By Pastors Wendell and Oriana Costa

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

No mundo somos livres...

Quando nós somos os donos das nossas próprias vidas, podemos fazer delas o que bem quisermos. Não há lei neste mundo que nos impeça de nada; e, ainda que haja, nós acabamos burlando-a, ou fazemos com que ela mude, ou que mesmo uma outra seja criada para favorecer aos nossos interesses.

No mundo não há limites para realizarmos desejos, sonhos e atingirmos as metas que desejarmos, mesmo que passemos por cima das vidas e dos ideiais de outras pessoas, porque na competição do mundo lucram somente "os mais espertos".

No mundo podemos dar as nossas vidas o sentido que bem entendermos, e vivermos do jeito que nos pareça mais agradável, desde que sejamos "bons pagadores". Se não ficarmos em dívida com ninguém, se conseguirmos pagar todas as nossas contas e formos eficientes em conseguir dinheiro, podemos ser felizes da maneira como desejarmos e ninguém tem o direito de se intrometer.

Podemos inventar e reinventar qualquer coisa a hora que quisermos, e isso não tem fim. Podemos usar e abusar da beleza, da educação, da eloquencia, da autoridade, da força, e de tantos outros recursos para realizar nossos desejos.  

Nós podemos manipular pessoas e situações, para que tudo saia do jeito que queremos e ninguém fique sabendo que foi enganado. E quando alguém consegue descobrir que foi enganado, aquele que engana já "lucrou" e se "divertiu" muito sem que fosse percebido.

Estamos livres para viver da maneira que quisermos e ninguém pode nos impedir. Somos incentivados a aproveitar bem o presente, por nunca sabermos como será o nosso amanhã e também sabermos que nesse mundo nada é para sempre; tudo está mudando constantemente: a aparência, a tecnologia, as opiniões, os amigos, os trabalhos, os sentimentos, os gostos, as situações, as leis, etc..

A natureza do mundo é inconstante, e quem vive segundo o mundo precisa ser inconstante como ele para se adaptar as suas constantes mudanças. No mundo criado pelos homens as coisas não tem um sentido único de ser, pois ele foi criado separado da justiça do Criador de todas as coisas; assim, quem dá o sentido que quiser ou não a todas as coisas somos nós mesmos.

Quando somos nós que administramos nossas próprias vidas, estabelecendo de nós mesmos o que achamos que é certo ou errado, fazemos isso de acordo com o que sentimos e observamos acontecer ao nosso redor. Assim, quem vive a liberdade do mundo estabelece sua justiça de acordo com o que as aparências das pessoas e das coisas lhe provocam.

Contudo, esta liberdade tem um preço: incerteza e insegurança constantes, somadas a medos e decepções em todas as áreas da vida, que nunca nos deixam em paz. Quando tudo aparentemente está sob controle, acontece uma adversidade que nos aflige e desespera. E especialmente nessas ocasiões, a liberdade sedutora do mundo nos convida sempre a provar o novo, porque nunca sabemos o que vai acontecer no próximo minuto, e, se não provarmos, nunca saberemos se aquilo seria melhor para nós ou nos traria algum lucro na vida.

De fato, o mundo concebido à moda humana nada mais é do que uma prisão bem colorida e espaçosa, de onde não se pode ser liberto sem a ajuda do Criador do universo. Ele é feito de aparências e ilusões que nos fazem acreditar que estamos ou podemos ser muito felizes nele algum dia, levando nossas vidas ao sabor das sensações que ele provoca em nossas mentes e em nossos corpos.

Longe de Deus nossos sentimentos sempre nos induzirão a crer que, se investirmos todo o nosso tempo e esforço em fazer aquilo que gostamos neste mundo, e em ter uma boa aparência ou condição física, especialmente conseguindo dinheiro suficiente para levar uma vida confortável, somos vencedores. Porém, isso é um grande engano, porque este mundo não oferece garantia alguma de que amanhã as coisas acontecerão da mesma forma que acontecem hoje. Um dia tudo pode mudar de repente, e sermos pegos de surpresa.

Ao contrário do mundo e dos nossos sentimentos, Deus não muda, é sempre o mesmo. Sua justiça não se executa baseada em um só momento ou em situações isoladas; ela também não acontece baseada em aparências e sentimentos.

A justiça de Deus está fundamentada na realidade eterna. Tudo o que Ele determinou é válido também para a nossa realidade física, e tudo o que foi estabelecido continua a acontecer da mesma maneira, desde o princípio.

As leis concebidas por Deus são irrevogáveis e infalíveis, e é por causa delas que o universo tem se mantido equilibrado, com todas as coisas em seus lugares funcionando sem falhar ao longo dos milênios. É por causa dessas leis que sempre temos ar para respirar, chão para pisar, estações climáticas, vemos o tempo passar, e temos matéria-prima para usarmos e produzirmos o que nossas necessidades pedem; é por elas que nossos corpos funcionam e podem viver na terra.

Quando nos recusamos a aceitar o governo de Deus sobre nossas vidas e obedecer as suas leis, simplesmente ficamos à mercê de aparências e sensações, sem entender muitas coisas que nos acontecem, e tentando solucionar problemas da forma que nos parece mais conveniente. Este é o motivo de tantas incertezas, decepções e sofrimentos nas vidas de muitas pessoas: elas escolhem viver segundo o que sentem e desejam, e não segundo o que Deus diz em Sua Palavra. 

Aceitar o governo do Rei Jesus Cristo sobre nossas vidas e buscar obedecê-lo, portanto, não significa perder a liberdade, e sim estar livre da incerteza do que pode nos acontecer no próximo segundo e dos sofrimentos que isso venha nos causar. Obedecendo a Deus estamos seguros, pois sabemos que tudo o que Ele decretou acontece sem falhar. Aprender a justiça de Deus revelada no ensino de Cristo e buscar vivê-la nos livra do medo do que possa nos acontecer de ruim no futuro, nos livra do medo da morte, e da insegurança que as injustiças e a maldade do mundo nos passam. 

Entender que Deus está no controle de tudo e favorece aos que n'Ele creem e obedecem é uma grande dádiva para a vida de qualquer pessoa. Quem busca a Deus de todo o coração o encontra, e com Ele muitos e maravilhosos presentes que este mundo jamais poderá nos dar, e estes são três deles: no mundo, uma segurança e uma paz que execedem a inteligência humana, e na eternidade, morada garantida e perpétua no Reino de Deus, o lugar onde não há sofrimentos nem morte.




Pastora Oriana Costa.




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