Aquele que crê realmente em Deus considerará a palavra d'Ele e procurará obedecê-la, ainda que pessoas muito poderosas e influentes lhe difamem, desejem seu fracasso ou até sua morte;
  • Versículo 24: Aquele que crê realmente no Senhor dará preferência aos conselhos das escrituras para guiar seus passos e tomar decisões, porque somente neles encontra plena satisfação.
A Bíblia nos mostra pessoas que foram afrontadas, desprezadas, difamadas, presas e até condenadas à morte, por causa de sua fé em Deus, porém, em seguida foram livradas e honradas pelo Senhor.

Estas pessoas não deixaram de obedecer a Deus diante da discriminação, das ameaças ou violência que poderiam sofrer, ou mesmo sofreram por causa disso. Do Antigo Testamento, os casos mais famosos são os de Abraão, Moisés, José, Jeremias, Daniel e os jovens Sadraque, Mesaque e Abdenego; do Novo Testamento, podemos citar os Apóstolos Pedro, Paulo e João, João Batista, e os cooperadores do evangelho Estevão, Silas e Timóteo. Estes homens perseveraram em buscar e obedecer a Deus, e, apesar dos sofrimentos que tiveram que passar, foram honrados e muito favorecidos pelo Senhor.

Os trechos bíblicos abaixo mostram momentos em que Abraão, Moisés e José escolheram servir ao Senhor, mesmo sabendo que poderiam ter prejuízos materiais, ser perseguidos ou discriminados, ou perder a vida neste mundo:

Então o Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados. Partiu Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Levou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, todos os bens que haviam acumulado e os seus servos, comprados em Harã; partiram para a terra de Canaã e lá chegaram. (Gênesis 12:1-5) - Abrão recebeu estas instruções diretamente de Deus, e não podia ter certeza disso por qualquer outro meio ou pessoa, senão por sua fé n'Ele. Ele não tinha muita noção do que lhe aconteceria no futuro, pondo sua confiança totalmente no que Deus lhe dissera.

Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas. Moisés, porém, respondeu a Deus: "Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito? Deus afirmou: Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia: quando você tirar o povo do Egito, vocês prestarão culto a Deus neste monte. Moisés perguntou: Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? Que lhes direi? Disse Deus a Moisés: Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês. (...) Depois Moisés voltou a Jetro, seu sogro, e lhe disse: Preciso voltar ao Egito para ver se meus parentes ainda vivem. Jetro lhe respondeu: Vá em paz! Ora, o Senhor tinha dito a Moisés, em Midiã: Volte ao Egito, pois já morreram todos os que procuravam matá-lo. Então Moisés levou sua mulher e seus filhos montados num jumento e partiu de volta ao Egito. Levava na mão a vara de Deus. (Êxodo 3:10-14; 4:18-20)

Israel disse a José: Como você sabe, seus irmãos estão apascentando os rebanhos perto de Siquém. Quero que você vá até lá. Sim, senhor, respondeu ele. (...) Assim José foi em busca dos seus irmãos e os encontrou perto de Dotã. Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo. Lá vem aquele sonhador!, diziam uns aos outros. É agora! Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o que será dos seus sonhos. (...) Chegando José, seus irmãos lhe arrancaram a túnica longa, agarraram-no e o jogaram no poço, que estava vazio e sem água. (...) Vamos vendê-lo aos ismaelitas. Não tocaremos nele, afinal é nosso irmão, é nosso próprio sangue. E seus irmãos concordaram. Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. (...) No Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda. (...) O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio. Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava, agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía. (...) Depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo e o convidou: Venha, deite-se comigo! Mas ele se recusou e lhe disse: Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados. Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus? Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele se recusava a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela. Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava. Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: Vamos, deite-se comigo! Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela. Quando ela viu que, ao fugir, ele tinha deixado o manto em sua mão, chamou os empregados e lhes disse: Vejam, este hebreu nos foi trazido para nos insultar! Ele entrou aqui e tentou abusar de mim, mas eu gritei. (...) Quando o seu senhor ouviu o que a sua mulher lhe disse: "Foi assim que o seu escravo me tratou", ficou indignado. Mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei. José ficou na prisão, mas o Senhor estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro. (Gênesis 37:13; 17-20; 23,24; 27,28; 36; 39:2-4; 7-14; 19-21) - Neste trecho, José se destaca duas vezes: a primeira, por ter obedecido às ordens de seu pai quando este lhe mandou procurar seus irmãos, ainda que sabendo que eles lhe odiavam. Em vez de se queixar ao pai por este lhe mandar ir atrás de seus irmãos sabendo que eles lhe tratariam mal, simplesmente se submeteu às ordens de seu pai, honrando, com esta atitude, primeiramente ao Senhor. A segunda, ao fugir da esposa de Potifar, quando esta convidou-lhe a ter intimidades com ela; fugindo de sua senhora, ele resistiu à tentação do momento e escolheu obedecer a Deus, ainda que pudesse ser punido por sua atitude.

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Atenção: você pode acompanhar a continuação deste estudo na parte três. 

Pastora Oriana Costa

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